A experiência do self em William James e no Budismo

Autores

  • Mariana Tavares Ferreira Universidade Estadual do Rio de Janeiro/UERJ e Universidade Estácio de Sá/UNESA

Palavras-chave:

Problema mente-corpo, Consciência, Self, Ação, Budismo, William James (1842-1910)

Resumo

Traçar um paralelo entre a psicologia filosófica ou a filosofia psicológica de William James (1842-1910) e o Budismo, uma tradição do pensamento oriental que remonta há dois mil e quinhentos anos atrás é o principal objetivo deste paper. Este paralelo será estabelecido em torno do tema do self, pois a existência de uma substância ou essência inerente ao eu é negada em ambos os casos. O self budista, bem como o jameseano, não se ancoram na consciência ou numa individualidade metafísica. A consciência, por sua vez, não é entendida como uma entidade, mas como atividade cognitiva, atividade esta que não depende de um sujeito. Pelo contrário, o sujeito, o self, é que surge como efeito desta atividade. Em William James, mostraremos como o self se delineia através da atividade do fluxo do pensamento, em seus escritos psicológicos e da experiência pura, na etapa mais filosófica de sua obra. No Budismo, por sua vez, examinaremos esta questão através da noção central de anatman ou ausência de substância inerente, noção esta que distingue o pensamento budista das demais correntes filosóficas provenientes do solo indiano.

Downloads

Edição

Seção

Artigos