Achados cirúrgicos diversos em pacientes submetidos à cirurgia para otosclerose

Autores

  • José Jarjura Jorge Júnior Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba (FCMS) – Sorocaba (SP), Brasil. http://orcid.org/0000-0002-9951-1657
  • Godofredo Campos Borges Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba (FCMS) – Sorocaba (SP), Brasil. http://orcid.org/0000-0003-4588-2505
  • Larissa Borges Richter Boaventura Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba (FCMS) – Sorocaba (SP), Brasil. http://orcid.org/0000-0003-0720-4033
  • Marielle Albrechete Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) – Sorocaba (SP), Brasil. http://orcid.org/0000-0003-1416-4201
  • Andre Di Francesco Veiga Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) – Sorocaba (SP), Brasil. http://orcid.org/0000-0003-3245-5029

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-4840.2018v20i3a8

Palavras-chave:

otosclerose, cirurgia do estribo, anormalidades congênitas, orelha média

Resumo

Introdução:A otosclerose é uma afecção muito frequente da cadeia ossicular, contudo, outras afecções dessa cadeia e do próprio estribo podem ser responsáveis por deficiências auditivas condutivas. Objetivo: Avaliar quais e quantas alterações ocorreram na cadeia ossicular em cirurgia da orelha média em pacientes com deficiência auditiva condutiva. Método: Análise retrospectiva de todas as cirurgias realizadas com indicação de estapedotomia, estapedectomia ou timpanotomia exploradora no período entre 2007 e 2015. Resultado: Dos 81 procedimentos realizados, 12 (14,81%) apresentaram, no intraoperatório, alterações diferentes da otosclerose: fusão, rigidez ou ausência da cadeia ossicular, agenesia do estribo e janela oval, deiscência do canal semicircular superior, agenesia ou erosão da bigorna e desarticulação incudo-estapediana. Conclusão: O cirurgião otológico deve ficar atento às diversas etiologias das perdas auditivas condutivas, a fim de que incorra o menos possível em erro diagnóstico, evitando assim intervenções desnecessárias. Porém, é importante ressaltar que em alguns casos é difícil estabelecer o diagnóstico com os meios que hoje temos, previamente à exploração cirúrgica.

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Biografia do Autor

José Jarjura Jorge Júnior, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba (FCMS) – Sorocaba (SP), Brasil.

Professor do Departamento de Cirurgia

Godofredo Campos Borges, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba (FCMS) – Sorocaba (SP), Brasil.

Professor do Departamento de Cirurgia

Larissa Borges Richter Boaventura, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba (FCMS) – Sorocaba (SP), Brasil.

R3  do Serviço de ORL

Marielle Albrechete, Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) – Sorocaba (SP), Brasil.

Residente de 3 ano

Andre Di Francesco Veiga, Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) – Sorocaba (SP), Brasil.

Residente de 3 ano

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Publicado

2018-12-03

Como Citar

1.
Jorge Júnior JJ, Borges GC, Boaventura LBR, Albrechete M, Veiga ADF. Achados cirúrgicos diversos em pacientes submetidos à cirurgia para otosclerose. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 3º de dezembro de 2018 [citado 18º de abril de 2024];20(3):163-6. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/29665

Edição

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Artigo Original