Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS <p>A Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba é uma publicação da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Seu objetivo principal é publicar resultados de pesquisas originais qualitativas e quantitativas da área da saúde, incluindo as áreas de conhecimento de educação em saúde e gestão em saúde. A Revista estimula a publicação de trabalhos provenientes das mais diversas fontes, sendo aberta a contribuições nacionais e internacionais e oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização do conhecimento.</p> <p><strong>Qualis:</strong> A4 <strong>Área do conhecimento:</strong> Interdisciplinar<br /><strong>Ano de fundação:</strong> 1999<br /><strong>Título abreviado:</strong> Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba <strong>e-ISSN:</strong> 1984-4840<br /><strong>Periodicidade:</strong> fluxo contínuo<br /><strong>Editor-chefe:</strong> Fernando Antonio de Almeida<br /><strong>E-mail:</strong> rfcms@pucsp.br<br /><strong>Unidade:</strong> Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde<br /><strong>Indexadores e repositórios:</strong> DOAJ, Latindex</p> <p><img src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/80x15.png" alt="Licença Creative Commons" /></p> pt-BR <p>Os autores no momento da submissão transferem os direitos autorais, assim, os manuscritos publicados passam a ser propriedade da revista.</p> <p>O conteúdo do periódico está licenciado sob uma <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Licença Creative Commons 4.0</a>, esta licença permite o livre acesso imediato ao trabalho e que qualquer usuário leia, baixe, copie, distribua, imprima, pesquise ou vincule aos textos completos dos artigos, rastreando-os para indexação, passá-los como dados para o software, ou usá-los para qualquer outra finalidade legal.</p> rfcms@pucsp.br (Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba) rfcms@pucsp.br (Antonio Pedro de Melo Maricato) sex, 14 jun 2024 10:41:26 -0300 OJS 3.2.1.3 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Evolução dos escores de empatia dos estudantes de medicina em instituição com currículo humanista https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/65350 <p>Introdução: a literatura médica tem registrado que entre estudantes de medicina, com o evoluir do curso, ocorre decréscimo nos escores de empatia bem como um acréscimo de estresse, sintomas depressivos e esgotamento. Porém há poucos estudos que tenham avaliado como os níveis de empatia se comportam durante a graduação em todos os anos do curso. Objetivo: avaliar como se comportam os escores de empatia dos estudantes de medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (FCMS da PUC-SP) em todos os anos letivos. Participantes e Métodos: trata-se de um estudo quantitativo, transversal, descritivo, experimental (de levantamento). Foram avaliados os níveis de empatia utilizando-se a versão para estudantes da Escala de Jefferson (JSPE-S, Jefferson Scale of Physician Empathy - Student version) em 336 dos 633 estudantes do curso de medicina da FCMS da PUC-SP, do primeiro ao sexto ano. A FCMS da PUC-SP tem um currículo humanístico baseado em metodologias ativas, implantado em 2006. Resultados: o estudo observou que os níveis de empatia entre os alunos do primeiro ao sexto ano da FCMS da PUC-SP mantêm-se estáveis, com valores de 121,1 ± 8,0 (média ± DP). As participantes mulheres apresentam escores de empatia superiores aos estudantes homens (122,6 ± 6,8 vs 118,2 ± 9,1; p &lt; 0,001). Conclusão: o estudo observou que os escores de empatia dos estudantes de medicina da FCMS da PUC-SP mantêm-se estáveis em todos os anos letivos e que as alunas apresentam escores de empatia superiores aos dos alunos.</p> Jéssica Rodrigues Borges Leão, Gabriela Pina, Priscila Mariana de Castro, Fernando Antonio de Almeida Copyright (c) 2024 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/65350 qua, 29 mai 2024 00:00:00 -0300 Intervenção para o bem-estar psicológico de adolescentes https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/65023 <p>Objetivo: avaliar o efeito de uma intervenção para o bem-estar psicológico de adolescentes. Metodologia: estudo quase-experimental, autocontrolado, do tipo antes e depois, realizado com 20 adolescentes entre dezembro de 2020 e junho de 2021 em Unidades Básicas de Saúde. A coleta dos dados consistiu em três etapas: pré-teste, intervenção psicoeducativa e pós-teste. Utilizou-se análise descritiva através de frequências para as variáveis socioeconômicas, Teste T de Student e Shapiro-Wilk para dados pareados e correlação de Pearson. Resultados: a maioria dos participantes era do sexo masculino (60%), com média de idade de 12,7 anos. Após a intervenção psicoeducativa verificou-se aumento na média das respostas relacionada aos domínios atividade física e saúde, humor em geral, família e vida em casa e constrangimento. Considerações finais: a intervenção mostrou-se positiva e evidenciou melhora nos conhecimentos e capacidades dos participantes nos quesitos atividade física, humor, família e constrangimento, visando a prevenção de agravos à saúde mental voltada para domínios de qualidade de vida à saúde.</p> Yroan Paula Landim, Raidanes Barros Barroso, Leonardo Hunaldo dos Santos, Maria Neyrian de Fátima Fernandes, Maria Aparecida Alves de Oliveira Serra, Ana Cristina Pereira de Jesus Costa Copyright (c) 2024 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/65023 qua, 29 mai 2024 00:00:00 -0300 Análise do atendimento prestado à mãe e ao recém-nascido no momento do parto em maternidades públicas e privadas no estado do Espírito Santo – Brasil https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/64779 <p>Objetivo: analisar o atendimento oferecido à mãe e ao recém-nascido no momento do parto em maternidades do Espírito Santo, segundo o tipo de serviço prestado, avaliados através de indicadores baseados nas recomendações de boas práticas assistenciais preconizadas pela OMS e pelo programa Rede Cegonha. Métodos: estudo seccional aninhado a uma coorte de nascimento hospitalar multicêntrica. Entrevistas foram realizadas na maternidade, aos 7 e 27 dias. A avaliação do atendimento foi baseada nas recomendações do componente parto e nascimento, tendo como desfecho o tipo de serviço prestado: público ou privado. Para análise utilizou-se modelo hierárquico e regressão de Poisson com ajuste robusto da variância. Resultados: as maternidades públicas apontaram maior prevalência quanto à classificação do risco gestacional (RP: 3,33; IC 95%: 2,99; 3,70); exame pré-parto (RP: 2,38; IC 95%: 1,60; 3,53), uso de ocitocina (RP: 1,23; IC 95%: 1,11; 1,29) e parto vaginal (RP: 1,15; IC 95%: 1,09; 1,21) e menor prevalência quanto à presença do acompanhante (RP: 0,83; IC 95%: 0,77; 0,89), contato pele a pele na sala de parto (RP: 0,92; IC95%: 0,86; 0,98), pediatra na sala de parto (RP: 0,81; IC 95%: 0,70; 0,93), alojamento conjunto (RP: 0,92; IC 95%: 0,86 ;0,98) e orientação sobre o aleitamento materno (RP: 0,90; IC 95%: 0,84; 0,96). Conclusão: tanto as maternidades públicas quanto as privadas ainda precisam ajustar-se para garantir a realização de boas práticas, conforme definidas pela OMS e SUS, que assegurem a assistência qualificada para o binômio mãe-filho.