Repercussões de disciplinas específicas na ação do professor de matemática da educação básica <br> Repercussions of specific disciplines in action math teacher of basic education: a systematic review

Autores

  • JAQUELINE DE SOUZA PEREIRA GRILO Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
  • JONEI CERQUEIRA BARBOSA Universidade Federal da Bahia (UFBA)
  • ANA VIRGÍNIA DE ALMEIDA LUNA Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

Palavras-chave:

Formação de professores, Matemática, Disciplinas Específicas, Repercussões

Resumo

O artigo tem como objetivo apresentar uma síntese da literatura sobre formação do professor de Matemática, que mostra como disciplinas específicas de cursos de Licenciatura em Matemática repercutem na ação do professor da educação básica. Para tanto, foi desenvolvida uma revisão sistemática de artigos publicados em periódicos de Educação Matemática. Após a seleção e leitura desses artigos, foram identificadas três categorias de análise: o lugar dos conteúdos matemáticos da educação básica na licenciatura; o uso de provas e demonstrações; e da imitação à reelaboração do fazer docente. O estudo mostra que disciplinas específicas podem repercutir na ação do professor por meio de duas dimensões: a pedagógica e a de conteúdo, sendo aquela mais influente nos primeiros anos de docência.

Metrics

Carregando Métricas ...

Referências

ALMOULOUD, S. A. et al. (2008). Formação de professores de Matemática e apreensão significativa de problemas envolvendo provas e demonstrações. In Educação Matemática Pesquisa, São Paulo, v. 10, n. 2, p. 217-246.

AZEVEDO, R. O. et al. (2012). Formação inicial de professores da educação básica no Brasil: trajetória e perspectivas. In Revista Diálogo Educação, Curitiba, v. 12, n. 37, p. 997-1026, set./dez..

BALL, D. L., THAMES, M. H., PHELPS, G. (2008). Content knowledge for teaching: what makes it special? In Journal of Teacher Education, v. 59, n. 5, nov./dec., p. 389-407.

BALL, D.; BASS, H. (2003). Toward a practice-based theory of mathematical knowledge for teaching. In DAVIS, B.; SMMIT, E. (Ed.) Proceedings os the 2002 Annual meeting os the Canadian Mathematics Education Study Group, Edmonton: AB: CMESG / GCEDM.

BELO, E. do S. V.; GONÇALVES, T. O. (2012). A identidade profissional do professor formador de professores de Matemática. In Educação Matemática Pesquisa, São Paulo, v. 14, n. 2, p. 299-315.

BLOCH, I. (2007). Promote teachers’ pedagogical content knowledge. In Educação Matemática Pesquisa, São Paulo, v. 9, n.1, p. 13-49.

BRASIL. (2002a). Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP 01. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de Professores da educação básica, em Nível Superior, Curso de Licenciatura, de Graduação Plena. Diário Oficial da União, Brasília, 4 mar..

BRASIL. (2002b). Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP 02. Institui a duração e a carga horária dos cursos de Licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da educação básica em Nível Superior. Diário Oficial da União, Brasília, 4 mar..

BRASIL. (2003). Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CES 03. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Matemática. Diário Oficial da União, Brasília, 18 fev..

BRASIL. (1998). Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática / Secretaria de Educação Fundamental I. Brasília: MEC / SEF.

CARDIM, V. R. C.; GRANDO, R. C. (2011). Saberes sobre a docência na formação inicial de professores de Matemática. In Educação Matemática Pesquisa, São Paulo, v.13, n.1, p.1-34.

COSTA, V. G. da; PASSOS, L. F. (2009). O professor formador e os desafios da formação inicial de professores de Matemática. In Educação Matemática Pesquisa, São Paulo, v. 11, n. 3, p. 597-623.

CUNHA, M. I. da. (2001). Aprendizagens significativas na formação inicial de professores: um estudo no espaço dos Cursos de Licenciatura. In Interface - Comunic, Saúde, Educ, v. 5, n. 9, p. 103-116.

FIORENTINI, D. (2005). A Formação Matemática e Didatico-Pedagógica nas Disciplinas da Licenciatura em Matemática. In Revista de Educação, Campinas, n. 8, jun., p. 107-115.

FÜRKOTTER, M.; MORELATTI, M. R. M. (2007). A articulação entre teoria e prática na formação inicial de professores de matemática. In Educação Matemática Pesquisa, São Paulo, v. 9, n. 2, pp. 319-334.

GAMA, R. P.; FIORENTINI, D. (2009). Formação continuada em grupos colaborativos: professores de matemática iniciantes e as aprendizagens da prática profissional. In Educação Matemática Pesquisa, São Paulo, v. 11, n. 2, p. 441-461.

GARNICA, A. V. M.. (2002). As demonstrações em educação matemática: um ensaio. In Bolema, Rio Claro, a. 15, n. 18, p. 91-99.

GATTI, B. A. (2010). Formação de Professores no Brasil: características e problemas. In Educação & Sociedade, Campinas, v. 31, n. 113, out-dez, p. 1355-1379.

HILL, H. C. et al. (2008). Mathematical Knowledge for Teaching and the Mathematical Quality of Instruction: An Exploratory Study. In Cognition and Instruction, 26:4, p. 430-511.

LINARDI, P. R. (2006). Rastros da formação matemática na prática profissional do professor de matemática. 2006, 291p. Tese (Doutorado em Educação Matemática) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro.

