A bisbilhotice na pintura

Autores

  • Anthony Wall University of Calgary

Palavras-chave:

Pintura, Linguagens icônicas, Linguagem verbal, Discurso dialógico, Curiosidade

Resumo

Este artigo defende que os princípios dialógicos do discurso são aplicáveis tanto a linguagens verbais como a linguagens icônicas, já que compartilham certas funções, como a importantíssima função metalinguística. O artigo estuda detalhadamente, por uma perspectiva bakhtiniana, uma série de seis pinturas criadas pelo artista holandês do Século XVII Nicolaes Maes (1634-1693). Cada pintura representa poses e gestos diferentes de um bisbilhoteiro, de tal maneira que o analista-observador bakhtiniano é obrigado a ver como a pintura desse tipo curioso combina de maneiras surpreendentes linguagens verbais e visuais. As telas de bisbilhoteiros de Maes concernem à curiosidade, reunindo personagens que poderiam ter preferido permanecer independentes umas das outras. As telas apresentam códigos gestuais, corporais, linguísticos e cromáticos, fazendo o material visual funcionar criativamente e permitindo que cada linguagem se beneficie das vantagens expressivas das outras. Combinam-se aí várias perspectivas para mostrar que as capacidades expressivas de toda linguagem dada são necessariamente mais pobres quando recorrem a um único meio. Uma perspectiva bakhtiniana pode derramar nova luz sobre as pinturas de Nicolaes Maes, ao mesmo tempo em que a análise ilumina novas possibilidades semânticas no pensamento de Bakhtin.

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Publicado

2015-11-16

Como Citar

Wall, A. (2015). A bisbilhotice na pintura. Bakhtiniana. Revista De Estudos Do Discurso, 11(1), Eng. 200–233 / Port. 228. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/bakhtiniana/article/view/24398

Edição

Seção

(2) Bakhtin e nosso tempo