</p> Andréia Soprani dos Santos, Ana Paula Barbosa Lopes Caetano , Susana Bubach, Wanêssa Lacerda Poton Copyright (c) 2024 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/64779 qua, 29 mai 2024 00:00:00 -0300 Conhecimento de mulheres sobre o HPV e sua relação com o câncer do colo do útero https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/64673 <p>Introdução: principais medidas preventivas para detecção precoce do câncer cervical; teste de Papanicolau (detecta lesões tumorais iniciais) e vacina contra Papilomavírus Humano (HPV). Objetivo: analisar a associação entre o conhecimento das mulheres sobre o HPV e o câncer do colo do útero. Material e método: estudo transversal realizado em mulheres maiores de 18 anos na comunidade do Viradouro, Niterói (RJ), Brasil (10/2021 a 05/2022). Foram utilizados dois questionários com perguntas objetivas sobre dados demográficos, conhecimento sobre existência do teste de Papanicolau, HPV, teste de DNA para HPV e vacina contra HPV. Foram calculadas prevalências, médias e medianas. Resultados: 191 participantes com mediana de idade de 40 (variação de 18 a 84 anos). Todas conhecem ou já ouviram falar no teste de Papanicolau. Entre os motivos relatados para a não realização do teste foram: vergonha em 186 (97,4%), medo 152 (79,6%), falta de tempo 102 (53,4%), ter boa saúde 98 (51,3%). Cento e cinquenta e uma (79,1%) ouviram falar em HPV, 14 (7,3%) ouviram falar em teste de DNA para HPV e 8 (3,3%) em vacina quadrivalente recombinante contra HPV. Conclusão: a relação sobre associação entre HPV e câncer cervical foi de conhecimento de mais de 80% da amostra pesquisada, porém houve pouco conhecimento sobre testes de DNA para HPV e vacina quadrivalente recombinante contra o HPV 6, 11, 16, 18.</p> Carla Jardim Maia, Licinio Esmeraldo da Silva, André Ricardo Araújo Silva Copyright (c) 2024 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/64673 qua, 29 mai 2024 00:00:00 -0300 Relação entre o consumo de proteína animal e vegetal e a composição corporal de frequentadores de academia https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/64678 <p>Objetivo: investigar a relação entre a fonte de proteína consumida e a composição corporal dos frequentadores de academia. Métodos: estudo transversal, avaliando frequentadores de academia. O consumo de proteínas foi determinado pela média de três recordatórios alimentares e a composição corporal pela balança de bioimpedância. O teste de correlação de Pearson foi utilizado para avaliar a associação entre as variáveis. Resultados: a maioria dos participantes foi classificada com sobrepeso (43,2%), apresentou uma alta porcentagem de gordura corporal (66,4%) e tinha uma porcentagem adequada de massa muscular (56,8%). O consumo médio de proteínas foi de 1,51 ± 0,72 g/kg, com uma prevalência de inadequação (53,6%). O conteúdo de proteínas na dieta foi predominantemente de origem animal (80,26 ± 13,51%). A porcentagem de proteína animal na dieta apresentou uma correlação positiva com o peso corporal (r = 0,212; p = 0,020), índice de massa corporal (IMC) (r = 0,192; p = 0,034) e gordura visceral (r = 0,202; p = 0,025). Por outro lado, a porcentagem de proteína vegetal na dieta apresentou uma correlação negativa com o peso (r = -0,202; p = 0,025), IMC (r = -0,197; p = 0,029) e gordura visceral (r = -0,235; p = 0,009). Conclusão: o consumo de proteínas na dieta foi predominantemente de origem animal, e esse consumo apresentou correlação positiva com o peso corporal, IMC e gordura visceral. Por outro lado, a proteína vegetal exibiu uma correlação inversa com esses parâmetros. Esses achados sugerem a importância de considerar a fonte de proteína na ...</p> Larissa Lali Lampert, Patrícia Molz, Eduarda da Silva Limberger Castilhos, Hildegard Hedwig Pohl, Diene da Silva Schlickmann , Silvia Isabel Rech Franke Copyright (c) 2024 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/64678 qua, 29 mai 2024 00:00:00 -0300 Banalização da cesárea https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/64249 Luiz Ferraz de Sampaio Neto, Henri Augusto Korkes , João Francisco Farhat Kehdi Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/64249 sex, 17 nov 2023 00:00:00 -0300 Extrato de Schinus terebinthifolius Raddi intensifica as alterações morfológicas no cólon de ratos diabéticos https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/64181 <p>Existem diversos desafios no tratamento do diabetes mellitus. Alguns desses desafios incluem a descoberta de compostos bioativos com potencial para serem coadjuvantes no tratamento do diabetes mellitus. Neste estudo foram investigados os efeitos do extrato hidroetanólico de Schinus terebinthifolius Raddi sobre parâmetros fisiológicos e morfológicos do cólon de ratos diabéticos. Para esse propósito, 16 ratos com 90 dias de idade foram distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: Normoglicêmico (N); normoglicêmico, tratado com (50 mg/kg) o extrato hidroetanólico de S. terebinthifolius Raddi (NA); diabéticos induzidos por estreptozotocina (D); e diabéticos induzidos por estreptozotocina, tratados com o extrato hidroetanólico de S. terebinthifolius Raddi (DA). Os ratos diabéticos apresentaram diarreia, perda de peso, aumento na ingestão de água e alimentos e níveis elevados de glicose no sangue. Além disso, nos grupos NA, D e DA, observaram-se atrofia de toda a parede intestinal e submucosa, hipertrofia da muscular da mucosa e alterações na histoarquitetura das criptas intestinais e enterócitos. Adicionalmente, foram observadas mudanças na remodelação de colágeno e nos gânglios do sistema nervoso entérico, assim como alterações quantitativas em células caliciformes e linfócitos intraepiteliais somente nos grupos D e DA. Nossos resultados mostram que o tratamento com o extrato de S. terebinthifolius Raddi não protegeu o cólon dos danos causados pelo diabetes nem reverteu parâmetros fisiológicos. Além disso, o tratamento causou alterações morfológicas no cólon de ratos normoglicêmicos e intensificou os danos causados pelo diabetes.