O ESPELHO E A MÍSTICA PORETIANA

Autores

  • Joana de Souto Gomes

Palavras-chave:

Marguerite Porete, Mística, Metáfora do espelho

Resumo

Neste trabalho procuraremos analisar alguns pontos da obra O espelho das almas simples de Marguerite Porete. Sentenciada à fogueira da inquisição em 1° de junho de 1310, a autora traz em sua obra feições da teologia mística que, necessariamente, constitui também sua experiência com o divino. O objetivo essencial é pensarmos como Porete propõe alcançar a divindade em uma forma de reflexo cristalino da Deidade. Recorrendo à metáfora do espelho, Marguerite nos apresenta a disposição que o homem tem para “ser-espelho”, isto é, a capacidade que a alma adquire ao logo de todo o processo de aniquilação para refletir Deus. O aniquilamento n’O espelho das almas simples é visto como abandono das vontades relacionadas ao “eu”, que engendra, então, em um processo de purificação da alma que culmina na união com o Divino. Marguerite nos aponta para um ser humanizado, que não é imaculado, mas que se reconhece e se percebe no outro. A partir desse ponto faremos uma reflexão sobre alguns aspectos da filosofia mística poretiana e como este reflexo faz da sua experiência mística algo peculiar.

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Como Citar

de Souto Gomes, J. (2016). O ESPELHO E A MÍSTICA PORETIANA. Último Andar, (28), 267–274. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/ultimoandar/article/view/29752

Edição

Seção

Artigo