A Visão Peirciana do Papel da Ética na Inquirição Científica
Autores
Hedy Boero
University of Navarra
Palavras-chave:
Charles S. Peirce, Ética, Inquirição Científica, Virtudes, ação autocontrolada, Atividade proposital.
Resumo
Durante a década de 1890, Peirce começa a refletir sobre a relação entre ética e inquirição científica. A questão sobre a qual ele concentra sua atenção é se a ética pode de alguma forma colaborar para a melhoria ou crescimento da atividade do cientista, ou se, por outro lado, pode ser um impedimento. Peirce considera a questão a partir de duas perspectivas: uma intrínseca à própria ciência, e outra extrínseca a ela. Ao fazer isso, ele levanta duas questões básicas: primeiro, se existe uma ética específica para a inquirição científica, com certos hábitos e virtudes que os cientistas deveriam encarnar. A segunda questão é saber se qualquer ética que é externa à ciência pode intervir em sua atividade de pesquisa e como poderia fazê-lo. O objetivo deste trabalho é examinar as respostas dadas por Peirce a essas questões, começando na década de 1890, e em anos posteriores, para mostrar como essas respostas são modificadas à medida em que Peirce refina e aprofunda sua concepção de ética.