</p> Camiliany Pereira da Silva, Marcelo Wecsley Ferreira Araújo , Camila Cavicchioli Sehaber-Sierakowski , Flávia Cristina Vieira Frez , Camila Cristina Iwanaga , Marcelo Biondaro Gois, Jacqueline Nelisis Zanoni , Neide Martins Moreira , Catchia Hermes-Uliana Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/64181 qua, 03 abr 2024 00:00:00 -0300 Errata https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/64177 <p>Frota MCQA, Sousa JO, Severiano ARG, Carneiro ARS, Dantas Terceiro AJM, Silva TB, Carneiro JKR, Oliveira MAS. Importância pediátrica dos recém-nascidos com baixo peso ao nascer. Rev Fac Ciênc Méd Sorocaba. 2019;21(3):125-9. DOI: <a href="https://doi.org/10.23925/1984-4840.2019v21i3a6">https://doi.org/10.23925/1984-4840.2019v21i3a6</a></p> <p>No texto completo (PDF), nas páginas 125 (linha 4) e 129 (Como citar este artigo:), onde se lê Jéssica Sousa de Oliveira leia-se Jéssica Oliveira de Sousa.</p> Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/64177 sex, 17 nov 2023 00:00:00 -0300 Análise do impacto do projeto terapêutico singular no serviço de saúde, comunidade e ensino médico https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/64059 <p><strong>Introdução:</strong> as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina, homologadas em 2014, reforçam a necessidade de maior inserção do discente em cenários práticos condizentes com a realidade brasileira. A elaboração do Projeto Terapêutico Singular (PTS) durante o estágio de Saúde Coletiva é uma das ferramentas usadas para ampliar a integração entre ensino, serviço e comunidade (IESC). <strong>Objetivos:</strong> avaliar o impacto da aplicação do PTS no ensino, no serviço e na comunidade. Métodos: entrevistas e visitas às famílias e equipe de saúde e coleta de dados através do Google Forms® para obter as impressões dos alunos e professores.<strong> Resultados:</strong> a maioria dos envolvidos entende os benefícios do PTS no aprendizado e como ferramenta de avaliação; como dificuldade citam, principalmente, tempo, falta de vínculo e de seguimento das propostas. <strong>Discussão:</strong> os dados encontrados condizem com os dados da literatura sobre as potencialidades e dificuldades ligadas ao PTS. <strong>Conclusão:</strong> a elaboração de um projeto terapêutico proporcionou estabelecimento de integração entre ensino, serviço de saúde e comunidade, porém há pontos a serem reavaliados.</p> Maria Carolina Pereira da Rocha, Nathalia Braido Francisco, Maria Beatriz Cantú Tavares, Fábio Miranda Junqueira Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/64059 qua, 03 abr 2024 00:00:00 -0300 Perfil de alterações cérvico-vaginais em citologia convencional e citologia em meio líquido https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/64027 <p>O objetivo deste estudo foi analisar o perfil de alterações cérvico-vaginais em citologia convencional (CC) e citologia de meio líquido (CML) em Passo Fundo. Trata-se de um estudo quantitativo descritivo transversal, baseado na análise de dados de Exames Citopatológicos do Instituto de Patologia do Hospital São Vicente de Paulo em 2019, realizados pela CC e CML.&nbsp; Analisaram-se 4.530 laudos, de mulheres de 18 a 97 anos, sendo 2.483 laudos da CC e 2.047 laudos da CML. Observou-se maior porcentagem de esfregaços sem atipias em ambas metodologias, sendo encontrados 81 casos na CC (3,3%) e 56 casos na CML (2,7%) de atipias de células escamosas e glandulares. Os agentes inflamatórios mais frequentes na CC e CML foram Bacilos de Döderlein, <em>Gardnerella vaginalis</em> e <em>Candida</em> spp. Conclui-se que não apresentaram diferenças percentuais significativas no perfil de alterações cérvico-vaginais, evidenciando boa concordância entre ambas metodologias das amostras analisadas.</p> Fernanda Peruzzolo Grassi, Isadora Carazzo, Daniela Augustin Silveira, Luciano de Oliveira Siqueira Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/64027 qua, 03 abr 2024 00:00:00 -0300 Preditores de retorno ao trabalho em trabalhadores afastados por distúrbios musculoesqueléticos https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63992 <p>O Retorno ao Trabalho (RT) é frequentemente motivo de litígios trabalhistas e previdenciários, sobretudo devido à dificuldade de caracterização da incapacidade laboral. Tendo em vista que os Distúrbios Musculoesqueléticos (DME) são a maior causa de incapacidade no Brasil e no mundo, o conhecimento a respeito dos preditores de RT permite antecipar situações de conflito e desenvolver estratégias mais eficientes para reintegrar os trabalhadores afastados por esses distúrbios. Assim, o presente estudo tem como objetivo identificar os preditores de RT em trabalhadores afastados por DME com base em publicações científicas recentes. Para isso, foi realizada uma revisão de artigos publicados na MEDLINE entre 2017 e 2022, seguindo a estratégia PICO e o fluxograma PRISMA. Nove artigos originais foram incluídos e os preditores foram categorizados em 4 domínios: Sociodemográficos, Clínicos, Psicossociais e Ocupacionais. Os resultados obtidos revelaram que o processo de RT é influenciado por múltiplos fatores individuais e sociais, de modo que programas multidisciplinares de reabilitação têm maior potencial de favorecer o retorno que abordagens isoladas. Considerando que o posto e organização do trabalho também são determinantes de saúde musculoesquelética, intervenções no ambiente laboral são fundamentais, não só para aumentar as chances de retorno, mas também para evitar novos afastamentos.