A FRONTEIRA COMO DOMÍNIO DA VIOLÊNCIA: reportagens sobre o sul de Mato Grosso (1932)

Autores

  • Carla Villamaina Centeno

Palavras-chave:

Violência, Fronteira, Memória, sul de Mato Grosso.

Resumo

Este artigo trata da violência como um tema central e dominantemente presente nos memorialistas que tratam da fronteira de Mato Grosso, no período de sua colonização, após a Guerra com o Paraguai (1864-1870). Dentre todos os autores analisados, Umberto Puiggari, um jornalista radicado na fronteira de Mato Grosso nos anos 1930, foi o que mais ênfase deu ao problema. Ao contrário dos demais, o autor não via, naquele momento, nenhuma possibilidade de mudança na fronteira, mesmo após a implantação do novo regime, instaurado com a Revolução de 1930. Por não acreditar que as instituições pudessem mudar o quadro histórico, não vislumbrou, possivelmente, qualquer papel que o novo governo, por meio de uma política que mudasse as estruturas econômicas e culturais, desempenharia para a superação da situação de violência que, com tanta força e indignação, narrou. Por isso, resumiu-se à exposição aberta dos problemas fronteiriços, gerados pela violência dos poderosos, pelo banditismo e pelo abandono do Estado. A obra de Puiggari, portanto, singularizou-se pela denúncia, traduzida como objetivo exclusivo e consciente do autor.

Biografia do Autor

Carla Villamaina Centeno

Doutora e Professora da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Curso de Geografia. E-mail: carla.centeno@uol.com.br

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Como Citar

Centeno, C. V. (2011). A FRONTEIRA COMO DOMÍNIO DA VIOLÊNCIA: reportagens sobre o sul de Mato Grosso (1932). Projeto História : Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados De História, 39. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/5839