Questões sobre expressividade oral no cinema

Autores

  • Priscila Haydée de Souza Sapienza Università di Roma
  • Eliana Maria Gradim Fabron Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
  • Izabel Viola Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Mary Jane Spink Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Léslie Piccolotto Ferreira Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Palavras-chave:

voz, fonoaudiologia, emoções manifestas, meios de comunicação, cinema como assunto

Resumo

Introdução: A expressividade oral é objeto de estudo da Fonoaudiologia e é o principal instrumento de trabalho dos atores de cinema, juntamente à expressividade corporal. Objetivo: compreender como a expressividade oral das personagens de cinema é construída ao longo da produção cinematográfica. Método: pesquisa qualitativa, por meio de entrevistas realizadas com seis atores, seis diretores e uma editora de som, experientes em cinema, questionados de maneira semelhante: “o que você pensa sobre voz e fala no cinema?” e “há dificuldades relacionadas à voz e à fala no cinema? Se sim, quais seriam?”. As respostas deram origem a relatos que foram gravados e transcritos. Posteriormente, o material foi analisado a fim de agrupar temas comuns, com informações e reflexões, discutidos segundo pressupostos teóricos da área fonoaudiológica. Resultados: a construção da expressividade oral no cinema passa por várias etapas, desde a instrumentalização prévia dos atores, com conhecimentos formais e não formais; há interferências da direção e profissionais de assessoria, como preparadores de elenco, professores de canto e fonoaudiólogos, bem como da tecnologia na captação audiovisual e posterior edição. Há grande diversidade na formação dos profissionais que atuam no meio, apontando a demanda por escolas ou métodos de formação específicos para a atuação no cinema. Variáveis físicas, emocionais, culturais, tecnológicas, ambientais, climáticas, financeiras e estéticas interferem no trabalho do ator. Os principais objetivos da expressividade oral de uma personagem cinematográfica, no geral, são inteligibilidade, continuidade, organicidade, verossimilitude e estética. Conclusão: foi possível organizar uma linha de raciocínio e compreender o processo de construção da expressividade oral das personagens cinematográficas e elencar alguns desafios e dificuldades, aos quais a Fonoaudiologia poderá auxiliar.

 

 

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Biografia do Autor

Priscila Haydée de Souza, Sapienza Università di Roma

Doutoranda no Departamento de Musica e Espetaculo da Sapienza Università di Roma, sob a tematica Interpretaçao Cinematografica. Integrante do Gruppo Acusma. Mestre em Fonoaudiologia pela PUC-SP. Especialização em Voz pelo CEV. Fonoaudióloga pela UNESP.

 

Eliana Maria Gradim Fabron, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Doutora e Mestre em Educação pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Fonoaudióloga pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Professora assistente doutora da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Membro do Grupo de Pesquisa Estudos da Linguagem.

Izabel Viola, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Doutora em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Fonoaudióloga pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Docente nos cursos de especialização em Voz da PUCSP- COGEAE e de Especialização em Ortodontia, da Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas de Jacareí. Pesquisadora associada da PUC-SP locada nos Laboratórios vinculados aos Programas de Pós-Graduação em Lingüística (LIAACC - Laboratório Integrado em Análise Acústica e Cognição) e em Fonoaudiologia (LABORVOX - Laboratório de Voz).

Mary Jane Spink, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Doutora em Psicologia Social pela University of London. Psicóloga pela Universidade de São Paulo. Professora titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-graduados em Psicologia Social. Autora/organizadora dos livros: Práticas discursivas e produção de sentidos no cotidiano (Editora Cortez); Psicologia Social e Saúde (Vozes); Linguagem e produção de sentidos no cotidiano (EDIPUCRS).

Léslie Piccolotto Ferreira, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Doutora em Distúrbios da Comunicação Humana (Fonoaudiologia) pela Universidade Federal de São Paulo. Mestre em Linguística Aplicada ao Ensino de Línguas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Fonoaudióloga pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora titular do Departamento de Fundamentos da Fonoaudiologia e da Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foi presidente do Conselho Regional de Fonoaudiologia (1989-92), e da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (2002-3). Editora científica da Revista Distúrbios da Comunicação e Coordenadora do Laboratório de Voz (LaborVox) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Parecerista ou membro do Conselho Editorial das revistas CEFAC, CoDAS, Audiology Communication Research, e Saúde em Revista.

Publicado

2015-03-01

Como Citar

de Souza, P. H., Gradim Fabron, E. M., Viola, I., Spink, M. J., & Piccolotto Ferreira, L. (2015). Questões sobre expressividade oral no cinema. Distúrbios Da Comunicação, 27(1). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/view/17924

Edição

Seção

Artigos