O gosto espectral pelo segredo em Jacques Derrida. Uma leitura do visível e invisível e do secreto em pensamentos estéticos da desconstrução a partir de Memórias de Cego

Autores

  • Dirce Eleonora Nigro Solis UERJ
  • Diogo Silva Corrêa UFMA

DOI:

https://doi.org/10.23925/poliética.v8i2.52131

Palavras-chave:

Cegueira, Desenho, Invisibilidade, Gosto Espectral, Segredo

Resumo

Este texto parte da questão da cegueira, identificada na obra Memórias de Cego: O auto-retrato e outras ruínas, em um sentido estético-filosófico, no âmbito da desconstrução derridiana, relacionando assim, elementos peculiares do pensamento de Jacques Derrida, como o tema dos espectros, estando aqui, atrelado a uma ideia do gosto com o segredo e o secreto operando nos seus desvios. Acontecendo a temática da invisibilidade no viés espectral, à maneira dos caminhos e do tempo como desajustamento envolvendo o visível e invisível, sendo, para Derrida, um estudo frequente na tradição filosófica, onde uma abordagem inicial é a dimensão platônica, também, isto no que tange as análises nas obras de artes. Vale frisar que uma abertura desses itens em Derrida se dá na forma do desenho sempre cego e com isso é dado um outro olhar para as artes visuais e as artes no âmbito em geral que se desdobra por cenários sinuosos em imprevisíveis deslocamentos (espectrais).

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Biografia do Autor

Dirce Eleonora Nigro Solis, UERJ

Professora Titular de Filosofia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ/RJ, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

Diogo Silva Corrêa, UFMA

Professor Assistente da Universidade Federal do Maranhão-UFMA/MA, Pinheiro, Maranhão, Brasil. Doutorando em Filosofia, financiamento FAPEMA E CAPES, Proc. 14/2015, pela Universidade do Estado do Rio de janeiro- UERJ/RJ, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

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Publicado

2020-12-30

Edição

Seção

Dossiê