Avaliação do endométrio pela ultrassonografia transvaginal em pacientes na pós-menopausa com sangramento uterino e sua relação com a histopatologia

Autores

  • Alcides de Moura Campos Junior CCMB/PUCSP
  • Edson Alcoléa Filho CCMB/PUC-SP
  • José Carlos Menegoci CCMB/PUC-SP

Palavras-chave:

endométrio, hemorragia uterina, pós-menopausa, ultrassonografia transvaginal, neoplasia do endométrio

Resumo

Objetivos: O sangramento uterino na pós-menopausa geralmente é o primeiro sinal de câncer do endométrio e ocorre em cerca de 5% das consultas ginecológicas. Neste trabalho avaliamos a utilização da ultrassonografia (USG), determinando a espessura do endométrio e sua relação com o resultado anatomopatológico, procurando restringir a necessidade da curetagem uterina (CTG), que é considerada “padrão ouro” no estudo das alterações endometriais. Material e Método: foi a medida de espessura do endométrio pela ultrassonografia transvaginal (UST) em 40 pacientes com sangramento uterino pós-menopausa submetidas depois à curetagem uterina. A seguir, essa espessura foi relacionada com os achados anatomo-patológicos. Resultados: as espessuras endometriais nos casos de atrofia, achados benignos e carcinoma foram: 3,57mm, 12,47mm e 31,13mm, respectivamente. Não houve nenhum caso de carcinoma com espessura endometrial menor que 10mm. Os resultados demonstram que 40% das curetagens realizadas poderiam ter sido evitadas se fosse adotado 5mm como valor máximo indicativo de benignidade. Conclusão: A UST é um excelente exame para decidir se pacientes com sangramento uterino na pós-menopausa devem submeter-se ou não à investigação endometrial. Pode-se afirmar também que uma espessura endometrial menor do que 5mm sugere excluir o câncer endometrial como causa desse sangramento.