Análise da onda U do eletrocardiograma: sua presença, características e correlação com situações clínicas

Autores

  • Marcelo Tetsuo Ikegami CCMB/PUC-SP
  • Ricardo Cairo de Camargo CCMB/PUC-SP
  • Luciano Jorge Alves CCMB/PUC-SP
  • Fernando Sampaio
  • Hudson Hübner França CCMB/PUC-SP

Palavras-chave:

eletrocardiograma, eletrocardiografia, cardiopatias, onda U

Resumo

As ondas do eletrocardiograma (ECG) são denominadas em ordem alfabética começando pela onda P, o complexo QRS, a onda T e a onda U. A onda U é um evento diastólico e sua gênese não está clara. Anormalidades da onda U incluem, amplitude aumentada, prolongamento e inversão. O estudo compreendeu a análise do ECG de 569 pacientes do ambulatório de cardiologia. A presença da onda U foi correlacionada com situações clínicas diversa como valvopatias, insuficiência coronariana, hipertensão arterial, miocardiopatia e indivíduos sem patologia evidente. No presente estudo, a onda U foi identificada em 146 pacientes. Com relação à derivação em que foi registrada, a mais freqüente foi V, e a faixa etária mais freqüente foi de 41 a 60 anos. A onda U apresentou-se positiva em 135 pacientes e negativas em 11; destes 7 tinham hipertensão artérias e, 4 insuficiência coronariana. A média de duração da onda U foi de 80 a 120 milissegundos e sua amplitude variou de 10 a 30 milivolts. Comenta-se sobre a gênese da onda U, do seu significado como expressão de potencias tardios do miocárdio e de seu possível papel no desenvolvimento de arritimias cardíacas. A onda U merece portanto, atenção, uma vez que suas características podem ser indicativas de patologia cardíaca.