Hábitos vocais infantis em um Lar de Assistência e Educação: percepção de pais e educadores

Autores

  • Adriana de Oliveira Camargo-Gomes Universidade Federal de Pernambuco Departamento de Fonoaudiologia Docente do Curso de Fonoaudiologia
  • Sandro Júnior Henrique Lima Hospital Barão de Lucena Fonoaudiólogo
  • Juliana Fernanda Dias da Silva Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira Fonoaudióloga Residente em Reabilitação Física
  • Jonia Alves Lucena Universidade Federal de Pernambuco Departamento de Fonoaudiologia Docente do Curso de Fonoaudiologia

Palavras-chave:

Criança, Qualidade da Voz, Hábitos, Disfonia

Resumo

Introdução: Ambientes institucionais favorecem o abuso vocal em crianças. Estudos apontam a relação do comportamento vocal na infância às disfonias infantis, considerando-as como prejudiciais à inter-relação humana e potencial prejuízo à autoimagem de falante. A observação dos pais e educadores pode contribuir na caracterização dos hábitos e comportamentos vocais infantis e com estudos que visam à criação de programas de promoção à saúde vocal de crianças. O objetivo deste estudo foi identificar a ocorrência de hábitos vocais inadequados e possíveis sinais associados, em crianças com idade de cinco a nove anos de um Lar de Assistência Social e Educação Infantil, na percepção dos pais e educadores. Método: Foram analisados dois tipos de questionários que continham perguntas sobre os hábitos vocais das crianças dessa instituição, sendo um direcionado aos educadores e outro aos pais. Dos 67 questionários analisados, 41 foram respondidos por educadores e 26 por um dos pais ou responsável pela criança. Os dados foram analisados por estatística descritiva (frequência absoluta e relativa). Resultados: Segundo opinião dos pais, foi constatado que o hábito vocal inadequado de maior ocorrência foi “falar mais alto que outras crianças” com 57,7% da amostra, seguido de “gritar constantemente” e “fazer imitação de vozes”, ambos em 46,2% da amostra. Nos questionários aplicados aos educadores, destaca-se a maior ocorrência do hábito inadequado de “gritar constantemente”, identificado em 63,4% das crianças, seguido de “falar demais” com 48,8%. Conclusão: Foi identificada a ocorrência de hábitos considerados abusivos e de risco para disfonia nas crianças estudadas, segundo a opinião dos pais e educadores. A identificação desses comportamentos implica em atenção especial no cuidado vocal dessas crianças, incluindo orientação aos pais e educadores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Adriana de Oliveira Camargo-Gomes, Universidade Federal de Pernambuco Departamento de Fonoaudiologia Docente do Curso de Fonoaudiologia

Docente do Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Pernambuco

Sandro Júnior Henrique Lima, Hospital Barão de Lucena Fonoaudiólogo

Fonoaudiólogo do Hospital Barão de Lucena - PE. Mestre em Neuropsiquiatria e Ciência do Comportamento pela Universidade Federal de Pernambuco

Juliana Fernanda Dias da Silva, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira Fonoaudióloga Residente em Reabilitação Física

Fonoaudióloga graduada pela Universidade Federal de Pernambuco. Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional (FMR). Residência em Reabilitação Física, IMIP-PE

Jonia Alves Lucena, Universidade Federal de Pernambuco Departamento de Fonoaudiologia Docente do Curso de Fonoaudiologia

Docente do Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Pernambuco

Publicado

2017-01-18

Como Citar

Camargo-Gomes, A. de O., Lima, S. J. H., Silva, J. F. D. da, & Lucena, J. A. (2017). Hábitos vocais infantis em um Lar de Assistência e Educação: percepção de pais e educadores. Distúrbios Da Comunicação, 28(4). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/view/27860

Edição

Seção

Artigos