<b>Sumário | Editorial</b>

Autores

  • José Luiz Aidar Prado

Resumo

Do ponto de vista da constituição do projeto editorial de Galáxia, formulamos três blocos: o dossiê temático, os artigos científicos e as resenhas. Os dossiês são constituídos espontaneamente a partir das colaborações enviadas e aprovadas ou, em outras ocasiões, pré-propostos, sendo alguns autores convidados e outros provenientes dos processos de seleção por parecer. Nesta edição, por exemplo, o dossiê “Cinema em caos contemporâneo” foi construído não só com vários artigos aprovados pelos pareceristas mas também com a reunião de alguns textos provenientes do ciclo “Entendendo o século XXI através do cinema”, realizado no Centro Cultural da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), pelo departamento de Cinema (Decine) da Unicamp, com curadoria de Fernão Ramos. Agradecemos à CPFL a liberação desses textos. O presente dossiê apresenta seis artigos, escritos por Olgária Matos, Leda Motta, José Ribeiro, Gláucia Pimentel, Flávia Pitaluga e Luis Vadico. Em linhas gerais, o fio condutor resultante do dossiê se tece a partir do ponto nodal “as mudanças da racionalidade e da comunicação na contemporaneidade”. Olgária Matos, professora da USP, examina o filme Crash e afirma que depois de Babel não há Pentecostes: a incomunicação grassa na atualidade, reino da contingência e da dispersão. Leda Mota, professora da PUC-SP, dá um curto-circuito temporal em Hitchcock e coloca o diretor para fazer, a partir de seus filmes, uma análise do presente: trata-se então de uma leitura avant la lettre dos sintomas da cultura pós-moderna. José Ribeiro, coordenador do Laboratório de Antropologia Visual da Universidade Aberta de Portugal, examina o filme de Vertov O homem da câmera de filmar para colocar as relações entre cinema e história contemporânea, principalmente sob a perspectiva da antropologia visual, considerando a importância atual de construção de linguagens audiovisuais hipermidiáticas. Gláucia Pimentel, professora da Unisul – SC, escova O Clube da Luta como se fora um manifesto político a examinar as construções caóticas das subjetividades contemporâneas. Flávia Pitaluga mergulha deleuzianamente em Monty Python para lá entrever como se produz o humor; para tanto, será necessário tematizar a inversão do platonismo e a ascensão dos simulacros, temas caros à pós-modernidade. Luis Vadico, da Anhembi Morumbi, examina a inexistência de filmes sobre a Paixão de Cristo no Brasil no início do século XX. Os artigos trazem Erik Felinto, professor da UERJ, que examina os modos pelos quais o pós-humanismo se manifesta na Internet. Antônio Fausto Neto, professor da Unisinos, aborda as construções discursivas na campanha eleitoral televisiva de 2006 para presidente. Cristina Peñamarín, professora da Universidad Complutense de Madri, investiga os modos a partir dos quais a publicidade e a informação intervêm na construção dos vínculos sociais e nos sentidos de identidade que eles possibilitam. Duas resenhas de coletâneas fecham esta edição: Renato Levi (ECA-USP e PUCSP) comenta Telejornalismo: nova praça pública e Edílson Cazeloto (PUC-SP) analisa Imagem (ir)realidade: comunicação e cibermídia. José Luiz Aidar Prado Editor Científico

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2007-09-13

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Editorial | Editorial