Hegel através do Pragmatismo: uma introdução à pesquisa do pragmatismo hegeliano

Autores

  • Guilherme Fernando Rennó Kisteumacher Faculdade de Direito Milton Campos - Brasil
  • Thiago Lopes Decat Faculdade de Direito Milton Campos - Brasil

Palavras-chave:

G.W.F. Hegel, Pragmatismo, Fenomenologia, Linguagem

Resumo

O pensamento filosófico sistemático de Georg Wilhelm Friedrich Hegel é uma das realizações centrais na filosofia ocidental moderna, apesar de ser historicamente relegada a um posicionamento externo da tradição pragmatista, se não francamente hostilizada por ela. A figura que se destaca quando um pragmatista pensa em Hegel é um obscuro, metafísico e idealista filósofo. No entanto, essa imagem se prova completamente falsa, como os estudos hegelianos revitalizados que vêm crescendo desde a metade do século XX têm demonstrado com sucesso. Os escritos de Hegel têm se revelado profundamente pragmáticos de acordo com sua própria concepção da metafísica, a qual vai completamente ao contrário dos pensadores de seu tempo, e dificilmente o caracteriza como idealista nesse sentido. A filosofia da consciência de Hegel, apesar de desenvolvida em seus próprios conceitos que podem parecer idealísticos, é explicitamente fundamentada na experiência, na atividade prática de um agente cognoscente, pois a estrutura lógica da autoconsciência Hegeliana, que é revelada por conceitos de sua Lógica e são tornados claros e determinados pelo seu método próprio da Dialética, é dependente dessa atividade prática, como é também dependente do auto-reconhecimento mútuo, da intersubjetividade e da aplicação conceitual. O presente artigo pretende elucidar a abordagem pragmática oferecida por Hegel e afirmar que os conceitos lógicos que ele denominou o Absoluto, o Espírito, o Conceito e a Idéia não devem ser compreendidos como metafísicos ou transcendentes, mas são profundamente enraizados em uma perspectiva social, intersubjetiva e pragmática, um caminho que pode trazer nova luz no estudo do pragmatismo.

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