Comparação entre a frequência de positividade do questionário T-ACE entre mães de recém-nascidos de termo e prematuros

Autores

  • Inês Maria Crespo Gutierrez Pardo FCMS/PUC-SP
  • Lenita Machado Glass FCMS/PUC-SP
  • Felipe Mendes Oliveira FCMS/PUC-SP
  • Sandra Regina Dantas Nascimento FCMS/PUC-SP
  • Valéria Cristina Ramos Santucci FCMS/PUC-SP
  • José Eduardo Gomes Bueno Miranda FCMS/PUC-SP

Palavras-chave:

questionários, alcoolismo, hábito de fumar, gravidez, prematuro, recém-nascido

Resumo

Objetivos: os objetivos deste estudo foram verificar a frequência de positividade do T-ACE questionário durante a gravidez de mães de recém-nascidos prematuros comparados com as de termo, e avaliar a associação de álcool referido pelo teste com o tabagismo materno e paterno. Métodos: estudo tipo observacional, transversal, com recrutamento de forma sequencial de 142 puérperas de uma maternidade pública. Foram aplicados: entrevista para coleta de dados clínicos e sociodemográficos e T-ACE questionário. Os recém-nascidos de termo e prematuros destas mulheres foram avaliados em relação ao peso, comprimento e perímetro cefálico ao nascimento. Estudo aprovado pelo comitê de Ética local e a participação das mulheres foi mediante assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. A análise dos dados foi realizada usando o programa SPSS, sendo adotado nível de significância de 5%. Resultados: das puérperas entrevistadas 21,1% foram consideradas consumidoras de álcool pelo T-ACE questionário. Quando divididas entre puérperas de partos de termo e prematuros, encontraram-se 21% de positividade do T-ACE teste no grupo de termo e 21,3% no grupo dos prematuros (p = 0,98). Houve importante associação entre positividade do T-ACE questionário e tabagismo materno e paterno durante a gestação (p = 0,04). Conclusões: cerca de duas em cada dez gestantes apresentaram teste T-ACE positivo, sem diferença entre o grupo de parto de termo e prematuros. A associação encontrada entre o consumo de álcool e fumo durante a gravidez sugere a importância do rastreamento rotineiro do T-ACE questionário, tendo em vista que esses dois agentes potencializam efeitos adversos no feto. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Inês Maria Crespo Gutierrez Pardo, FCMS/PUC-SP

Professora do Depto. de Medicina FCMS/PUC-SP

Lenita Machado Glass, FCMS/PUC-SP

Acadêmica do curso de Medicina FCMS/PUC-SP

Felipe Mendes Oliveira, FCMS/PUC-SP

Acadêmico do curso de Medicina FCMS/PUC-SP

Sandra Regina Dantas Nascimento, FCMS/PUC-SP

Professora do Depto. de Medicina FCMS/PUC-SP

Valéria Cristina Ramos Santucci, FCMS/PUC-SP

Professora do Depto. de Medicina FCMS/PUC-SP

José Eduardo Gomes Bueno Miranda, FCMS/PUC-SP

Professor do Depto. de Medicina FCMS/PUC-SPa

Referências

Jones KL, Smith DW. Recognition of the fetal alcohol syndrome in early pregnancy. Lancet. 1973;ii:999-1001.

Hoyme HE, May PA, Kalberg WO, Kodituwakku P, Gossage JP, Trujillo PM, et al. A practical approach to diagnosis of fetal alcohol spectrum disorders: clarification of the 1996 Institute of Medicine criteria. Pediatrics. 2005;115(1):39-47.

Chaudhuri JD. Alcohol and developing fetus: a review. Med Sci Monit. 2000;6(5):1031-41.

Riley EP, Thomas JD, Goodlett CR, Klintsova AY, Greenough WT, Hungund BL, et al. Fetal alcohol effects: mechanisms and treatment. Alcohol Clin Exp Res. 2001;25(5 Suppl ISBRA):110S-6.

Dawson DA, Das A, Faden VB, Bhaskar B, Krulewitch CJ, Wesley B. Screening for high- and moderate risk drinking during pregnancy: a comparison of several TWEAK-based screeners. Alcohol Clin Exp Res. 2001;25(9):1342-9.

Abel EL. What really causes FAS? Teratology. 1999;59:4-6.