</p> Felipe Seiti Sekiya, João Silvestre da Silva Júnior Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63992 seg, 08 jan 2024 00:00:00 -0300 Associação entre índice prognóstico nutricional, estado nutricional e desfechos clínicos em pacientes cirúrgicos cardíacos https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63916 <p><strong>Introdução:</strong> O índice prognóstico nutricional (IPN) é um marcador prognóstico utilizado para cirurgias oncológicas e atualmente vem sendo disseminado para as cirurgias cardíacas. O estado nutricional é um fator agravante significativo nesse público, desta forma destaca-se a importância de estudar a associação destes parâmetros. <strong>Objetivo:</strong> Avaliar a associação entre o estado nutricional, o IPN e os desfechos clínicos em pacientes cirúrgicos cardíacos. <strong>Metodologia:</strong> Coorte prospectiva realizado com adultos e idosos, de ambos os sexos, internados em um hospital universitário referência em cardiologia, com indicação cirúrgica. As avaliações foram realizadas no pré-operatório. Foram feitas medidas antropométricas, e calculado o IPN. Os resultados foram avaliados conforme as metas estabelecidas e foram associados com o desfecho clínico e complicações pós-operatórias (PO). <strong>Resultados:</strong> Um total de 75 pacientes com mediana de idade de 60,00 (52,00-69,00) anos, 37 (49,34%) pacientes apresentaram complicações PO. No pré-operatório, 52 (69,34%) pacientes apresentaram mau prognóstico segundo o IPN. O IPN e o estado nutricional não diferiram significativamente entre os pacientes que apresentaram complicações PO e aqueles que não. <strong>Conclusão:</strong> Nosso estudo demonstrou que o IPN e o estado nutricional não apresentam associação com os desfechos clínicos estudados.</p> Barbara Giovanna Souza Silva Queiroz, Fabiana Nogueira Benedito da Silva, Andressa Maranhão de Arruda, Taisy Cinthia Ferro Cavalcante, Ana Célia Oliveira dos Santos, Amanda Alves Marcelino da Silva Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63916 ter, 23 jan 2024 00:00:00 -0300 Avaliação das reações adversas aos inibidores de tirosina quinase utilizadas no tratamento de pacientes com leucemia mieloide crônica atendidas no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63892 <p><strong>Introdução:</strong> a leucemia mieloide crônica (LMC) é uma neoplasia hematológica, que ocorre por conta de uma translocação do cromossomo 9 para o 22, produzindo o cromossomo philadelphia (ph1). O diagnóstico pode ser sugerido através da clínica (esplenomegalia), hemograma com neutrofilia e desvio à esquerda, e é confirmado pelo cariótipo e/ou pcr-qualitativo (identifica a proteína p210bcr-abl). no brasil, o tratamento utilizado da lmc, é realizado com mesilato de imatinibe. Os medicamentos utilizados podem gerar efeitos colaterais nos pacientes. <strong>Objetivo:</strong> avaliar os dados demográficos, características clínicas e laboratoriais dos pacientes e ainda os eventos adversos aos tratamentos, apresentados pelos pacientes em tratamento de LMC. <strong>Métodos:</strong> avaliar os prontuários dos pacientes para obtenção das características sociodemográficas, sintomas e sinais, exames laboratoriais, e eventos adversos. Além disso, entrevistamos os pacientes questionando-os sobre reações adversas às medicações utilizadas, analisando a frequência e os tipos de sintomas com cada inibidor utilizado resultados: avaliamos 110 pacientes, sendo 57 (51,8%) do sexo feminino e 53 (48,2%) do sexo masculino. dos 110 pacientes que iniciaram tratamento com imatinibe, 71 apresentaram anemia (64,5%), 37 trombocitopenia (33,6%) e 33 neutropenia (30%). os eventos adversos mais relatados foram câimbras 45(40,9%), edema 40(36,4%), náuseas 40(36,45) e mialgias 34(30,9%). dos pacientes que mudaram de tratamento para nilotinibe, n=38, 14 apresentaram anemia (36,8%), 09 trombocitopenia (23,7%) e 05 neutropenia (13,1%); além de: cefaleia 14(36,8%), mialgias 14(36,8%), erupções pruriginosas 12(31,6%). Foram 26 pacientes com dasatinibe e anemia em 12(46,1%), trombocitopenia em 9 (34,6%) e neutropenia em 9(34,6%). os principais eventos não hematológicos foram: cefaleia 9(34,6%), mialgias 9(34,6%), câimbras 8(30,8%), erupções pruriginosas 7(26,9%) e derrame pleural 3(11,5%). discussão: de uma maneira geral, as reações adversas mais frequentes nos pacientes em tratamento com os inibidores de tirosina quinase foram as hematológicas. câimbras, edema, dor muscular, náuseas, cefaleia, diarreia e erupções pruriginosas também foram frequentes. Podemos dizer que as hematológicas são encontradas após o início do tratamento, pois a leucemia ocupa a medula óssea, tornando-se responsável pela hematopoiese, e quando inibida leva às alterações descritas. conclusão: os eventos adversos são frequentes e podem atrapalhar o tratamento, tendo que ser manejado pelo médico. como o tratamento da lmc é vitalício, o manejo adequado dos eventos adversos se torna essencial.<br /><br /></p> Marcelo Gil Cliquet, Manoela Mesquita Rayol, Enzo Garcia Prado, Mariana Vieira Pacheco, Lucas Bernucci Gozzo Barbosa Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63892 sex, 13 out 2023 00:00:00 -0300 Conhecimento de escolares https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63891 <p>Zoonoses são infecções ou doenças infecciosas transmissíveis de animal ao homem, e vice-versa, de diversas formas. O presente estudo objetivou avaliar o conhecimento de alunos do ensino fundamental de escola estadual de Sorocaba acerca dos meios de transmissão e seu uso de métodos de prevenção dessas patologias com seus animais de estimação. Essa pesquisa se faz necessária, pois a população infantil é um importante grupo de risco dessas enfermidades, que possuem muitas formas de se disseminarem e estão, no presente momento, emergindo ou reemergindo em escala global, devido à intensa convivência entre os humanos e animais. para essa avaliação, foi utilizado questionário sobre o contato, os cuidados e as precauções que os participantes têm com animais, sendo estes domésticos ou não. Após a análise de dados, constatou-se que 42,9% dos participantes não realiza devidamente a higienização das mãos após ter contato com seus animais de estimação. 32,3% dos alunos que foram orientados sobre os cuidados com seus animais não segue as instruções dadas. 