A caritas de Deus Pai no ensino de Paulo VI e João Paulo II: estudo sistemático-comparado

Autores

  • Marcial Maçaneiro

DOI:

https://doi.org/10.19176/rct.i88.30924

Palavras-chave:

Deus Pai, Revelação, Amor, Salvação, Magistério pontifício

Resumo

Neste artigo, o Autor apresenta o magistério de Paulo VI e João Paulo II sobre a caritas-ágape de Deus Pai, considerando as afirmações explícitas de ambos sobre o assunto. O recorte temático inclui encíclicas, exortações apostólicas e locuções. Com enfoque sistemático, o Autor examina os enunciados sobre Deus Pai enquanto amor e seus aspectos mais pertinentes, nos dois Papas: recepção da Revelação e semântica utilizada, reflexão sobre o pathos divino, relação entre misericórdia do Pai e condição humana. A análise qualitativa dos textos permite ordenar os conteúdos do ponto de vista dogmático, bem como estabelecer uma aproximação comparada entre os dois Papas, cujo magistério situa-se no arco cronológico que vai do Concílio Vaticano II ao Grande Jubileu do Ano 2000. Deus Pai desponta como amor fontal da Criação da Aliança, num contínuo diálogo de salvação com a humanidade. Tanto Paulo VI quanto João Paulo II ensinam à luz da Revelação, atentos à definição joanina de Deus como amor de doação e de comunhão (cf. Jo 3,16). Sob tal luz, os dois Papas oferecem elementos relevantes para a compreensão teológica da primeira Pessoa da Trindade, seja na imanência (aspectos ontológicos), seja na economia (aspectos soteriológicos).

Biografia do Autor

Marcial Maçaneiro

Doutor em Teologia pela Universidade Gregoriana, Roma, Itália. Professor de Teologia na Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Downloads

Publicado

2016-12-26

Edição

Seção

Artigos