Mas afinal, o que sobrou do cinema? A querela dos dispositivos e o eterno retorno do fim.

Autores

  • Fernão Pessoa Ramos UNICAMP/Universidade Estadual de Campinas

Palavras-chave:

filme, morte do cinema, cinema expandido, tecnologia digital, filme e tempo, filme dispositivo.

Resumo

O que o filme faz que outras imagens móveis não fazem, quando não são filmes, é fechar-se em copas sobre a duração. Oferece ao espectador um jogo jogado. O  filme é uma espécie de tanquinho que bate a matéria do tempo para poder fruí-la torcida, com emoção. Pois um filme, como uma sinfonia, passa em direção a um final que já está dado a cada instante, a cada plano. Final que existe nele e não é só ‘happy end’. É sua arte de ser pela duração – à diferença de uma pintura ou foto na parede. Por isso, o cinema pendurado, ou instalado, não é filme e deixa de ser cinema. É o filme que faz variar o dispositivo e não o inverso. A querela sobre o que ‘restou’ do cinema tem no âmago suas ‘mortes’ e esta espécie de grande Leviatã que é o ‘cinema expandido’.

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Biografia do Autor

Fernão Pessoa Ramos, UNICAMP/Universidade Estadual de Campinas

Já encaminhada na submissão anterior.

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Publicado

2016-06-29

Edição

Seção

Artigos | Articles