O conceito de tolerância em Paul Ricoeur

Autores

  • Donizete José Xavier PUC-SP

DOI:

https://doi.org/10.23925/1677-1222.2017vol17i3a3

Palavras-chave:

indiferentismo, tolerância, existência humana, kénosis

Resumo

Na atualidade, a ideia de que somos um todo, corpo orgânico, tecidos das mesmas substâncias, parece naufragar no submundo do oceano das nossas incertezas. As buscas desenfreadas de nossas prepotências podem levar-nos ao não-sentido sob pena de cairmos numa hybris desmedida de um pensamento e comportamento que se autoinstituem como absolutos. Agravam-se as condições das relações e da convivência humana. O dogmatismo e o ceticismo apoderam-se “da verdade” e a tolerância parece ceder lugar para o indiferentismo, o intolerável e a própria intolerância. Nesses termos, o que se põe neste artigo é a necessidade de saber sob que nuances ricoeurianas podemos analisar as condições de atividades que integram o tecido ético da nossa existência humana que não só transfiguram, mas como exigem a ressignificação da tolerância como virtude, capaz de interpelar um agir humano e generoso que se paute na história como princípio ético-político na formação real e original das paisagens humanas.

Biografia do Autor

Donizete José Xavier, PUC-SP

Doutor em Teologia Fundamental pela Pontifícia Universidade Católica de Roma (Gregoriana). Professor assistente do Departamento de Teologia Fundamental da Faculdade de Teologia da PUC-SP.

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Publicado

2017-12-24