De que infância nos fala a psicologia do desenvolvimento? Algumas reflexões

Autores

  • Betina Hillesheim Universidade de Santa Cruz do Sul, Departamento de Psicologia
  • Neuza Maria de Fátim Guareschi Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Faculdade de Psicologia

Palavras-chave:

psicologia do desenvolvimento, infância, Modernidade

Resumo

Considerando-se a infância como uma invenção da Modernidade, este artigo visa discutir como a Psicologia – a partir da análise de uma subespecialidade: a psicologia do desenvolvimento – toma a infância como objeto de estudo. Para isso, propõe-se problematizar a idéia de uma suposta natureza infantil, mostrando como as características naturalmente associadas à infância relacionam-se à produção de saberes sobre as crianças, que não só descrevem, mas produzem um sujeito infantil a partir de classificações e critérios de normalidade/anormalidade. Desse modo, pode-se entender que o discurso psicológico sobre a infância circunscreve determinados modos de ser criança e não outros, sendo que a emergência dos estudos sobre a infância veio marcar, no campo da Psicologia, a necessidade de dar conta das tarefas de predição e controle, aliando-se às práticas de intervenção e regulação social.

Biografia do Autor

Betina Hillesheim, Universidade de Santa Cruz do Sul, Departamento de Psicologia

Doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS, professora adjunta e pesquisadora do departamento de Psicologia da Universidade de Santa Cruz do Sul – Unisc

Neuza Maria de Fátim Guareschi, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Faculdade de Psicologia

Doutora em Educação pela University of Wisconsin-Madison, Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Faculdade de Psicologia da PUC-RS, Coordenadora do Grupo de Pesquisa “Estudos Culturais e Modos de Subjetivação”

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Publicado

2019-06-03

Edição

Seção

Artigos