n. 42 (2022): verve

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verve 42
vinte anos de existência e a verve segue afirmando a vital liberdade das crianças. nesta edição, eder amaral e silvio gallo aproximam a filosofia de rené schérer, a sua atenção à singularidade de pequenas e pequenos, ao pensamento de charles fourier e dos anarquismos. o próprio schérer, em entrevista recente (perto dos cem anos!), escandaliza a moral conservadora contemporânea a partir de questões liberadas da infância e de outras construções autoritárias. no texto do nu-sol, em página única, uma consideração sobre hakim bey (tocado como schérer pelos textos de fourier) e a sua sugestão de que as relações entre certas pessoas e plantas são conduzidas por uma paixão e não pela domesticação. indomesticável, o anarquismo de lima barreto é apresentado de modo criterioso por marco antonio arantes. na efeméride do bicentenário da independência do brasil, animados pelos combates antipatrióticos, antinacionalistas e antirrascistas de libertários como lima, o hypom explicita as antigas violências do Estado, características da monarquia e atuais em plena democracia. atenta aos desdobramentos do agora, problematizando os efeitos políticos da covid, a revista se desloca com os apontamentos libertários de luíza uehara e josé maria carvalho ferreira. vinte anos de verve! e para comemorar as duas décadas de lutas e prazer um texto nosso, sem assinatura, mas, pessoal, intransferível. emma goldman (em ensaio sobre louise michel) e takamure itsue explicitam a vitalidade do amor livre entre as libertárias. flávia lucchesi resenhando maria lacerda de moura e rogério nascimento, a maria antonia soares, intensificam a contundência desta vitalidade, expondo a força das mulheres ácratas nos mais variados combates. verve 42, no ar, com anarquias, vinte anos de vida(s)-existência! e é deste modo mesmo, no plural. são vidas múltiplas, menores, sem almejar maioridade ou estatuto as que vibram aqui.
vidas que pulsam: verve.

Publicado: 2023-04-17

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