Avaliação da hipertensão em pacientes renais crônicos em hemodiálise e diálise peritoneal

Autores

  • Gabriela Nogueira Belagamba
  • Rodrigo de Oliveira Pierami
  • Cibele Isaac Saad Rodrigues
  • Enio Marcio Maia Guerra

Palavras-chave:

Insuficiência renal crônica, hipertensão, diálise peritoneal, hemodiálise, bioimpedância

Resumo

Introdução: A hipertensão arterial (HA) é achado muito frequente em pacientes com insuficiência renal crônica submetidos à terapia renal substitutiva. Objetivo: Verificar o comportamento da HA na população de pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise (HD) e diálise peritoneal (DP) no Centro de Diálise e Transplante Renal há mais de três meses. Métodos: Foram coletadas medidas da pressão arterial (PA), dados demográficos e clínicos, realização de exame de bioimpedância, correlacionando hidratação com PA dos pacientes. Resultados: Houve predomínio de homens (55,1%), etnia caucasiana (80,9%), doença de base HA (40,4%), seguida pelo diabete melito (29,2%). Observou-se PA Sistólica<140 mmHg em 19 pacientes (27,5%) antes da HD, em 28 pacientes (40,6%) após este procedimento e em 11 pacientes submetidos a DP (55,0%). Contatou-se valores de PA Diastólica<90 mmHg em 56 pacientes(81,2%), 55 pacientes (79,7%) e 17 (85,0%), respectivamente.Dentre os 59 pacientes (66,3%) que tinham PA Média (PAM) controlada com valores<140/90 mmHg (92,3±11,3 mmHg), o OH obtido pela bioimpedância foi 0,8±2,9 litros, enquanto aqueles que não apresentavam controle (n=32=36,0% e PAM 120,9±12,4 mmHg, com p=0,0001), foi 1,7±1,9 litros. Conclusão: Não foi demonstrada relação entre estado de hidratação e PA. Constatou-se dificuldade no controle da PA em pacientes submetidos à diálise, apesar do uso de drogas anti-hipertensivas.