Heterogeneidade nas diretrizes do câncer de mama: Ministério da Saúde e Secretarias Municipais de Saúde

Autores

  • Bruna Campos De Cesaro Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre – Porto Alegre (RS), Brasil. http://orcid.org/0000-0002-6533-2677
  • Virginia Paladino Cardozo Vasconcellos Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRG), Escola de Administração – Porto Alegre (RS), Brasil. http://orcid.org/0000-0002-9050-0425
  • Bruna Telles Scola Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Faculdade de Medicina – Canoas (RS), Brasil. http://orcid.org/0000-0001-7453-496X

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-4840.2019v21i1a5

Palavras-chave:

neoplasias da mama, Sistema Único de Saúde, protocolos clínicos, protocolos, saúde pública

Resumo

Introdução: Entre as mulheres, a neoplasia maligna de mama é responsável por 20% da incidência de câncer e por 14% do total de mortes associadas às neoplasias. O Ministério da Saúde brasileiro definiu estratégias a serem priorizadas e elaborou documentos de consenso com recomendações para a prevenção, a detecção precoce, o diagnóstico, o tratamento e os cuidados paliativos para o câncer de mama. Embora haja essa definição, as secretarias de saúde criam seus próprios protocolos ou utilizam outras recomendações. Objetivo: Verificar os protocolos existentes e compará-los com o do Ministério da Saúde. Métodos: Foi realizada revisão da literatura nas bases de dados PubMed, Scopus, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google Acadêmico, utilizando-se os termos: “neoplasias da mama”, “sistema único de saúde”, “protocolos” e “protocolos clínicos”. Resultados: Foram encontrados 123 resultados; destes, 44 foram selecionados para leitura completa, permanecendo 10 trabalhos para esta revisão. Foi identificado que os protocolos das secretarias de saúde divergem do protocolo nacional quanto a fatores de risco considerados, papel da atenção básica, idade indicada para início de exames de prevenção, assim como a periodicidade indicada de exames. Conclusão: De acordo com esta revisão, existem divergências entre as diretrizes dos municípios e a nacional quanto ao câncer de mama. O desconhecimento sobre o protocolo nacional pode causar gastos desnecessários, destacando-se a necessidade de uniformização ou embasamento das ações tomadas para o desenvolvimento e a avaliação de programas de prevenção e tratamento do câncer de mama, objetivando a diminuição da mortalidade decorrida desse agravo.

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Biografia do Autor

Bruna Campos De Cesaro, Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre – Porto Alegre (RS), Brasil.

Mestre em Saúde Coletiva pelo Programa de Saúde Coletiva da UFRGS; servidora pública - especialista em saúde, na Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul. Tutora do curso de Especialização Gestão em Saúde da UFRGS. Possui especialização em Gestão de Redes de Atenção à Saúde pela Fiocruz e em Formação Integrada Multiprofissional em Educação Permanente em Saúde pela UFRGS. Graduada em Fonoaudiologia pela Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA.

Virginia Paladino Cardozo Vasconcellos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRG), Escola de Administração – Porto Alegre (RS), Brasil.

Mestranda em Saúde Coletiva na UFRGS.
Possui graduação em Farmácia pela Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (2016). Possui experiência de atuação na Saúde Pública, em Gestão, Pesquisa e Atenção Básica. Atualmente é servidora pública na Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, como Auxiliar de Farmácia na Gerência Distrital CENTRO. Tem interesse e experiência na área de Farmácia, com ênfase em Assistência e Atenção Farmacêuticas, em Saúde Pública e em Farmácia Hospitalar.

Bruna Telles Scola, Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Faculdade de Medicina – Canoas (RS), Brasil.

Graduanda Medicina ULBRA

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Publicado

2019-06-06

Como Citar

1.
De Cesaro BC, Vasconcellos VPC, Scola BT. Heterogeneidade nas diretrizes do câncer de mama: Ministério da Saúde e Secretarias Municipais de Saúde. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 6º de junho de 2019 [citado 18º de abril de 2024];21(1):22-7. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/35845

Edição

Seção

Artigo Original