Vicissitudes do debate etiológico sobre o autismo: leituras a partir da psicanálise lacaniana

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2594-3871.2019v28i2p486-511

Palavras-chave:

Autismo, Psicose, Etiologia, Lacan

Resumo

Este artigo teve como objetivo estabelecer uma discussão sobre diferentes modos de compreender a etiologia do autismo dentro do campo da psicanálise lacaniana, um deles que circunscreve o autismo enquanto psicose e o outro que o compreende como uma nova estrutura nosográfica. Para tanto, foi preciso retornar às elaborações de Jacques Lacan sobre a constituição do sujeito para que fosse possível refletir sobre os percursos teóricos dos autores identificando convergências, como a perseguição que o sujeito autista vive em relação aos signos da presença do Outro, e de que ordem são as divergências sobre a etiologia do autismo, se puramente políticas ou se possuem relevância clínica e epistêmica. A partir de proposições lacanianas como o estádio do espelho e os processos de alienação e separação, foi possível desenvolver a questão da entrada – forçada – do sujeito na linguagem e identificar a dimensão real do gozo que pode contribuir com a discussão clínica sobre a complexidade da aquisição da linguagem no sujeito autista.

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Biografia do Autor

Eduardo Vallejos, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Psicólogo formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em formação teórico-clínica no Centro Lacaniano de Investigação da Ansiedade (CLIN-a).

Rosa Maria Tosta, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Professora da faculdade de Ciências Humanas e da Saúde

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Publicado

2019-12-11

Como Citar

Vallejos, E., & Tosta, R. M. (2019). Vicissitudes do debate etiológico sobre o autismo: leituras a partir da psicanálise lacaniana. Psicologia Revista, 28(2), 486–511. https://doi.org/10.23925/2594-3871.2019v28i2p486-511

Edição

Seção

Jovens Autores