28,57% dorme com seu animal na mesma cama. 50% não acredita que um animal com aspecto doente pode transmitir doenças e 52,38% não acredita que a arranhadura por um animal tenha essa periculosidade. Concluiu-se que o conhecimento dos escolares sobre a propagação e a profilaxia de doenças zoonóticas, embora presente, é limitado e falho, facilitando que eles entrem em contato com agentes etiológicos e contraia patologias desta classe.</p> José Roberto Pretel Pereira Job, Daniela Miori Pascon, Gabriella Di Cunto Alonso Munhoz, Renan Galante Faga Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63891 sex, 13 out 2023 00:00:00 -0300 Utilização de matriz dérmica em superfícies articulares de pacientes com feridas complexas por queimaduras no hospital regional do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63888 <p><strong>Introdução:</strong> a matriz de regeneração dérmica é um biomaterial heterogêneo composto essencialmente de colágeno de origem animal ultrapurificado associado a um polímero sintético com propósito isolante, utilizada na abordagem cirúrgica da reconstrução de diversos segmentos corporais que necessitem regeneração. Por ser composta por um material acelular, dificilmente ocorre reação de corpo estranho, fibrose ou extrusão. Uma de suas principais finalidades terapêuticas clínicas é no tratamento de pacientes queimados, mais especificamente queimaduras de terceiro grau em áreas nobres, como por exemplo, áreas de flexão articular. Está sendo comprovado, que sua utilização otimiza os resultados quando utilizado no tratamento de queimaduras com as características previamente descritas. em contrapartida, a matriz de regeneração dérmica é um material de alto custo, dificultando o amplo acesso a esse tipo de tecnologia nos diversos segmentos de atenção à saúde em nosso país. Diante disso, essa característica se mostra como um aspecto dificultador nos tratamentos, principalmente considerando que a maioria dos pacientes que sofreram queimaduras de alto grau no Brasil são de baixa renda. <strong>Objetivo:</strong> analisar a utilização de matriz dérmica em superfícies articulares de pacientes com feridas complexas por queimaduras no hospital regional do CHS. <strong>Métodos:</strong> selecionamos três pacientes com queimaduras de terceiro grau em áreas articulares que usaram como tratamento matriz dérmica e apresentavam sequelas de limitação de movimento, posteriormente análise e descrição dos prontuários, acompanhamento das cirurgias e por fim exame físico de mobilidade da área afetada para comparação de como era antes do tratamento. Foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa, de acordo com a resolução no 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. <strong>Resultados:</strong> infelizmente um paciente veio a óbito no decorrer do estudo devido outra patologia, mas os outros pacientes obtiveram uma melhora significativa na realização dos movimentos articulares e na estética da cicatrização. <strong>Conclusão:</strong> apesar de ser um tratamento custoso, detalhado e demorado, a matriz dérmica obtém resultados superiores e inigualáveis a qualquer outro método. </p> Hamilton Aleardo Gonella, Pedro Ivo Romani de Oliveira Gonçalves, Julia Rita Arikawa Tortorelli da Silva, Eduarda Massa Sartori, Lívia de Paula Paladini e Souza Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63888 sex, 13 out 2023 00:00:00 -0300 Avaliação da adesão ao tratamento de pacientes com leucemia mieloide crônica atendidos no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63887 <p><strong>Introdução:</strong> a leucemia mieloide crônica (LMC) é uma neoplasia hematológica caracterizada pelo cromossomo philadelphia e o gene equivalente bcl-abr. A incidência é de um a dois casos para cada 100 mil habitantes/ano, representando aproximadamente 15% das leucemias. O tratamento de primeira linha utiliza o mesilato de imatinibe. Apesar da eficiência da medicação, a adesão dos pacientes ao tratamento é um fator limitante. Os fatores responsáveis pela não adesão podem ser intencionais e não intencionais. <strong>Objetivos:</strong> avaliar a adesão ao tratamento, dados demográficos e laboratoriais de pacientes com leucemia mieloide crônica. <strong>Material e Métodos:</strong> foi feita uma análise de 117 pacientes com leucemia mieloide crônica que realizam tratamento no CHS. A partir dos prontuários, obtivemos as informações: gênero, idade, idade ao diagnóstico, tratamento atual e anteriores. também foi aplicado a 91 desses pacientes um questionário, buscando obter dados sobre a adesão ao tratamento realizado no serviço. <strong>Resultados:</strong> no presente estudo foi observado não adesão ao tratamento em 74,78% dos casos entrevistados. O principal motivo esteve relacionado ao sistema de saúde, devido à falta de disponibilidade da medicação (83,82% das interrupções). Apesar da alta taxa de não adesão, a grande maioria está satisfeita com os fatores relacionados ao médico, são eles: informações dadas sobre a doença (76,92% estão muito satisfeitos) e acessibilidade (85,69% consideram o médico acessível). A análise desses fatores permitiu concluir que, no Conjunto Hospitalar de Sorocaba, a falta de informação não é um fator de grande impacto na ausência da adesão, apenas um paciente deixou de tomar a medicação possivelmente por esse motivo. Por fim, o alto percentual de não adesão pode estar atrelado ao fato de que apenas 26,37% dos pacientes utilizam algum método para lembrar de tomar a medicação, enquanto os outros 73,62% não usa nenhuma ferramenta, aumentando as chances de esquecimento. <strong>Discussão:</strong> observou-se uma ligeira prevalência do sexo feminino (54,30%), quando comparado ao percentual de homens (44,30%), diferindo do que é esperado na literatura. as principais faixas etárias acometidas e a mediana de idade estiveram de acordo com o esperado. A realização de entrevistas evidenciou que a indisponibilidade dos inibidores de tirosina-quinase é recorrente no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). O estudo comprovou, com os 74,72% de não aderentes, que a adesão ao tratamento é um problema recorrente e importante no tratamento da LMC, assim como mostra a literatura. <strong>Conclusão:</strong> o estudo mostra que há uma falha importante de adesão no tratamento da LMC. Esse grande percentual de não aderentes pode estar relacionada com o uso de terapia oral, eventos adversos e ausência da medicação no sistema de saúde público. <br /><br /></p> Marcelo Gil Cliquet, Mariana Vieira Pacheco, Manoela