Descrição dos casos disfágicos atendidos em um centro especializado em reabilitação em Alagoas

Autores

  • Nilian Cerqueira Azevêdo Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL http://orcid.org/0000-0002-0047-9934
  • Adriana Medeiros Melo Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL
  • Marisa Siqueira Brandão Canuto Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2724.2018v30i2p-305-315

Palavras-chave:

Disfagia, fonoterapia, sinais e sintomas, epidemiologia

Resumo

Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico e correlacionar os aspectos sociodemográficos e clínicos de pacientes disfágicos em atendimento fonoaudiológico de um Centro Especializado em Reabilitação de Alagoas. Métodos: Estudo transversal, descritivo e exploratório, com análise quantitativa a partir de prontuários dos pacientes em atendimento nos anos de 2015 e 2016. Os dados foram coletados em ficha estruturada, seguindo como referência o Protocolo Fonoaudiológico de Avaliação do Risco para Disfagia. Foi utilizado o teste de Qui-quadrado, considerando nível de significância de 5%. Resultados: Foram analisados 27 prontuários, sendo 40,74% de adultos, 55,56% do gênero masculino, 47,08% aposentados, 88,89% provenientes da capital, com baixa escolaridade (37,04%) e encaminhados por neurologistas (33,33%); 88,89% apresentavam disfagia de origem neurogênica, 55,56% de grau leve; 29,63% foram acometidos por Encefalopatia Crônica Não Progressiva e 18,52% Acidente Vascular Encefálico, apresentando sinais e sintomas disfágicos coexistentes, sendo 88,89% correspondendo a engasgos, 81,48% tosse, 62,96% escape oral e 55,56% deglutições múltiplas; 51,85% apresentaram complicadores associados à disfagia. 77,78% não utilizavam via alternativa de alimentação; 55,56% realizaram somente avaliação clínica para o diagnóstico da disfagia; 66,67% nunca realizaram terapia fonoaudiológica anteriormente e 59,10% conseguiram estabelecer a alimentação por via oral. Foi encontrada significância (p ≤ 0,0001) na relação da via de alimentação com o grau da disfagia. Conclusão: Foi possível evidenciar uma população com características heterogêneas, no que se refere aos achados sociodemográficos e clínicos, sendo possível traçar informações sobre as caraterísticas apresentadas por esses pacientes, contribuindo positivamente para a realização de ações mais diretivas e efetivas, proporcionando olhar especializado e direcionado a esta população.  

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Biografia do Autor

Nilian Cerqueira Azevêdo, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL

Fonoaudiologa formada  em 2017, pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL, foi bolsista de Graduação Sanduíche do programa Ciência Sem Fronteiras (CNPq) durante 12 meses, na Universidade Complutense de Madrid - UCM (Espanha). Em 2013 foi monitora do curso de informática do Programa Universidade Aberta à Terceira Idade da Uncisal (Uncisati) e monitora da projeto de extensão Sorriso de Plantão. Em 2014, foi bolsista do PET Saúde Materno-Infantil. Em 2015 realizou estágio Voluntário, nas férias de verão, no Hospital Universitário Gregório Marañón, Madrid - ES. Integra o Diretório Acadêmico de Fonoaudiologia - D.A Nossa Voz, desde 2016, no cargo de coordenação geral. Fez parte do projeto de extensão com Intervenção precoce aos bebês com microcefalia; e  foi integrante da Liga Interdisciplinar de Geriatria e Gerontologia - LIGG; possui bolsa pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas - FAPEAL (2016 - 2017).

Adriana Medeiros Melo, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL

Fonoaudióloga, professora assistente do Centro de Ciências da Saúde e Coordenadora do Núcleo de Saúde Materno Infantil e do Adolescente, ambos da UNCISAL; Doutora em Saúde Baseada em Evidências pela UNIFESP-UNCISAL. Especialista em Motricidade Orofacial pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia. Atualmente é fonoaudióloga da Prefeitura Municipal da Escada e professora assistente do curso de Fonoaudiologia da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas.-UNCISAL, preceptora de estágio supervisionado obrigatório na Maternidade Escola Santa Mônica-UNCISAL na área de atuação fonoaudiológica em saúde materno infantil. Coordenadora do Comitê de atenção à Saude do Departamento de Saúde Coletiva da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Tem experiência na área de Fonoaudiologia, com ênfase em Bebê de Risco, atuando principalmente nos seguintes temas: aleitamento materno, bebê de riscos e Método Canguru.

Marisa Siqueira Brandão Canuto, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL

Professora auxiliar da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) na área de motricidade orofacial e disfagia.Fonoaudióloga no Centro Especializado em Reabilitação III (CER III) da UNCISAL.Mestre em Terapia Intensiva pela Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva (SOBRATI), especialista em Disfagia pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) e em Motricidade Orofacial pelo Centro Especializado em Fonoaudiologia Clínica (CEFAC) e CFFa. Graduada em Fonoaudiologia pela Fundação Universitária de Ciências da Saúde de Alagoas Governador Lamenha Filho (2004).Tem experiência na área de Fonoaudiologia há doze anos, com ênfase em disfagia, fonoaudiologia hospitalar e Motricidade Orofacial, atuando principalmente nos seguintes temas: UTI, deglutição e suas alterações, reabilitação miofuncional orofacial.

Publicado

2018-06-29

Como Citar

Azevêdo, N. C., Melo, A. M., & Canuto, M. S. B. (2018). Descrição dos casos disfágicos atendidos em um centro especializado em reabilitação em Alagoas. Distúrbios Da Comunicação, 30(2), 305–315. https://doi.org/10.23925/2176-2724.2018v30i2p-305-315

Edição

Seção

Artigos