Paracoccidioidomicose: forma crônica cutânea

Autores

  • Marcos Vinicius da Silva Docente, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Carolina Daniela Ricci Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Caroliny Evangelista Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Bianca Caroline Alvim Tomaz Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Maria Lourdes Peris Barbo Docente, Patologia, FCMS/PUC-SP

Palavras-chave:

fungos, doenças fúngicas, paracoccidioidomicose, diagnóstico

Resumo

Introdução: A paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica freqüente no Continente Americano. A infecção pode ocorrer pela inalação do fungo dimórfico, Paracoccidioides brasiliensis, que adquire a forma leveduriforme infectante. A disseminação pode ocorrer com conseqüente instalação de focos quiescentes em diferentes órgãos e sistemas. Objetivos: Apresentar um caso clínico de PCM forma crônica, com ênfase no diagnóstico diferencial e nas peculiaridades no comprometimento cutâneo da doença. Metodologia: O caso foi acompanhado no serviço de Moléstias Infecciosas do Hospital Leonor Mendes de Barros (HLMB) de Sorocaba através da análise da evolução diária do paciente. A descrição do relato de caso foi embasada na literatura. Relato de caso: Paciente admitido no HLMB com lesões na face, cabeça e orelhas há 15 dias com piora progressiva. Ao exame físico, as lesões apresentavam-se dolorosas, crostosas, ulceradas, com intenso processo inflamatório e com secreção purulenta localizadas principalmente na hemiface direita, couro cabeludo, pavilhões auriculares e região cervical posterior. Foram estabelecidas as hipóteses diagnósticas iniciais de actinomicose, hanseníase, leishmaniose cutâneo-mucosa e Herpes-Zoster com infecção bacteriana secundária, baseadas nos antecedentes epidemiológicos e manifestações clínicas. Coletada biópsia de pele do bordo de uma das lesões. O resultado do exame anatomopatológico mostrou a presença de dermatite granulomatosa com presença de estruturas morfologicamente sugestivas de paracoccidióides. Conclusão: Na PCM, forma crônica, podemos encontrar lesões cutâneas que não são de fácil caracterização, o que dificulta a realização do diagnóstico e a instituição do tratamento precoce. 

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Publicado

2016-10-07

Como Citar

1.
Silva MV da, Ricci CD, Evangelista C, Tomaz BCA, Barbo MLP. Paracoccidioidomicose: forma crônica cutânea. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 7º de outubro de 2016 [citado 18º de abril de 2024];18(Supl.):13. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/29692