Eletroforese para detecção de hemoglobina fetal em pacientes do ambulatório de hematologia e hemoterapia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) com anemia falciforme e uso de hidroxiuréia

Autores

  • Laura Damada Garcia Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Matthaeus Faria Estrado Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Priscila Camargos Dumont Costa Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Julio Boschini Filho Docente, Medicina, FCMS/PUC-SP

Palavras-chave:

anemia falciforme, hidroxiuréia, eletroforese em acetato, hemoglobina fetal, síndromes falcêmicas, hemoglobinopatias

Resumo

Introdução: As hemoglobinopatias são distúrbios genéticos que se apresentam por padrão de herança recessiva e incluem a anemia falciforme e as síndromes falcêmicas (hemoglobinopatia SC e a S/β-talassemia). Na anemia falciforme as moléculas de adesão dos eritrócritos, leucócitos e plaquetas estão envolvidas na oclusão vascular. Nas síndromes falcêmicas, o quadro costuma ser mais brando. Pesquisas demonstram que o tratamento com hidroxiuréia (HU) promove melhora da qualidade de vida dos pacientes que a utilizam. O mesmo tem se mostrado efetivo por aumentar a expressão de hemoglobina fetal (HbF), diminuindo assim as complicações de vaso-oclusão, hemólise e diminuição da expressão de moléculas de adesão. Objetivos: Nesta pesquisa, utilizamos o teste de eletroforese alcalina (pH 8,6) para o monitoramento de expressão da HbF nos pacientes do Ambulatório de Hematologia e Hemoterapia do CHS portadores de anemia falciforme e nos portadores de síndromes falcêmicas em tratamento com HU. Metodologia: Aplicou-se o teste de eletroforese em acetato de celulose em pH alcalino (8,6) e, posteriormente, as fitas de acetato submetidas ao campo elétrico foram coradas por Ponceau, transparentizadas e fixadas em lâminas de microscopia para análise e registro. Resultados: Foram realizados 100 testes cegos em amostras de sangue provenientes dos pacientes do Ambulatório de Anemia Falciforme do CHS, entre os quais analisamos 28 pacientes com anemia falciforme e 12 com síndromes falcêmicas. Na avaliação eletroforética do uso ou não uso de hidroxiuréia nos grupos investigados, observamos que não houve diferença significativa na expressão de HbF (p=0,3173). Além disso, comparamos os índices hematimétricos dos dois grupos e verificamos que os valores médios de VCM e HCM aumentaram em relação à concentração de HU utilizada, embora não tenham sido analisados estatisticamente.