Mesquita Rayol, Lucas Bernucci Gozzo Barbosa, Enzo Garcia Prado Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63887 sex, 13 out 2023 00:00:00 -0300 Avaliação da resposta ao tratamento com inibidores da tirosina quinase em pacientes com leucemia mieloide crônica do serviço de hematologia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63886 <p><strong>Introdução:</strong> a leucemia mieloide crônica (LMC) é uma neoplasia hematológica, decorrente da expressão do cromossomo ph (filadélfia), originado da translocação recíproca entre o cromossomo 9 e 22, que leva a tradução da oncoproteína p210bcr-abl. A doença é mais frequente em adultos e o diagnóstico é sugerido principalmente pelo PCR-qualitativo, que identifica a proteína p210bcr-abl. A neoplasia apresenta três fases clínicas: crônica, acelerada e blástica. Frequentemente é assintomática, porém os sintomas podem incluir fadiga, cefaleia e desconforto no hipocôndrio esquerdo. O tratamento é feito com inibidores de tirosino-quinase (ITQS), que é um antagonista do receptor p210bcr-abl, inativando a transdução de sinal que contribuem para a evolução da doença. a avaliação da resposta ao tratamento é feita a partir do bcr-abl quantitativo e é esperada uma redução a 0,1% (resposta molecular maior) após 12 meses de tratamento com os ITQS. <strong>Objetivo:</strong> avaliar a resposta ao tratamento a partir do bcr-abl quantitativo. <strong>Metodologia:</strong> avaliamos 121 prontuários obtendo dados demográficos, clínicos e laboratoriais e analisamos o resultado dos exames bcr-abl seriados. Trabalho aprovado pelo comitê de ética do Conjunto Hospitalar de Sorocaba e pelo comitê de ética em pesquisa da PUC-SP. <strong>Resultados:</strong> dos 121 pacientes, 54,5% eram mulheres e 45,4% homens, com média de idade ao diagnóstico de 47,4 anos e mediana de 48 anos. Os valores de hemoglobina ao diagnóstico variaram entre 5,9 e 16,2 g/dl e a média e mediana foram, respectivamente de 10,8 g/dl e 10,7 g/dl. 73,8% das mulheres e 79,6% dos homens apresentavam anemia. A contagem de plaquetas variou entre 18.000/mm3e 2.546.000/mm3e 37,7% dos pacientes apresentaram trombocitose, sendo 41,5% das mulheres e 32,6% dos homens. Os leucócitos variaram entre 1.080/mm3e 680.000/mm3, apresentando média de 144.060/mm3e mediana de 109.000/mm3. a contagem de blastos estava disponível em apenas 42 prontuários, variando entre 0-41%, com média de 4,2% e mediana de 2,5%. o tamanho do baço ao diagnóstico estava disponível em 81 prontuários, sendo que 68% apresentavam esplenomegalia. Os pacientes estão em uso de imatinibe (54%), nilotinibe (30%), dasatinibe (15%) e ponatinibe (1 paciente). Dos pacientes em uso de imatinibe há pelo menos 12 meses, 72% alcançaram a&nbsp;5 resposta molecular maior (RMM), 4% não apresentaram queda, 8% tiveram queda entre 1-2log, 2% queda de 2log e 14% queda de 2-3log. os outros três inibidores foram iniciados em segunda ou terceira linha e as taxas de resposta foram: nilotinibe, 70,9% rmm, 9,7% sem resposta, 9,7% queda entre 1-2log e 9,7% queda entre 2-3log. Com dasatinibe, 87,5% rmm e 12,5% apresentaram queda entre 1-2log. <strong>Discussão:</strong> de acordo com a literatura, a LMC é mais frequente em homens, diferente dos resultados de nossa casuística. conforme descrito nos estudos, 45,45% dos nossos pacientes estão na faixa etária com maior incidência da doença. as alterações hematológicas encontradas em nossa análise foram compatíveis com as descritas na literatura. o imatinibe obteve RMM aos 12 meses em 72%, mas teve que ser trocado em 46% dos pacientes. em nosso estudo, as taxas de resposta em pacientes refratários ou que apresentaram toxicidade foram muito boas, sendo os resultados um pouco melhores com o dasatinibe. <strong>Conclusão:</strong> o padrão epidemiológico, clínico, alterações hematológicas e taxas de resposta são semelhantes à literatura. O dasatinibe em segunda linha apresentou vantagem em relação ao nilotinibe, resultado possivelmente decorrente da pequena amostra avaliada.</p> Marcelo Gil Cliquet, Lucas Bernucci Gozzo Barbosa, Mariana Vieira Pacheco, Manoela Mesquita Rayol, Enzo Garcia Prado Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63886 sex, 13 out 2023 00:00:00 -0300 Avaliação da qualidade de vida de pacientes com leucemia mieloide crônica em tratamento no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63885 <p><strong>Introdução:</strong> a leucemia mieloide crônica (lmc) é uma neoplasia hematológica, que envolve as células-tronco mieloides pluripotentes da medula óssea e interferem na maturação de todas as células sanguíneas. é caracterizada em 90% dos casos por conta da presença do cromossomo Philadelphia, resultante da translocação t(9; 22) (q34;q11), que é uma translocação recíproca entre os braços longos dos 9 e 22, resultando na formação de uma oncoproteína (p210bcr-abl). essa doença representa cerca de 15%-20% de todas as leucemias e na maioria dos casos não há fator predisponente conhecido. Há três fases clínicas da doença: crônica, acelerada e blástica. Frequentemente é assintomática, porém quando sintomática podem ser encontrados fraqueza, cansaço e desconforto abdominal. o diagnóstico é realizado principalmente por PCR qualitativo e quantitativo, os quais confirmam a presença da p210bcr-abl. o estadiamento da LMC pode ser feito através do escore de Sokal. O tratamento de primeira linha, no Brasil, é feito com mesilato de imatinibe, que é um inibidor seletivo da tirosina-quinase abl. O que costuma ocorrer depois de recebido o diagnóstico é um impacto nas condições psicológicas, podendo resultar em alterações na qualidade de vida do paciente com LMC. <strong>Objetivos:</strong> avaliar a qualidade de vida, dados clínicos, demográficos e laboratoriais de pacientes com leucemia mieloide crônica em tratamento no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). <strong>Metodologia:</strong> o estudo analisou 100 prontuários de pacientes com leucemia mieloide crônica (LMC) em tratamento no CHS. Foram coletadas informações como gênero, idade, idade ao diagnóstico, tratamento inicial e atual, além de dados ao diagnóstico como níveis de hemoglobina, plaquetas, leucócitos e tamanho do baço. também foram realizadas 91 aplicações da versão brasileira do questionário de qualidade de vida SF-36, de forma presencial nos consultórios do CHS ou de forma