Auditoria Interna como fortalecimento da governança corporativa nas empresas de capital aberto

Autores

  • Ana Claudia Biscalquim
  • Eloir Trindade Vasques Vieira

DOI:

https://doi.org/10.23925/2446-9513.2015v2i2p56-72

Palavras-chave:

Governança Corporativa, Auditoria Interna, Controle Interno.

Resumo

A globalização, a evolução dos negócios e a formação de grandes conglomerados empresariais tornaram necessária a criação de leis e regulamentos para um maior controle das atividades empresariais, fazendo surgir o termo governança corporativa, principalmente em organizações de capital aberto. O presente trabalho visou a reflexão do papel da auditoria interna como instrumento de proteção aos investidores com a função de avaliar a gestão de risco e o controle interno na governança. O trabalho baseou-se em pesquisa bibliográfica, e apresentou conceitos sobre os termos envolvidos auditoria interna e governança corporativa, bem como efetuou reflexão sobre a relevância da auditoria interna como ferramenta da gestão, objetivando a  tomada de decisão. Verificou-se que a auditoria interna não tem a responsabilidade ou autoridade para determinar mudanças na organização, nos sistemas, nas rotinas ou procedimentos. A sua finalidade se limita à apresentação de informações, sugestões ou recomendações, substanciadas, com a responsabilidade de serem levados ao conhecimento das áreas envolvidas. Verificou-se também que nas empresas de capital aberto existe o Conselho de Administração com função de controlar, fiscalizar a gestão dos diretores, examinar livros e papeis, contratos da companhia e quaisquer outros atos ligados à sua administração. Desta forma o grau de independência do Conselho de Administração vai depender da concentração acionária existente na empresa. Em países como o Brasil, onde a concentração acionária é maior, o Conselho sofrerá maior ou menor influência dos acionistas controladores. A influência que determinado grupo exerce sobre o Conselho de Administração reflete na ocorrência de conflito de interesses. Os principais Códigos de Melhores Práticas de Governança Corporativa recomendam a inclusão de conselheiros independentes buscando a redução dessas ocorrências.  Diferentemente dos países em que a concentração acionária e menor, como nos Estados Unidos, e a influência é exercida pelos executivos.O resultado obtido indica que a auditoria interna, após vários acontecimentos que envolveram o abalo de credibilidade, deve concentrar os esforços para recuperar essa credibilidade das funções essenciais e se aprimorar para os novos desafios exigidos pelos novos tempos. Concluiu-se  que a governança corporativa se utilizada, pode promover o bom relacionamento entre todas as partes envolvidas nos processos, bem como pode refletir maior transparência nas atividades e a consequente diminuição do conflito de interesses.

Biografia do Autor

Ana Claudia Biscalquim

Pós-graduada em MBA Executivo em Negócios Financeiros pela FGV (lato sensu) e Auditoria e Perícia Contábil pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).

Eloir Trindade Vasques Vieira

Mestre em Desenvolvimento Local pela (UCDB), Professora Mestre na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)

Downloads

Como Citar

Biscalquim, A. C., & Vasques Vieira, E. T. (2016). Auditoria Interna como fortalecimento da governança corporativa nas empresas de capital aberto. Redeca, Revista Eletrônica Do Departamento De Ciências Contábeis &Amp; Departamento De Atuária E Métodos Quantitativos, 2(2), 56–72. https://doi.org/10.23925/2446-9513.2015v2i2p56-72

Edição

Seção

Artigos