Considerações sobre o “Darwinismo Generalizado” na Economia

Autores

  • Celso Bissoli Sessa Universidade Federal do Espírito Santo
  • Neide César Vargas Universidade Federal do Espírito Santo

Palavras-chave:

Economia Evolucionária, Darwinismo Generalizado, Neo-Institucionalismo

Resumo

O objetivo desse artigo é discutir o debate teórico de cunho evolucionista mais recente na Economia, liderado por Geoffrey Hodgson, que propõe construir uma ontologia para as abordagens evolucionistas na Economia a partir de Darwin, dos Antigos Institucionalistas, do determinismo e do materialismo emergentista discutidos por Mário Bunge e do pensamento populacional de Ernst Walter Mayr. Essa proposição tem sido denominada, no plano metodológico, de Darwinismo Generalizado. A proposição metodológica darwiniana de Hodgson é elaborada à luz do dilema metodológico pautado na relação indivíduo e estrutura.

Biografia do Autor

Celso Bissoli Sessa, Universidade Federal do Espírito Santo

Professor do Departamento de Economia da Universidade Federal do Espírito Santo.

Neide César Vargas, Universidade Federal do Espírito Santo

Professora do Departamento de Economia e do Programa de Pós-Graduação em Política Social da Universidade Federal do Espírito Santo

Referências

ABDALLA, M. La crisis latente del darwinismo. Murcia: Cauac Editorial, 2010.

BUENO, N. P. Lógica da ação coletiva, instituições e crescimento econômico: uma resenha temática sobre a Nova Economia Institucional. Economia, Brasília, 5 (2) p. 361–420 julho/dezembro 2004. Disponível em: <http://econpapers.repec.org/article/anpeconom/v_3a5_3ay_3a2004_3ai_3a2_3ap_3a361-420.htm> Acesso em 04 de novembro de 2015.

BUNGE, M. Ten Modes of Individualism – None of Which Works – And Their Alternatives. Philosophy of the Social Sciences. 30(3), pp. 384-406, 2000.

CONCEIÇÃO, O. A. C. Os antigos, os novos e os neo-institucionalistas: há convergência teórica no pensamento institucionalista? Análise Econômica, volume 19, nº 36, 2001. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/AnaliseEconomica/article/view/10664 Acesso em 04 de novembro de 2015.

______. Há compatibilidade entre a “tecnologia social” de Nelson e a “causalidade vebleniana” de Hodgson? XV Encontro Nacional de Economia Política, São Luiz, MA, 2010. Disponível em: <http://www.sep.org.br/artigo/2065_8f10e47e63073e89e4097efeb30ed133.pdf> Acesso em 15 de dezembro de 2015.

ENGELS, F. A dialética da natureza. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

HODGSON, G. M. Economia e instituições. Oeiras: Celta, 1994.

______. On the evolution of Thorstein Veblen's evolutionary economics. Cambridge Journal of Economics, volume 22, 415-431, 1998a. Disponível em: <http://www.geoffrey-hodgson.info/user/image/evveblenec.pdf> Acesso em 04 de novembro de 2015.

______. The approach of Institutional Economics. Journal of Economic Literature, volume 36, nº 1, 166-192, 1998b. Disponível em: <http://www.geoffrey-hodgson.info/user/image/approachinec.pdf> Acesso em 04 de novembro de 2015.

______. What is the essence of institutional economics? Journal of Economics Issues, volume XXXIV, nº 2, 2000a. Disponível em <http://web.cenet.org.cn/upfile/69017.pdf>. Acesso em 04 de novembro de 2015.

______. La ubicuidad de los hábitos y las reglas. Revista de Economía Institucional, volume 2, nº 3, 11-43, 2000b. Disponível em: <http://redalyc.uaemex.mx/pdf/419/41900302.pdf>Acesso em 04 de novembro de 2015.

______. Darwinism in economics: from analogy to ontology. Journal of Evolutionary Economics, volume 12, 259-281, 2002a. Disponível em: <http://www.springerlink.com/content/gbfharbhtlnmxl39/fulltext.pdf> Acesso em janeiro de 2016.

______. The Hidden Persuaders: Institutions and Individuals in Economic Theory.Cambridge Journal of Economics, volume 27, nº 2, 159-175, 2003b. Disponível em: <http://cje.oxfordjournals.org/content/27/2/159.full.pdf+html> Acesso em janeiro de 2016.

______. The Evolution of Institutional Economics: Agency, Structure and Darwinism in American Institutionalism. London and New York: Routledge, 2004a.

______. The Nature and Replication of Routines. Second Conference on Organizational Routines, Nice, 2004b. Disponível em: <http://www.gredeg.cnrs.fr/routines/workshop/papers/Hodgson.pdf>. Acesso em 04 de novembro de 2015.

______. Darwinism, causality and the social sciences. Journal of Economic Methodology, volume 11, nº 2, 175–194, 2004c. Disponível em <http://www.geoffrey-hodgson.info/user/image/darwincausality.pdf>. Acesso em 04 de novembro de 2015.