virtual (ligações telefônicas e chamadas de vídeo). trabalho aprovado pelo comitê de ética. <strong>Resultado:</strong> dos 100 prontuários analisados, houve uma predominância de pacientes do sexo feminino (54%) em relação ao sexo masculino (46%). A média de idade atual dos pacientes foi de 55 anos, enquanto a idade ao diagnóstico foi de 47,5 anos. 84% dos pacientes receberam hidroxiureia no momento de suspeita da LMC, e após a confirmação do diagnóstico, 100% iniciaram o tratamento com imatinibe. Atualmente, 57% estão em uso de imatinibe, 27% de nilotinibe, 15% de dasatinibe e apenas 1% de ponatinibe. os principais achados nos exames de hemograma ao diagnóstico foram anemia (76,9%), leucocitose (86,9%) e plaquetose (38,4%). em 28 prontuários, não havia informações sobre a palpação do baço, mas dos 72 pacientes com essa informação, 68% apresentavam esplenomegalia. quanto à qualidade de vida, 91 pacientes participaram da aplicação do questionário, sendo 56% mulheres e 44% homens. os pacientes avaliados obtiveram média de notas inferiores em todos os 8 domínios do SF-36 em comparação com a população normativa brasileira. Observou-se também que pacientes do sexo feminino tiveram escores mais baixos em todos os domínios em comparação aos pacientes do sexo masculino. Os dois domínio com valores mais baixos nos pacientes com LMC foram o de vitalidade e de estado geral da saúde, assim como da população brasileira comparada. Conclusão: a LMC é uma doença que afeta a qualidade de vida dos pacientes, e os resultados deste estudo mostraram que os escores de qualidade de vida dos pacientes em tratamento para LMC foram inferiores aos da população normativa brasileira.<br /><br /></p> Marcelo Gil Cliquet, Enzo Garcia Prado, Lucas Bernucci Gozzo Barbosa, Manoela Mesquita Rayol, Mariana Vieira Pacheco Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63885 sex, 13 out 2023 00:00:00 -0300 Puberdade precoce central durante o isolamento social da pandemia de COVID-19 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63880 <p><strong>Introdução:</strong> o isolamento social em função da pandemia da COVID-19 trouxe consigo uma mudança de hábitos alimentares, práticas de atividades física e estresse psicológico. Concomitantemente foi constado um aumento do número de casos de puberdade precoce neste período. Esta patologia é definida como o início do desenvolvimento de caracteres sexuais secundários, aceleração de crescimento e amadurecimento ósseo antes do limite inferior de idade considerado para cada gênero. <strong>Objetivo:</strong> este trabalho visa relacionar as mudanças dos hábitos alimentares, atividade física e estresse psicológico que ocorreram no período de isolamento social em função da pandemia do COVID-19 com o aumento dos casos de puberdade precoce central. <strong>Metodologia:</strong> trata-se de um estudo observacional, longitudinal, quantitativo, descritivo, realizado com crianças diagnosticadas com puberdade precoce central durante o período da pandemia da COVID-19 (2020-2022). As informações serão obtidas através da revisão de prontuários dos pacientes e aplicação de questionários no ambulatório de endócrino-pediatria do CHS/SECONCI, Policlínica Municipal de Sorocaba e clínicas particulares de endocrinologia pediátrica de Sorocaba. trabalho aprovado pelo comitê de ética. <strong>Resultados:</strong> em nosso estudo sobre puberdade precoce central (PPC) em crianças durante a pandemia de COVID-19 (2020-2022), encontramos uma maior prevalência da condição em meninas (30:1), e a maioria das crianças iniciou os sintomas aos sete anos. cerca de 58% dos pacientes estavam com sobrepeso ou obesidade, corroborando a relação entre PPC e IMC elevado. além disso, 45% dos pacientes apresentaram histórico familiar positivo para PPC, indicando fatores genéticos. o período de isolamento social durante a pandemia contribuiu para mudanças de comportamento em 58% das crianças, associadas a maior estresse psicológico, que pode estar relacionado ao aumento da incidência de PPC. A redução na prática de atividades físicas foi observada em 74% dos casos. Todos os pacientes receberam tratamento com o análogo de GNRH leuprorrelina. Os dados sugerem um possível impacto da pandemia na incidência de PPC, mas são necessárias mais pesquisas para confirmar essa relação. <strong>Conclusão:</strong> a PPC é uma condição que afeta o sistema endócrino, especificamente o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, levando a um amadurecimento sexual prematuro em crianças. Nossas investigações revelaram indícios que apontam para uma possível associação entre a pandemia de COVID-19 e o aumento da incidência de PPC em crianças.<br /><br /></p> Cyntia Watanabe, Amanda Mello Pinheiro, Larissa Marin Russo, João Pedro de Freitas Rosmaninho Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63880 sex, 13 out 2023 00:00:00 -0300 Indicações das flebotomias em neonatos e lactentes https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63879 <p><strong>Introdução:</strong> o acesso venoso em neonatos e lactentes é muito frequente em internações, sendo optado quando não há possibilidade de punção venosa ou em recém-nascidos com muito baixo peso (RNMBP). contudo, a realização da flebotomia vem sendo, ultimamente, muito solicitada, e, como ela oferece grandes riscos de complicações, é imprescindível que o pediatra e neonatologista tenham pleno conhecimento dos métodos de acesso venoso, a fim de que saibam escolher o dispositivo mais adequado para garantirem a segurança do RN ao longo de toda sua hospitalização. <strong>Objetivo:</strong> o objetivo do presente estudo será investigar as indicações das flebotomias em recém-nascidos e crianças totalizando 189 casos operados no hospital regional do CHS. <strong>Material e Método:</strong> o projeto de iniciação científica será enviado para avaliação da comissão de ética em pesquisa da FCMS/PUC-SP, utilizando o registro das flebotomias realizadas no serviço de cirurgia pediátrica do CHS de Sorocaba nos últimos 4 anos. com este material será feita a análise e a comparação entre o peso, idade e local da flebotomia realizada em cada paciente para investigar a escolha pelo procedimento da flebotomia e suas indicações. <strong>Resultados:</strong> a análise do registro das flebotomias realizadas no serviço de cirurgia pediátrica do CHS de Sorocaba mostrou que essa técnica é a de melhor indicação para neonatos e lactentes, mas de última opção para acesso venoso central.