Sinestesiologia e A Lei da Mente

Autores

  • Vera Helena Geraige Zatiti Unesp

Palavras-chave:

comunicação, percepção, pragmatismo, semiótica, sinestesia

Resumo

Tendo como objeto de investigação científica a sinestesiologia - termo criado para definir, neste trabalho de pesquisa, o estudo da sinestesia, sob um enfoque semiótico e pragmático - e como principal suporte teórico a semiótica peirceana, a comunicação “Sinestesiologia e A Lei da Mente” visa a tecer um diálogo entre algumas idéias constantes do texto A Lei da Mente - um dos mais expressivos artigos de C. S. Peirce, publicado em The Monist, em 1892 - com fundamentações provenientes de outras áreas do conhecimento, como as neurociências, a biologia, a comunicação, a filosofia, entre outras ciências, de modo a analisar o fenômeno da percepção e da comunicação sinestésicas, mediante procedimentos lógico - abdutivos, que possibilitem divisar a manifestação sinestésica sob um prisma científico, ao invés de apresentá-la superficialmente, como mera curiosidade. As idéias da extensão espacial e da continuidade intensiva das sensações, presentes no citado artigo de Peirce, associadas ao conceito filosófico de sinequismo e à concepção de comunicação por afecção, permitem compreender a condição sinestésica como uma potencialidade vivente sob as espessas camadas de hábitos que condenam o ontológico ao invólucro. No entanto, enquanto potencialidade, a sinestesia traz a possibilidade do despertar e do dialogar das modalidades sensoriais estanques e anestesiadas pelo condicionamento cultural e pelos ditames de uma civilização visual que distorce e secciona o sentir em sua totalidade.

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