A desintegração da mente social

Autores

  • Nathan Houser Indiana University – Bloomington

DOI:

https://doi.org/10.23925/2316-5278.2019v20i1p62-76

Palavras-chave:

Guerra memética, Ícone, Iluminismo, Liberalismo democrático, Meme, Mente social.

Resumo

O trumpismo nos Estados Unidos, assim como outras erupções populistas ao redor do mundo, demonstra que valores fundamentais herdados pelo Iluminismo são muito menos seguros no Ocidente do que fora presumido. Estima pela racionalidade e conhecimento objetivo e o respeito pela liberdade individual vêm sendo enfraquecidos pela dissolução da sociedade em facções intransigentes. O abandono de princípios centrais que por muitas gerações serviram como base comum para a civilização Ocidental fragmentou a sociedade Ocidental em campos aparentemente irreconciliáveis, não mais sujeitos a uma mente comunal compartilhada. Como pode suceder que uma sociedade governada por uma mente social compartilhada, e já estabelecida de longa data, sumariamente se fragmenta em campos de opinião muito diferentes, claramente sob a influência de princípios discrepantes? Seriam a desintegração de ideias e a dissolução da mente consequências inevitáveis de conteúdo mental proliferante, de entropia intelectual talvez até inerente? Guiado pela semiótica de Peirce e pela filosofia da mente, e utilizando a chacoalhada provocada por Trump na vida social e político dos EUA como exemplo ilustrativo de um cismo cultural profundo, considerarei algumas possíveis causas estruturais de um crescente sectarismo e abordarei as condições semióticas que explicariam a desintegração da mente social. 

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Publicado

2019-09-10

Como Citar

Houser, N. (2019). A desintegração da mente social. Cognitio: Revista De Filosofia, 20(1), 62–76. https://doi.org/10.23925/2316-5278.2019v20i1p62-76

Edição

Seção

Artigos sobre Pragmatismo