Resiliência em estudantes de medicina ao longo do curso de graduação

Autores

  • José Eduardo Martinez PUC-SP/FCMS
  • Danilo de Assis Pereira Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Emelyn dos Santos Barril Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Samantha Farias de Matos Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Roseli Maria dos Santos Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1984-4840201623647

Palavras-chave:

resiliência psicológica, estudantes de medicina, qualidade de vida

Resumo

Objetivos e Método: Estudo transversal, descritivo, para identificar o grau de resiliência nos estudantes do Curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (FCMS/PUC-SP). Comparar a resiliência entre os diferentes anos e relacionar e comparar o grau de resiliência com variáveis demográficas e socioeconômicas. Resultados: A amostra teve idade média de 21,68, 270 solteiros (98,18%), de cor branca 240 (87,27%) e com renda familiar de mais de 20 salários (34,54%). Na escala de resiliência obtiveram uma média de 114 (DP=14,05). Não se observou diferença significante entre os pontos obtidos no decorrer da graduação. Observa-se um predomínio de resiliência moderada em todos os anos do curso e, consequentemente, no total. A resiliência nos estudantes de Medicina, segundos os resultados dos estudos, demonstra-se como uma característica individual e que não guarda relações com gênero, idade, orientação sexual, cor e condições de habitação entre os vários anos do curso Conclusão: Conclui-se que o grau de resiliência de estudantes de Medicina pode ser considerado predominantemente moderado, porém com alta variância. Não se observa correlação com renda familiar.

 

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Biografia do Autor

José Eduardo Martinez, PUC-SP/FCMS

Concluiu o doutorado em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo em 1993. Atualmente é professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e reumatologista da Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo lotado no Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Na PUCSP exerceu a chefia do Departamento de Medicina entre agosto de 2001 a julho de 2009, foi diretor da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde e é atualmente vice-reitor. Publicou 56 artigos em periódicos especializados, sendo 8 internacionais e 53 trabalhos em anais de eventos. Desde 1983 é membro titular da Sociedade Brasileira de Reumatologia sendo membro da Comissão de Dor, Fibromialgia e outros Reumatismos de Partes Moles e Secretário Geral na gestão 2014-2016.. Participa também da Academia Brasileira de Reumatologia. Possui 16 capítulos de livros e 3 livros publicados. Participou de 65 eventos no Brasil e 14 no exterior. Orientou 53 alunos de iniciação científica e 3 de mestrado profissionalizante Coordena o projeto da PUC-SP "Dicas Reumatológicas" no Twitter. Atua na área de Medicina, com ênfase em Reumatologia. Em seu currículo Lattes os termos mais freqüentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Fibromialgia, Qualidade de Vida, Osteoporose, Dor crônica e Lupus Eritematoso Sistêmico.

Danilo de Assis Pereira, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Médico Residente

Emelyn dos Santos Barril, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Estudante de Medicina

Samantha Farias de Matos, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Estudante de Medicina

Roseli Maria dos Santos, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Mestre em Psicologia, psicóloga institucional da PUC-SP

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Publicado

2016-04-08

Como Citar

1.
Martinez JE, Pereira D de A, Barril E dos S, Matos SF de, Santos RM dos. Resiliência em estudantes de medicina ao longo do curso de graduação. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 8º de abril de 2016 [citado 19º de março de 2024];18(1):15-8. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/23647

Edição

Seção

Artigo Original