MANRIQUE, A. L. (2009). Licenciatura em Matemática: formação para a docência x formação específica. In Educação Matemática Pesquisa, v. 11, n. 3, p. 515-534.

MOREIRA, P. C.; CURY, H. N.; VIANNA, C. R. (2005). Por que análise real na licenciatura? In Zetetiké, Cempem – FE – Unicamp, v. 13, n. 23, p. 11-42, jan./jun..

MOREIRA, P. C.; DAVID, M. M. M. S. (2010). A formação matemática do professor: licenciatura e prática docente escolar. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica.

MOREIRA, P. C.; DAVID, M. M. M. S. (2003). Matemática escolar, matemática científica, saber docente e formação de professores. In Zetetiké, Cempem – FE – Unicamp, v. 11, n. 19, p. 57-80, jan./jun..

MOREIRA, P. C. (2012). 3+1 e suas (In)Variantes (Reflexões sobre as possibilidades de uma nova estrutura curricular na Licenciatura em Matemática). In Bolema, Rio Claro (SP), v. 26, n. 44, p. 1137-1150, dez..

MORIEL JR., J. G.; CYRINO, M. C. de C. T. (2009). Propostas de articulação entre teoria e prática em cursos de Licenciatura em Matemática. In Educação Matemática Pesquisa, São Paulo, v. 11, n. 3, p. 535-557.

NACARATO, A. M.; SANTOS, R. T. dos. (2004). Espaços alternativos de formação: quando graduandos em matemática e professores em exercício compartilham experiências sobre ensino de trigonometria. In Educação Matemática Pesquisa, São Paulo, v. 6, n. 2, p. 63-90.

OLIVEIRA, A. T. de; ROCQUE PALIS, G. de la. (2011). O potencial das atividades centradas em produções de alunos na formação de professores de matemática. In Relime, México, v. 14, n. 3, nov.. Disponível em: http://www.scielo.org.mx/scielo.php?%20script=sci_arttext&pid=S1665-24362011000300004&lng=es&nrm=iso. Acesso em: 20 set. 2012.

PASSOS, A. M.; PASSOS, M. M.; ARRUDA, S. de M. (2009). O campo formação de professores: um estudo quantitativo dos artigos da área de educação matemática e de ensino de ciências no Brasil (1976 – 2007). In Revista Ibero-americana de estudos de educação. v. 4, n. 1.

PASSOS, M. M.; NARDI, R.; ARRUDA, S. de M. (2009). A ‘Formação do Professor’ e seus Sentidos em 23 Anos do Bolema: 1985-2007. In Bolema, a. 22, n. 34, p. 209-236.

PETTICREW, M.; ROBERTS, H. (2006). Systematic reviews in the social sciences: a practical guide. Oxford: Blackwell Publishing.

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L.(2010). Estágio e docência. 5 ed. São Paulo: Cortez.

PONTE, J. P. da. (1995). Perspectivas de desenvolvimento profissional de professores de Matemática. Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/docs-pt/95-Ponte%28Luso%29.rtf. Acesso em 20 jul. 2013.

RESENDE, M. R.; MACHADO, S. D. A. (2012). O ensino de matemática na licenciatura: a disciplina Teoria Elementar dos Números. In Educação Matemática Pesquisa, São Paulo, v.14, n.2, p. 257-278.

RIBEIRO, A. J. (2012). Equação e Conhecimento Matemático para o Ensino: relações e potencialidades para a Educação Matemática. In Bolema, Rio Claro (SP), v. 26, n. 42B, abr., p. 535-557.

RIBEIRO, A. J.; MACHADO, S. D. A. (2009). Equação e seus multisignificados: potencialidades para a construção do conhecimento matemático. in Zetetiké, Cempem – FE – Unicamp, v. 17, n. 31 – jan/jun.

ROLKOUSKI, E. (2009). Demonstrações em Geometria: alunos de licenciatura, ambiente informatizado e reflexões para a formação do professor de Matemática. In Boletim GEPEM, nº 54, p. 33-51, jan/jun..

SERRAZINA, M. de L. M. (2012). Conhecimento matemático para ensinar: papel da planificação e da reflexão na formação de professores. In Revista Eletrônica de Educação. São Carlos, SP: UFSCar, v. 6, no. 1, p.266-283, mai..

SILVA, B. A. da; PENTEADO, C. B. (2009). Fundamentos dos números reais: concepções de professores e viabilidade de início do estudo da densidade no ensino médio. In Educação Matemática Pesquisa, São Paulo, v. 11, n. 2, p. 351-371.

STYLIANIDES, A. J.; BALL, D. L.(2008). Understanding and describing mathematical knowledge for teaching: knowledge about proof for engaging students in the activity of proving. In Journal Mathematics Teacher Education, n. 11, p. 307–332.

VICTOR, L. (2008). Systematic reviewing. In Social Research Update. 2008. Disponível em: http://sru.soc.surrey.ac.uk/SRU54.pdf. Acesso em: 10 ago. 2012.

ZAZKIS, R.; LEIKIN, R. (2010). Advanced Mathematical Knowledge in Teaching Practice: Perceptions of Secondary Mathematics Teachers. In Mathematical Thinking and Learning, 12:4, p. 263-281.

Downloads

Publicado

2015-06-15

Edição

Seção

Artigos