Arte, fantasia e amor na metafísica ocidental: a interpretação de Agamben sobre a cisão entre poesia e filosofia em Platão

Autores

  • Gabriel Victor Rocha Pinezi Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-4373.2018i20p115-134

Palavras-chave:

poesia, fantasma (φαντάσμα), arte (τéχνῃ), pro-dução (ποιéσις), amor.

Resumo

O objetivo deste artigo é investigar como Giorgio Agamben problematiza a cisão entre filosofia e poesia em Platão. Identificamos dois momentos da crítica de Agamben a Platão: 1) em O Homem sem Conteúdo, a cisão entre poesia e filosofia aparece no contexto do projeto de uma “destruição da estética”, cujo foco é diferenciar os modos de produção “prático” e “poético” em sua relação com a história da metafísica; 2) em Estâncias, a cisão entre poesia e filosofia aparece em meio à análise da poesia de amor medieval, cujos conceitos de “amor” e de “fantasma”, mesmo se fundando numa tradição neoplatônica, apresentam um certo entendimento da origem da palavra poética que supera a cisão platônica entre verdade e fantasma. Busca-se apresentar de que modo estes dois momentos da crítica de Agamben à metafísica de Platão tem como objetivo restituir à filosofia o seu estatuto ético-poético.

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Biografia do Autor

Gabriel Victor Rocha Pinezi, Universidade Estadual de Londrina

Doutor em Letras. Professor de Língua Portuguesa e humanidades na UTFPR, campus Guarapuava.

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Publicado

2018-07-12

Como Citar

Rocha Pinezi, G. V. (2018). Arte, fantasia e amor na metafísica ocidental: a interpretação de Agamben sobre a cisão entre poesia e filosofia em Platão. FronteiraZ. Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados Em Literatura E Crítica Literária, (20), 115–134. https://doi.org/10.23925/1983-4373.2018i20p115-134

Edição

Seção

Artigos