Godel JC, Pabst HF, Hodges PE, Johnson KE, Froese GJ, Joffres MR. Smoking and caffeine and alcohol intake during pregnancy in a northern population: effect on fetal growth. CMAJ. 1992;147:181-8.

Kline J, Levin B, Stein Z, Susser M, Warburton D. Epidemiologic detection of low dose effects on developing fetus. Environ Health Perspect. 1981;42:119-26.

Kaup ZOL, Merighi MAB, Tsunechiro MA. Avaliação do consumo de bebida alcoólica durante a gravidez. Rev Bras Ginecol Obstet. 2001;23(9):575-80.

Sokol RJ, Martier SS, Ager JW. The T-ACE questions: practical prenatal detection of risk drinking. Am J Obstet Gynecol. 1989;160(4):863-8.

Fabri CE. Desenvolvimento e validação de instrumento para rastreamento do uso nocivo de álcool durante a gravidez (T-ACE) [dissertação]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo; 2001.

Chang G, Wilkins-Haug L, Berman S, Goetz MA, Behr H, Hiley A. Alcohol use and pregnancy: improving identification. Obstet Gynecol.1998;91(6):892-8.

Grinfeld H, Goldenberg S, Segre CA, Chadi G. Fetal alcohol syndrome in São Paulo, Brazil. Paediatr Perinatal Epidemiol. 1999;13(4):496-7.

Souza GT, Rodrigues MC, Ciavaglia MC. Análise do grau de conhecimento da populaçäo sobre a teratogenia do álcool e a conduta de enfermagem. Rev Bras Enferm. 1996;49(2):287-304.

Associação Brasileira de Estudos Populacionais. Critério padrão de classificação econômica Brasil/2008 [Internet] [acesso em 31 mar. 2012]. Disponível em: http://www.viverbem.fmb.unesp.br/docs/classificaçãobrasil.pdf.

Passini Júnior R. Alcohol consumption during pregnancy. Rev Bras Ginecol. 2005;27(7):373-5.

Freire TM, Machado JC, Melo EV, Melo DG. Efeitos do consumo de bebida alcoólica sobre o feto. Rev Bras Ginecol Obstet. 2005;27(7):376-81.

O'Connor MJ, Kasari C. Prenatal alcohol exposure and depressive features in children. Alcohol Clin Exp Res. 2000;24(7):1084-92.

Sampson PD, Bookstein FL, Barr HM, Streissguth AP. Prenatal alcohol exposure, birthweight, and measures of child size from birth to age 14 years. Am J Public Health. 1994;84(9):1421-8.

Jacobson JL, Jacobson SW, Sokol RJ, Martier SS, Ager JW, Shankaran S. Effects of alcohol use, smoking and illicit drug use on fetal growth in black infants. J Pediatr. 1994;124(5):757-64.

Beratis NG, Varvarigou A, Markri M, Vagenakis AG. Increased levels and positive correlation between erythropoietin and hemoglobin concentrations in newborn children of mothers who are smoking. J Pediatr. 1994;124:480-2.

Lindblad A, Marsal K, Andersson K. Effect of nicotine on human fetal blood flow. Obstet Gynecol. 1988;72:371-82.

Mesquita MA, Segre, CAM. Frequência dos efeitos do álcool no feto e padrão de consumo de bebidas alcoólicas pelas gestantes de maternidade pública da cidade de São Paulo. Rev Bras Crescimento Desenvolv Hum. 2009;19(1):63-77.

May PA, Gossage P, Brooke LE, Hons BA, Snell CL, Marais AS. Maternal risk factors for fetal alcohol syndrome in the Western Cape Province of South Africa: a population-based study. Am J Public Health. 2005;95(7):1190-9.

Olegard R, Sabel KG, Aronsson M, Sandin B, Johansson PR, Carlsson C. Effects on the child of alcohol abuse during pregnancy. Retrospective and prospective studies. Acta Paediatr Scand Suppl. 1979;68:112-21.

Downloads

Publicado

2013-12-16

Como Citar

1.
Pardo IMCG, Glass LM, Oliveira FM, Nascimento SRD, Santucci VCR, Miranda JEGB. Comparação entre a frequência de positividade do questionário T-ACE entre mães de recém-nascidos de termo e prematuros. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 16º de dezembro de 2013 [citado 23º de abril de 2024];15(4):105-8. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/10436

Edição

Seção

Artigo Original