______. What Are Institutions? Journal of Economic Issues, volume XL, nº 1, 2006. Disponível em<http://www.geoffrey-hodgson.info/user/image/whatareinstitutions.pdf> Acesso em 04 de novembro de 2015.

______. Institutions and Individuals: Interaction and Evolution. Organization Studies, volume 28, nº 1, 95–116, 2007a. Disponível em: http://www.geoffrey-hodgson.info/user/image/instindiv.pdf. Acesso em 04 de novembro de 2015.

______. Meanings of methodological individualism. Journal of Economic Methodology 14:2, 211–226, June 2007b. Disponível em: http://web.cenet.org.cn/upfile/106443.pdf Acesso em janeiro de 2016.

______. A Response to Christian Cordes and Clifford Poirot. Journal of Economic Issues, volume XLI, nº 1, 2007c. Disponível em: <http://www.geoffrey-hodgson.info/user/image/responsecordespoirot.pdf>Acesso em 04 de novembro de 2015.

______. How Veblen Generalized Darwinism. Journal of Economic Issues, volume XLII, nº 2, 2008a. Disponível em: <http://www.geoffrey-hodgson.info/user/image/howveblengendarwinism.pdf> Acesso em 04 de novembro de 2015.

______. Complexity, Habits and Evolution.The SAGE Handbook of Complexity and Management, 2009a. Disponível em: <https://uhra.herts.ac.uk/dspace/Bitstream/2299/3445/1/S108.pdf> Acesso em 04 de novembro de 2015.

______. Institutional Economics into the Twenty-First Century. Studi e Note di Economia, ano XIV, nº 1, 03-26, 2009b. Disponível em: <http://www.anpec.org.br/downloads/Encontro2009_textoHodgson.pdf>. Acesso em 04 de novembro de 2015.

HODGSON, G., KNUDSEN, T. Why we need a generalized Darwinism, and why generalized Darwinism is not enough. Journal of Economic Behavior and Organization, volume 61, 1-19, 2006. Disponível em: <http://www.geoffrey-hodgson.info/user/image/howveblengendarwinism.pdf> Acesso em 04 de novembro de 2015.

LUZ, M. R. S. Por uma concepção darwiniana de economia evolucionária: abordagens, pioneiras, conflitos teóricos e propostas ontológicas. Dissertação Mestrado em Economia, Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009.

LUZ, M. R. S.; FRACALANZA, P. S. Darwinismo Universal e Economia Evolucionária: elementos para um debate. In: XV Encontro Nacional de Economia Política, João Pessoa, 2008. Disponível em <http://www.sep.org.br/artigo/1192_f0bccb4ec44ba848ce3cddb639709151.pdf>. Acesso em 15 de dezembro de 2015.

LUZ, M. R. S.; FRACALANZA, P. S. Da Te(le)ologia ao Evolucionário: O legado essencialista e a possibilidade darwiniana de teorização econômica. 38°Encontro Nacional de Economia, Salvador, 2010. Disponível em <http://www.anpec.org.br/encontro_2010.htm>. Acesso em 10 de janeiro de 2016.

NELSON, R. Evolutionary Social Science and Universal Darwinism. Biology and Philosophy,volume 22, nº 1, 73-94, 2006. Disponível em: <http://www.springerlink.com/content/kq31362246388826/fulltext.pdf> Acesso em janeiro de 2016.

POSSAS, M. L. Economia Evolucionária Neo-Schumpeteriana: elementos para uma integração Micro-Macrodinâmica. Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, 2008. Disponível em: <http://www.iea.usp.br/iea/evolusociais/possasneoschumpeteriana.pdf> Acesso em 04 de novembro de 2015.

PRADO, Eleutério F. S. A dialética de Engels a Marx e o evolucionismo de Hayek. Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, 2008. Disponível em http://www.econ.fea.usp.br/eleuterio/ArtigosNaoPublicados/Dialetica_evolucionismo.pdf Acesso em 05 de outubro de 2015.

_____. Economia, complexidade e dialética. São Paulo: Plêiade, 2009.

VEBLEN, Thorstein. Why is Economics not an Evolutionary Science? The Quarterly Journal of Economics. volume 12, 1898. Disponível em: <http://www.elegant-technology.com/resource/ECO_SCI.PDF> Acesso em 04 de novembro de 2015.

_____. A Teoria da Classe Ociosa. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

VROMEN, J. Routines, genes and program-based behavior. Journal of Evolutionary Economics, 16 (5), 543-560, 2006.

______. Generalized Darwinism in Evolutionary Economics: The Devil is in the Details. Max Planck Institute of Economics, Papers on Economics & Evolution, nº711, 2007. Disponível em: <https://papers.econ.mpg.de/evo/discussionpapers/2007-11.pdf> Acesso em 04 de novembro de 2015.

Downloads

Publicado

2019-08-28

Edição

Seção

Artigos