Tomada de decisão: papel do fonoaudiólogo em cuidados paliativos

Autores

  • Lais Alves Jacinto-Scudeiro Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Annelise Ayres Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre http://orcid.org/0000-0003-3205-3660
  • Maira Rozenfeld Olchik Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2724.2019v31i1p141-146

Palavras-chave:

Cuidados paliativos, Tomada de decisões, Qualidade de vida, Fonoaudiologia, Transtornos de deglutição

Resumo

Introdução: A tomada de decisão compartilhada é uma estratégia centrada na pessoa, procurando alinhar a comunicação entre profissionais da saúde e pacientes, conjuntamente com as preferências, valores e objetivos dos indivíduos Objetivo: Correlacionar os achados clínicos da disartria, disfagia e cognição com o processo de tomada de decisão em saúde em um paciente com diagnóstico molecular confirmado de Ataxia Telangiectasia em cuidados paliativos em fase terminal. Método: Foi realizada avaliação clínica fonoaudiológica da disartria, disfagia e cognição. À partir dos resultados apresentados na avaliação, foram abordados princípios e diretrizes do processo de tomada de decisão em saúde, a fim de auxiliar na definição do processo terapêutico em pacientes em cuidados paliativos. Resultados: Paciente apresentou disartria atáxica e disfagia orofaríngea moderada a grave, porém apesar do risco significativo de aspiração laríngea para todas as consistências alimentares, demonstrou forte desejo em manter alimentação via oral exclusiva. Com relação à cognição paciente apresentou funções cognitivas de acordo com a normalidade para idade e escolaridade. Por meio de um processo de escolha informada, discussão multidisciplinar e baseando-se em princípios da tomada de decisão compartilhada em saúde, optou-se por priorizar o desejo do paciente e indicou-se alimentação via oral. Conclusão: Partindo do processo de tomada de decisão compartilhada e buscando minimizar o sofrimento de pacientes em cuidados paliativos, o fonoaudiólogo deve assumir uma nova perspectiva às decisões terapêuticas a fim de favorecer e envolver o paciente e seus familiares desde o início do diagnóstico até as decisões de fim de vida.

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Biografia do Autor

Lais Alves Jacinto-Scudeiro, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Fonoaudióloga clínica, formada pela aculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Mestranda em Ciências Médicas pela UFRGS.

Annelise Ayres, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Fonoaudióloga Clínica, formada pela UFRGS. Mestre e Doutoranda em Ciências da Saúde pela UFCSPA

Maira Rozenfeld Olchik, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professora Adjunto III do Curso de Fonoaudiologia da UFRGSDepartamento de Cirurgia e Ortopedia - Faculdade de Odontologia da UFRGS. Doutora em Educação pela UFRGS. Mestre em Fonoaudiologia pela PUCSP

Publicado

2019-03-29

Como Citar

Jacinto-Scudeiro, L. A., Ayres, A., & Olchik, M. R. (2019). Tomada de decisão: papel do fonoaudiólogo em cuidados paliativos. Distúrbios Da Comunicação, 31(1), 141–146. https://doi.org/10.23925/2176-2724.2019v31i1p141-146

Edição

Seção

Artigos