A Semiótica de C.S. Peirce e a Gramática Especulativa de Modistae

Autores

  • Alessandro Isnenghi Università degli Studi – Milan (Italy)

Palavras-chave:

Gramática especulativa, Semiótica, Trivium, Realismo escolástico

Resumo

As relações entre a Semiotica de Peirce e a Grammatica Speculativa de Thomas de Erfurt, que pertence à escola medieval de Modistae, ainda são pouco exploradas. Peirce demonstra um interesse continuo nesse texto, e deve ter ido muito além de um simples estudo do início do trabalho. Peirce pode ter se sentido próximo à teoria de Modistae devido à sua investigação da realidade dos gerais, e do seu interesse afim no trato da distinção entre termos abstratos e concretos, como brancura e branco. Esta característica, dentro de um contexto realista, dá a Peirce o arcabouço que ele busca em sua explanação da Abstração Hipostática. Além do mais, acredito que a obra de Thomas de Erfurt manteve a atenção de Peirce pela questão indexical do pronome, concebido por Modistae como parte do discurso independente do nome, contrariamente a gramáticos contemporâneos que consideram o pronome como um mero substituto do nome. Como é do conhecimento geral, Modistae desejava estabelecer a Gramática como uma ciência universal e autônoma: A Lógica depende da Gramática e a pressupõe, como na teoria de Peirce. Peirce, na realidade, trouxe os temas do Trivium Medieval para seu próprio Trivium Semiótico, colocando a Gramática Especulativa no primeiro e mais importante lugar das três ciências Semióticas.

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