O encontro privilegiado entre Bakhtin e Dostoiévski num subsolo

Autores

  • Beth Brait PUCSP/USP
  • Irene Machado USP

Palavras-chave:

Memórias do subsolo, Polêmica velada, Evasivas, Silêncio, Palavra alheia

Resumo

O objetivo deste trabalho é discutir a importância da novela Memórias do subsolo, de Fiódor Dostoiévski, no conjunto da obra Problemas da poética de Dostoiévski, de M. M. Bakhtin. Espera-se, com isso, compreender os procedimentos artísticos aí destacados e as consequências para a concepção da polifonia, do gênero romance polifônico e de outros importantes conceitos cujas ressonâncias extrapolam os estudos do discurso artístico, alcançando a receptividade em reflexões sobre a linguagem em geral. Esse é o caso do discurso com evasivas, com qual o homem do subsolo interage, ao mesmo tempo em que luta contra todos os discursos que possam dizer sobre si a última palavra.

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Biografia do Autor

Beth Brait, PUCSP/USP

Elisabeth Brait, assinatura Beth Brait, é crítica, ensaísta, professor associado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e professor associado aposentado da Universidade de São Paulo. Graduação em Letras pela Universidade de São Paulo (1971); doutorado em Lingüística pela Universidade de São Paulo (1981); livre-docência em Lingüística pela Universidade de São Paulo (1994); pós-doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales - Paris/França. É pesquisadora nível 1 do CNPq e assessora da CAPES, do CNPq e da FAPESP. Coordenadora do PEPG em LAEL-PUC-SP; presidente da ANPOLL (gestão 2004-2006). É autora das obras A personagem (Ática, 1985), Ferreira Gullar (Abril, 1981), Guimarães Rosa (Abril, 1983), Gonçalves Dias (Abril, 1983), Ironia em perspectiva polifônica (Ed. da Unicamp, 1996); co-autora, com Negrini e Lourenço, das obras didáticas Encontro com a linguagem (Atual, 1977, 3 volumes) e Aulas de Redação (Atual, 1980); colaboradora nas obras coletivas Uma introdução a Bakhtin (Hatier, 1988), Análise de textos orais (FFLCH, 1993), Dialogismo, polifonia e intertextualidade (EDUSP, 1994), Do inteligível ao sensível (EDUC, 1995), Diálogos com Bakhtin (Ed. da UFPR, 1996), O Discurso oral culto (Humanitas, 1997), Formando uma sociedade leitora (Ed. Universidade de Passo Fundo,1999), Fundamentos e dimensões da análise do discurso (NAD/Carol Borges Editora, 1999), Espaços da linguagem na educação (Humanitas, 1999), Gusti e disgusti. Sociosemiotica del quotidiano (Texto & Immagine, 2000), A prática de linguagem em sala de aula (Mercado de Letras/Educ, 2000), Os discursos do descobrimento (Edusp/Fapesp, 2000), Linguagem e Trabalho: construção de objetos de análise no Brasil e na França (Cortez, 2002), dentre outros. É organizadora dos livros Bakhtin, dialogismo e construção do sentido (Ed. da Unicamp, 1997), O sertão e os sertões (Editora Arte e Ciência, 1998), Imagens do Brasil: 500 Anos, com Neusa Bastos, (EDUC, 2000), Estudos enunciativos no Brasil: histórias e perspectivas (Pontes/FAPESP, 2001), Bakhtin: conceitos-chave (Contexto, 2005) e Bakhtin outrosconceitos-chave (Contexto, 2006). Foi crítica militante de literatura no Jornal da Tarde e outros periódicos paulistas durante as décadas de 70 e 80. Dentre as atividades editoriais destacam-se a participação em vários conselhos e comissões editoriais de periódicos científicos, caso da Revista da ANPOLL - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Lingüística - e do Conselho Editorial da Editora Humanitas da FFLCH/USP (1995 -2002); e a coordenação das coleções Lendo e Documentos da Atual Editora (década de 1980) e da Área Linguagens e Códigos, da coleção didática das Escolas Associadas Pueri Domus (desde 2001: 24 fascículos publicados). Colaboradora da Revista Língua Portuguesa.

Irene Machado, USP

Livre Docente em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo em 2011. Bacharel em Letras, pela Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP (1977); Doutora em Letras pelo Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da USP (1993) e Mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1985). Atualmente é Professora Assistente Doutora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo onde ministra a disciplina Semiótica da Comunicação na Cultura e orienta pesquisas de mestrado e doutorado. Como Pesquisadora do CNPq (PQII) desenvolve a pesquisa: "Performances dos diagramas argumentativos em textos comunicacionais" (2010-2013), sendo líder do Grupo de Pesquisa Semiótica da Comunicação. Coordenou o Projeto "Semiosfera: Espaços Semióticos Compartilhados" www.usp.br/semiosphera ( Edital Universal do CNPq, 2005). Edita a revista semeiosis.com.br. Foi professora do PEPG em Comunicação e Semiótica da PUC-SP de 1998 a 2005, onde ministrou disciplinas e orientou teses de doutorado e dissertações de mestrado na área de semiótica da cultura. Coordenou o NP Semiótica da Comunicação da Intercom (2000-2008). Criou o Projeto Editorial de "Galáxia: Revista Transdiciplinar de Comunicação, Semiótica, Cultura" e foi Editora Científica dos sete primeiros números. Participou do projeto de criação de MATRIZes. Revista do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação da USP (www.usp.br/matrizes), onde exerceu a atividade de Editora Científica dos três primeiros números (2007-2009). Fundo a Associação de Estudos Semióticos (ABES) em 2001, sendo sua presidente até 2003.

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Publicado

2011-11-18

Como Citar

Brait, B., & Machado, I. (2011). O encontro privilegiado entre Bakhtin e Dostoiévski num subsolo. Bakhtiniana. Revista De Estudos Do Discurso, (6), 24–43. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/bakhtiniana/article/view/6999

Edição

Seção

Artigos