Do sertão ao mar: destinos em Deus e o Diabo na terra do sol e Abril despedaçado

Autores

  • Renato Tardivo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP)

Palavras-chave:

psicologia (arte), cinema, psicanálise.

Resumo

Este artigo insere-se no campo da Psicologia da Arte e propõe uma leitura comparativa entre os filmes Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, e Abril Despedaçado, de Walter Salles, atentando sobretudo para a questão da temporalidade com que cada filme trabalha os destinos do sertanejo. As leituras estão assentadas sobre a relação entre obra e espectador e valem-se de referenciais históricos, estéticos e psicológicos. Conquanto haja paralelos entre os dois filmes, observou-se que em Deus e o Diabo, marcado pela lógica da profecia e afinado à crítica ideológica marxista, a violência é o meio para a libertação. Já em Abril Despedaçado, a violência é alvo da crítica e o filme parece se alinhar à crítica ideológica adorniana.

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Biografia do Autor

Renato Tardivo, Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP)

Doutorando em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo, psicanalista, escritor e professor/supervisor do curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo. Autor dos livros de contos Do avesso (Com-Arte/USP) e Silente (7Letras), e do ensaio Porvir que vem antes de tudo – literatura e cinema em Lavoura arcaica (Ateliê Editorial/Fapesp).

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Publicado

2016-05-02

Edição

Seção

Artigos