Tratamento não-operatório do trauma abdominal fechado

Autores

  • Luiz Henrique Mazzonetto Mestieri CCMB/PUC-SP
  • João Roberto Sala Domingues CCMB/PUC-SP
  • Ingrid Helena Lopes de Oliveira CCMB/PUC-SP
  • Eduardo Bertolli CCMB/PUC-SP
  • Gustavo Alex Condi CCMB/PUC-SP
  • José Mauro da Silva Rodrigues CCMB/PUC-SP

Palavras-chave:

traumatismos abdominais, ferimentos não penetrantes,

Resumo

Introdução - A mudança da rotina operatória para o tratamento não-operatório (TNO) de traumas fechados nos órgãos abdominais sólidos é uma das tendências mais notáveis no cuidado aos pacientes politraumatizados nos últimos 14 anos. Médicos estão sentindo-se seguros para aplicar a técnica não-operatória em tais pacientes. Entretanto, surpreende-nos o fato de que, após uma mudança tão radical, nosso conhecimento seja, ainda, baseado em dados retrospectivos. Quesitos importantes, como as taxas de TNO, suas causas e fatores predisponentes foram obtidos, principalmente, através de revisões de prontuário. Objetivo - Análise da literatura científica sobre as possibilidades de tratamento não-operatório dos traumas abdominais fechados. Material e Método - A literatura científica pesquisada consta de 45 publicações de diversas revistas publicadas entre 1990 e 2004. Nosso trabalho foi realizado sob a forma de metanálise comparativa dentre as díspares condutas de tratamento dos traumas abdominais fechados. Conclusão - O trauma abdominal fechado (contuso) representa parcela importante dos traumas. Seu tratamento inicialmente era cirúrgico, mas ultimamente vem-se optando pelo tratamento não-operatório, evitando-se, assim, as complicações decorrentes das cirurgias, como infecções e hemorragias. Existem, contudo, indicações adequadas para que seja realizado o tratamento não-operatório, e não existe um consenso sobre a utilização ou não dessa terapêutica em todos os casos. Diversos estudos mostram os órgãos mais afetados no trauma, os critérios de diagnóstico utilizados para identificar as lesões e as considerações sobre o monitoramento do paciente, que levarão à escolha da conduta e aos resultados do tratamento; mas as opiniões divergem.