Ator-rede versus Análise de Redes versus Redes Digitais: falamos das mesmas redes?

Autores

  • Tommaso Venturini École Normale Supérieure de Lyon / SciencesPo / King’ s College.
  • Anders Munk Universidade de Aalborg, Dinarmaca
  • Mathieu Jacomy Sciences Po
  • Tiago Barcelos Pereira Salgado Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) / PPGCom
  • Leonardo Melgaço Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Palavras-chave:

Análise de Redes Sociais, Redes Digitais, STS, Teoria Ator-Rede

Resumo

Este artigo discute diferenças e afinidades entre três tipos de rede (Ator-Rede, Análise de Redes e Redes Digitais) importantes para o Digital STS.2 Nas últimas décadas, a colonização de pesquisas em STS foi lenta e gradual. Ela se inicia com a Teoria Ator-Rede (TAR), que oferece um conjunto de noções para descrever a construção de fenômenos sociotécnicos. Com o advento da Análise de Redes, estudiosos incorporam técnicas de investigação e visualização desenvolvidas pela Análise de Redes Sociais (ARS) e pela Cientometria aos estudos em STS. Com o crescente uso de recursos computacionais pelos STS, estudiosos atentam para as Redes Digitais como modo de rastrear a vida coletiva. Muitos pesquisadores tentaram relacionar esses três movimentos aos métodos digitais, ao apostarem que a TAR pode ser operacionalizada por meio da Análise de Redes, graças aos dados providos pelas Redes Digitais. No entanto, além da homonímia presente na palavra “rede”, que caracteriza as três abordagens mencionadas, há poucas evidências que comprovam a continuidade entre esses três tipos de rede. Falamos das mesmas redes? 

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Biografia do Autor

Tommaso Venturini, École Normale Supérieure de Lyon / SciencesPo / King’ s College.

Doutor pelo Programa de Informação e Tecnologias da Comunicação pela Universidade de Milano Bicocca. Fundador do Public Data Lab e do Médialab, este ultimo juntamente com Bruno Latour. Pesquisador na École Normale Supérieure de Lyon e Pesquisador convidado na SciencesPo e no King’ s College. E-mail: tommaso.venturini@sciencespo.fr.

Anders Munk, Universidade de Aalborg, Dinarmaca

Doutor em Geografia e Ambiente pela Universidade de Oxford. Diretor do Techno-Anthropology Lab e Professor Associado de Techno-Anthropology no Departamento de Educação, Aprendizagem e Filosofia na Universidade de Aalborg. E-mail: akm@learning.aau.dk.

Mathieu Jacomy, Sciences Po

Mestre em Ciência e Tecnologia da Cognição e Comunicação pela Universidade de Tecnologia de Compiègne. Pesquisador engenheiro no MédiaLab da Sciences Po. E-mail: mathieu.jacomy@sciencespo.fr.

Tiago Barcelos Pereira Salgado, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) / PPGCom

Doutorando em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Doutorado Sanduíche pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris (EHESS). Pesquisador pelo NucCon, vinculado ao CCNM/UFMG. Bolsista pela CAPES. E-mail: tigubarcelos@gmail.com.

Leonardo Melgaço, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Mestrando em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pesquisador pelo NucCon, vinculado ao CCNM/UFMG. Bolsista pela CAPES. E-mail: leonardojmelgaco@gmail.com.

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Publicado

2018-08-01

Edição

Seção

Artigos | Articles