Percepção dos profissionais da estratégia saúde da família sobre as necessidades de saúde da população

Autores

  • Flavia Domingues Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) – Sorocaba (SP), Brasil.
  • Bruna Malavazzi Lima Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) – Sorocaba (SP). Brasil.
  • Natasha Tortoretto Masi Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) – Sorocaba (SP), Brasil.
  • Lúcia Rondelo Duarte Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) – Sorocaba (SP), Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-4840.2018v20i2a6

Palavras-chave:

pessoal de saúde, estratégia saúde da família, saúde da família, necessidades e demandas de serviços de saúde

Resumo

Objetivos: Identificar a percepção dos profissionais das equipes de saúde da família sobre as necessidades de saúde da população e analisar como essas necessidades são atendidas. Métodos: Pesquisa descritiva, qualitativa. Foram entrevistados 29 profissionais de saúde em 5 unidades de saúde da família, incluindo 6 profissionais de cada unidade, 1 de cada categoria profissional. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista oral e da aplicação de um formulário sociodemográfico. O conteúdo das entrevistas foi organizado em discursos do sujeito coletivo, e para a análise dos discursos foi utilizada a análise temática de conteúdo. Resultados: As necessidades de saúde percebidas refletiram aspectos das condições de vida, do acesso às tecnologias de saúde, da criação de vínculos e da construção da autonomia. Ações descritas pelos participantes, como trabalhos educativos em grupo, projetos, parcerias, trabalho em equipe multiprofissional para melhorar a saúde como um todo e iniciativas para aumentar o vínculo com a comunidade revelam uma apreensão mais abrangente das necessidades de saúde. No entanto, há dificuldade de interpretação da determinação social do processo saúde-doença por alguns profissionais entrevistados, que relataram ações centradas na doença e práticas educativas prescritivas como forma de atender às necessidades de saúde. Conclusão: A prática permeada pelo modelo assistencial curativo no qual prevalece o olhar para a dimensão biológica do processo saúde-doença precisa ser superada, o que implica, por parte das equipes, em esforço de tradução e atendimento às necessidades trazidas pela população, garantindo assim a integralidade da atenção.

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Biografia do Autor

Flavia Domingues, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) – Sorocaba (SP), Brasil.

Aluna do curso de Enfermagem da PUCSP

Bruna Malavazzi Lima, Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) – Sorocaba (SP). Brasil.

 Enfermeira  do Banco de Olhos de Sorocaba

 Graduada em Enfermagem pela PUCSP

Natasha Tortoretto Masi, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) – Sorocaba (SP), Brasil.

Graduada em Enfermagem pela PUCSP

Lúcia Rondelo Duarte, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) – Sorocaba (SP), Brasil.

Professora Assosciada do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da PUCSP

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Publicado

2018-07-25

Como Citar

1.
Domingues F, Lima BM, Masi NT, Duarte LR. Percepção dos profissionais da estratégia saúde da família sobre as necessidades de saúde da população. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 25º de julho de 2018 [citado 24º de abril de 2024];20(2):86-91. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/32329

Edição

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Artigo Original