Útero estéril e sepultura: a participação de Sara nas promessas feitas a Abraão

Autores

  • Elizangela Chaves Dias

DOI:

https://doi.org/10.23925/rct.i90.35776

Palavras-chave:

Abraão e Sara, Narratividade, Útero e sepulcro

Resumo

Este artigo tem o objetivo de apresentar a relação entre o útero estéril e a gruta sepulcral de Sara, bem como o significado de sua participação no ciclo ancestral de Abraão e Sara. Antes de anunciar a morte de Sara em Gn 23,1-20, a voz do narrador evoca na mente do ouvinte-leitor a “vida de Sara” (v.1) como um convite a olhar para trás e constatar que seu sepulcro, assim como seu útero estéril, não é espaço de morte, mas espaço de ressignificação da vida e da história na geração dos herdeiros da promessa-aliança. Se o útero estéril de Sara foi elemento chave para entrada de Israel na história, seu túmulo foi igualmente, a porta de acesso de Israel na posse da terra de Canaã. Ela é a primeira ancestral de Israel a ser introduzida no ventre da terra prometida, abrindo, assim, espaço para que os demais patriarcas e matriarcas da promessa com ela se reúnam (cf. Gn 25,7-11; 35,28-29; 49,29-32; 50,1-14).

Biografia do Autor

Elizangela Chaves Dias

Professora catedrática na Pontifícia Universidade Urbaniana, Roma, Itália. É doutora em Teologia Bíblica pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), membro do grupo de pesquisa TIAT (Tradução e Interpretação do Antigo Testamento) junto ao CNPq e professora convidada pelo SIMI-Roma (Scalabrini International Migration Institute). Este artigo foi elaborado em base à sua tese doutoral: “A vida de Sara e o cumprimento da Promessa-Aliança. Exegese Narrativa de Gn 23,1-20”.

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Publicado

2018-01-24

Edição

Seção

Artigos