Duração e frequência de consultas médicas e sua influência no tempo de aleitamento materno em uma unidade básica de saúde

Autores

  • Gabriela Moreira de Toledo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba (FCMS) – Sorocaba (SP), Brasil.
  • Paula Savério de Oliveira Prata Penna Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba (FCMS) – Sorocaba (SP), Brasil.
  • Luciana Maria de Andrade Ribeiro Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba (FCMS) – Sorocaba (SP), Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-4840.2018v20i1a6

Palavras-chave:

aleitamento materno, desmame precoce, relação mãe-filho, centros de saúde.

Resumo

Introdução: A Organização Mundial da Saúde recomenda aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos. A maior duração do aleitamento materno diminui risco de obesidade e infecções. Objetivo: Descrever as taxas de aleitamento materno exclusivo e misto em uma população de uma unidade de saúde, bem como os fatores de desmame; comparar o tempo de aleitamento exclusivo e total entre as crianças atendidas por profissionais da prefeitura e alunos da faculdade de medicina. Métodos: Estudo retrospectivo, com revisão de 610 prontuários de crianças nascidas de janeiro de 2010 a dezembro de 2013 em seguimento na Unidade em questão. Resultados: O tempo médio de aleitamento exclusivo foi de 117 dias e o de aleitamento misto de 246 dias. A prevalência de aleitamento materno exclusivo no primeiro mês foi de 82,3%, superior às taxas da região Sudeste, tendo como fatores associados ao desmame precoce: parto cesárea, baixa produção de leite, tipo de atendimento. Conclusões: Observamos tempos de aleitamento materno exclusivo e total acima das médias nacionais e internacionais para esta população, particularmente no atendimento acadêmico onde as pacientes tem tempo de consulta maior e com maior possibilidade de reavaliação durante o primeiro mês de vida. A inclusão dos pacientes com registros mais completos e, portanto, exclusão daqueles onde não houve registro adequado, pode ter levado ao superdimensionamento destas taxas, pois não sabemos se a falta de registro está ou não acompanhada da orientação adequada para o aleitamento materno.

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Publicado

2018-04-27

Como Citar

1.
Toledo GM de, Penna PS de OP, Ribeiro LM de A. Duração e frequência de consultas médicas e sua influência no tempo de aleitamento materno em uma unidade básica de saúde. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 27º de abril de 2018 [citado 24º de abril de 2024];20(1):23-8. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/29019

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Artigo Original