<strong>CURRÍCULO, CONHECIMENTO E PODER: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS PARA AS REFORMAS CURRICULARES E O TRABALHO DOCENTE

Autores

  • Valéria Moreira Rezende Universidade Federal de Uberlândia
  • Maria Vieira Silva Universidade Federal de Uberlândia
  • Úrsula Adelaide de Lelis Universidade Estadual de Montes Claros

Palavras-chave:

currículo – conhecimento – poder – trabalho docente.

Resumo

Este texto tece algumas reflexões teóricas sobre as relações que podem se estabelecer entre currículo, conhecimento e poder na construção de hegemonias. Parte-se do pressuposto de que o currículo é uma práxis resultante dos embates que se travam por grupos/instituições nos campos social, cultural, econômico, político e educacional. Para tanto, coloca em pauta algumas teorizações e práticas sobre o currículo, e problematiza a sua construção e constituição no espaço social. Uma teoria de currículo pauta-se por discussões sobre qual conhecimento deve ser ensinado, como se ensina e se aprende, e quais as maneiras de relacionar-se no espaço educativo. Por isso, ele é sempre resultado de escolhas, seleções e diferenciamentos não aleatórios. Ele expressa um movimento de forças e interesses que gravitam sobre o sistema social e educativo, em um dado momento. Esse movimento é gerado através das disputas que se estabelecem na luta pelo poder de dirimir sobre o que é o que na sociedade. O ato de selecionar o que deve e o que não deve ser ensinado denota poder de quem opera essa seleção. A construção de hegemonias depende de um longo e sistemático processo de construção de significados, pelos sujeitos. No currículo é instaurado um conhecimento de caráter científico, objetivo e indiscutível, portanto legítimo, como se espelhasse a realidade e não uma visão de realidade. Ele é resultado das disputas pelo poder, apresentando modos de pensar e de produzir o mundo, construindo hegemonias. E esse é um movimento sociedade-escola-sociedade que repercute na produção do cotidiano humano.

Biografia do Autor

Valéria Moreira Rezende, Universidade Federal de Uberlândia

Doutora em Educação pela PUC/SP. Docente pesquisadora da Universidade Federal de Uberlândia. Experiência em Políticas Educacionais com ênfase em Planejamento Educacional, Trabalho Docente e Currículo. Coordenadora do Projeto de pesquisa pelo CNPq: Formação de professores do ensino médio no programa de desenvolvimento profissional e seus desdobramentos sobre o trabalho docente: as escolas-referência do pontal do Triângulo Mineiro

Maria Vieira Silva, Universidade Federal de Uberlândia

Doutora em Educação pela UNICAMP, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Uberlândia com atuação nos cursos de Mestrado e Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) da mesma instituição. É coordenadora do Grupo de Pesquisa Polis – Políticas, Educação e Cidadania e co-autora dos livros Políticas e práticas docentes: alternativas em construção (EDUFU); Educação e história cultural em comunidades rurais: trajetórias percorridas, identidades em construção (EDUFU) e Dimensões Políticas da Educação Contemporânea (Alínea).

Úrsula Adelaide de Lelis, Universidade Estadual de Montes Claros

graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Montes Claros, onde hoje atua como professora. Mestre e doutoranda pela Universidade Federal de Uberlândia. Membro do Grupo de Pesquisa – Polis – Políticas, Educação e Cidadania.

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Publicado

2014-04-19

Edição

Seção

Artigos