Questões biopolíticas nos processos de criação transmidiáticos

Autores

  • Lucia Leão PEPGCOS–PUC-SP

Palavras-chave:

communication, signs and meaning in digital media, creative processes in media, biopower, biopolitics

Resumo

Uma série de questões biopolíticas circunda os processos de criação contemporâneos. O presente artigo busca iluminar percursos investigativos referentes à linha de pesquisa “Processos de Criação nas Diferentes Mídias”, ao propor aproximações com conceitos como poder, biopoder e biopolítica. Pensar essa abordagem de pesquisa implica operar conceitos, métodos e táticas de conexão entre teoria e prática. Optamos por considerar os processos de produção em interfaces e meios variados (internet, espaços públicos, instalações, vídeo etc.) que interagem na constituição de narrativas que, devido a sua natureza de convergência, podem ser situadas naquilo que Jenkins (2008) denominou transmidiáticas. Nossa discussão se inicia em uma revisão sobre biopolítica. Nesse cenário, contrapontos com questões como biopoder, controle, vida e resistência podem desvelar a potência instauradora que permeia os processos criativos. Os estudos de biopolítica partem do conceito proposto por Foucault e avançam nos desdobramentos desenvolvidos por Hardt e Negri, Agamben, Lazzarato e a leitura ensaística de Pelbart. Em seguida serão apresentadas obras que tratem dessas questões. Os estudos de caso serão abordados com uma visão processual, em rede e em constante transformação (Salles, 2006).