Prevalência de excesso de peso e fatores associados em uma região metropolitana do nordeste brasileiro

Autores

  • Ariel Figueiredo Oliveira Universidade Tiradentes (UNIT), Faculdade de Medicina – Aracaju (SE), Brasil.
  • Augusto César Santiago Araújo Júnior Universidade Tiradentes (UNIT), Faculdade de Medicina – Aracaju (SE), Brasil.
  • Josilda Ferreira Cruz Universidade Tiradentes (UNIT), Faculdade de Medicina – Aracaju (SE), Brasil.
  • Mário Augusto Ferreira Cruz Universidade Tiradentes (UNIT), Faculdade de Medicina – Aracaju (SE), Brasil.
  • Demetrius Silva de Santana Universidade Federal de Sergipe (UFS) – Faculdade de Medicina, Aracaju (SE), Brasil.
  • Karla Freire Rezende Universidade Federal de Sergipe (UFS) – Faculdade de Medicina, Aracaju (SE), Brasil.
  • Cristiane Costa da Cunha Oliveira Universidade Tiradentes (UNIT), Faculdade de Medicina – Aracaju (SE), Brasil.
  • Sônia Oliveira Lima Universidade Tiradentes (UNIT), Faculdade de Medicina – Aracaju (SE), Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-4840.2018v20i1a9

Palavras-chave:

peso corporal, sobrepeso, obesidade, índice de massa corpórea, epidemiologia, estudos transversais.

Resumo

Objetivo: Identificar o perfil clínico e sociodemográfico em adultos com excesso de peso na cidade de Aracaju, Sergipe. Estudo transversal, descritivo tipo survey, com abordagem analítica quantitativa. Métodos: Amostra com 690 indivíduos que procuraram de forma aleatória quatro centros de referências para a realização de exame de ultrassonografia abdominal. A aferição de medidas antropométricas entre julho de 2013 a julho de 2014. Foram analisadas as variáveis idade, sexo, renda, escolaridade, comorbidades, circunferência da cintura e índice de massa corpórea (IMC). O programa estatístico utilizado foi o SPSS 22.0 e o nível de significância p<0,05. Resultados: Foram avaliadas 494 mulheres (71,6%) e 196 homens (28,4%). Média de idade dos pacientes foi de 39,4 anos e, naqueles com obesidade foi de 42,3 anos. Em relação ao IMC, 52,9% dos indivíduos eram normais, 31,2% tinham sobrepeso, e o restante obesidade grau I (10,4%), grau II (4,5%) ou grau III (1,0%). O IMC foi significativamente maior no grupo dos hipertensos (p=0,001), no grupo de menor escolaridade (p=0,004), bem como no de maior renda (p=0,003). A circunferência da cintura apresentou média de 104,9cm em obesos. Conclusão: Observaram-se altas prevalências de excesso de peso nos adultos pesquisados consoante a tendência epidemiológica nacional, o que permite classificar a situação como um problema de saúde pública no município avaliado.

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Publicado

2018-04-27

Como Citar

1.
Oliveira AF, Araújo Júnior ACS, Cruz JF, Cruz MAF, Santana DS de, Rezende KF, Oliveira CC da C, Lima SO. Prevalência de excesso de peso e fatores associados em uma região metropolitana do nordeste brasileiro. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 27º de abril de 2018 [citado 19º de março de 2024];20(1):38-45. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/28170

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