Avaliação e percepção docente sobre os efeitos do nível de pressão sonora na sala de aula

Autores

  • Alessandra Terra Vasconcelos Rabelo Universidade Federal de Minas Gerais
  • Ana Carolina Fonseca Guimarães Universidade Federal de Minas Gerais
  • Rafaella Cristina Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais
  • Lygia Bueno Fragoso Universidade Federal de Minas Gerais
  • Juliana Nunes Santos Universidade Federal de Minas Gerais

Palavras-chave:

Saúde Escolar, Ruído, Efeitos do Ruído, Disfonia.

Resumo

Objetivo: Avaliar o nível de pressão sonora em salas de aula de escolas públicas e a percepção de professores sobre sua interferência nas atividades escolares e em sua saúde. Métodos: Estudo transversal descritivo com avaliação do ruído de 14 salas de aula de oito escolas. Avaliou-se o parâmetro acústico nível de pressão sonora equivalente. Aplicou-se um questionário a 23 professores com perguntas sobre: a) influência do ruído em atividades escolares, b) influência do ruído na voz e comunicação, c) influência do ruído no organismo, d) influência do ruído interno à escola, e) influência do ruído externo à escola. As questões obedeceram à escala Likert com as seguintes respostas: nenhuma, pequena, média e elevada. Resultados: O nível de pressão sonora encontrado nas salas de aula variou de 54,5dB(A) a 70,3dB(A), com mediana de 60dB(A). As queixas de maior ocorrência (média a elevada) relacionadas ao ruído foram interferência no rendimento escolar do aluno (95,7%) e na compreensão do conteúdo em sala de aula (95,7%), elevação do tom de voz durante o trabalho (87,0%), fadiga vocal (82,6%), irritabilidade (82,6%) e cansaço (82,6%). Esses dois últimos foram mais citados por professores das salas com maior ruído (p≤0,05). As conversas no corredor também foram um fator relacionado ao maior ruído em sala de aula (p=0,03). Conclusão: Os níveis de pressão sonora mensurados estão acima do preconizado pelas normas. De acordo com os professores, o ruído interfere negativamente no ambiente escolar, além de estar relacionado aos sintomas de cansaço e irritabilidade.

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Biografia do Autor

Alessandra Terra Vasconcelos Rabelo, Universidade Federal de Minas Gerais

Fonoaudióloga

Mestrado em Ciências da Saúde (Fac. de Medicina - UFMG)

Doutoranda Dep. Engenharia de Estruturas (Escola de Engenharia - UFMG)

Ana Carolina Fonseca Guimarães, Universidade Federal de Minas Gerais

Fonoaudióloga - Graduação na Universidade Federal de Minas Gerais

Rafaella Cristina Oliveira, Universidade Federal de Minas Gerais

Fonoaudióloga

Especialização em Audiologia

Mestrado em Engenharia de Estruturas (Escola de Engenharia - UFMG)

Doutoranda Dep. Engenharia de Estruturas (Escola de Engenharia - UFMG)

Lygia Bueno Fragoso, Universidade Federal de Minas Gerais

Fonoaudióloga

Mestrado em Engenharia de Estruturas (Escola de Engenharia - UFMG)

Juliana Nunes Santos, Universidade Federal de Minas Gerais

Fonoaudióloga

Especialista em Audiologia

Mestrado e Doutorado em Ciências da Saúde (Fac. de Medicina - UFMG)

Professora adjunto do curso de Fonoaudiologia da UFMG. Professora do Mestrado em Ciências Fonoaudiológicas e da Especialização em Fonoaudiologia da UFMG

Publicado

2015-11-13

Como Citar

Rabelo, A. T. V., Guimarães, A. C. F., Oliveira, R. C., Fragoso, L. B., & Santos, J. N. (2015). Avaliação e percepção docente sobre os efeitos do nível de pressão sonora na sala de aula. Distúrbios Da Comunicação, 27(4). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/view/22165

Edição

Seção

Artigos