<br><br></p> Willy Marcus Gomes França, Maria Luísa Fornazari Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63879 sex, 13 out 2023 00:00:00 -0300 Etilismo precoce e uso de álcool por adolescentes https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63878 <p>De acordo com o panorama de 2021 realizado pelo Centro de Informações sobre Saúde e o Álcool (CISA), 26% dos homens e 14% das mulheres realizam o consumo abusivo do álcool no Brasil e são dependentes. Dessa forma, é possível observar que a utilização do álcool, uma substância psicoativa socialmente aceita e estimulada, é extremamente comum no país, representando assim um problema de saúde pública gravíssima. nesse contexto, é importante ressaltar que o álcool está atrelado diretamente a violência e óbitos, sendo responsável pela maior parte dos acidentes de automóveis, por abuso e assédio familiar e problemas de saúde diversos, como cirrose hepática e tumores. Portanto, além de ser uma substância presente no cotidiano do brasileiro e altamente enraizada em nossa história, o álcool também causa dependência química, tendo uma relação com a violência e hospitalização. com isso, é de suma importância combater o vício e o uso em excesso. Nesse contexto, há uma relação direta entre a idade de início do consumo de álcool e o etilismo: quanto antes ocorrer a utilização, mais fácil se instaura a dependência química e os problemas de saúde são potencializados. De acordo com a pesquisa do “National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism'' sobre o “<em>underage drinking</em>”, quando a experimentação ocorre antes dos 14 anos, há 4 vezes mais chances de se desenvolver a dependência. Além disso, há diversas consequências sociais para o adolescente, como evasão escolar, introdução ao mundo das drogas, gravidez precoce, DST, violência, acidentes, perda de amizades, baixo desempenho escolar e físico. Vale ressaltar que os motivos que levam os adolescentes a consumir álcool se relacionam com o desejo de autonomia, influência do grupo de amigos (pressão e aceitação social), buscar novas experiências sem medir as consequências e abusos familiares. Dessa maneira, é de suma importância conscientizar e promover ações que visem informar os prejuízos precoce do uso precoce de álcool por jovens na faixa etária de 13-19 anos, atuando por meio da influência da escola na formação dos jovens. A partir disso, foi formulado a ideia geral do projeto: realizar uma pesquisa reflexiva sobre o consumo do álcool dos adolescentes e conscientizar os estudantes da escola parceira que trabalharemos. portanto, o presente estudo teve por finalidade informar e aos estudantes do colégio parceiro sobre os malefícios do consumo do álcool e a inicialização do etilismo através de palestras, dinâmicas de grupos e preparo de materiais específicos. Nesse contexto, foi aplicado o questionário Audit-C12 adaptado para a pesquisa, que nos permitiu coletar diversos dados sobre o uso de álcool pelos estudantes e, assim, as informações coletadas foram analisadas e a partir delas foram preparados métodos de intervenção específicos para o Colégio Salesiano.<br /><br /></p> Mércia Tancredo, Bernardo Savaya Lima, Vítor Siqueira Forjaz, Matheus Cerezer Quibáo Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63878 sex, 13 out 2023 00:00:00 -0300 Mapeamento das demandas de saúde das pessoas em situação de rua de Sorocaba https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63877 <p><strong>Introdução:</strong> a população em situação de rua é resultado de processos de exclusão, que produzem também uma exclusão do acesso à saúde. A demanda pela garantia do direito à saúde das pessoas em situação de rua é crescente – principalmente dado o aumento de indivíduos nesta situação desde o início da pandemia. Dado este contexto de vulnerabilidade, intensifica-se a importância do consultório na rua (CNAR) e outras políticas públicas voltadas à assistência a este grupo social. a cidade de Sorocaba teria direito à implementação de uma equipe de consultório na rua, porém, atualmente, não conta com esse serviço e o conhecimento a respeito das demandas reais em cada território ainda é limitado. <strong>Objetivo:</strong> esta pesquisa pretende compreender, subjetiva e objetivamente, as demandas em saúde da população em situação de rua de Sorocaba, mapear as queixas e avaliar a validade da implementação do consultório na rua. <strong>Metodologia:</strong> foram realizadas entrevistas, mediante à apresentação e coleta de assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, in loco. As regiões da cidade de Sorocaba foram divididas de acordo com as áreas de abrangência dos centros de referência de assistência social e visitados entre setembro de 2022 e julho de 2023. Os participantes foram questionados sobre as suas queixas relacionadas à saúde e estas foram classificadas de acordo com a classificação internacional da atenção primária 2 (CIAP-2). <strong>Resultados:</strong> foram realizadas 40 visitas em campo, que resultaram em 89 entrevistas. As regiões com maiores quantidades de pessoas em situação de rua participantes foram as áreas de abrangência do CRAS João Romão e Ipiranga e as queixas mais frequentes relatadas foram classificadas no capítulo psicológico do CIAP-2 (39,1%). Dentre essas, a demanda mais relevante encontrada foi a de abuso crônico de álcool e outras drogas. <strong>Conclusão:</strong> chama atenção o predomínio de queixas relacionadas à saúde mental. a itinerância e a longitudinalidade do CNAR parece ser essencial para a garantia de direitos e de acesso à saúde das pessoas em situação de rua. </p> Fábio Miranda Junqueira, Julia Bertier Pasqualin Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63877 sex, 13 out 2023 00:00:00 -0300 Pandemia da COVID-19 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63864 <p><strong>Introdução:</strong> o surgimento do novo coronavírus, SARS-CoV-2, alastrou-se de forma pandêmica, o que levou estados e municípios brasileiros a adotarem medidas de distanciamento social como estratégia para reduzir o número de casos e auxiliar no controle da doença. estas medidas atingem de forma diferenciada estratos populacionais e territórios, o que desencadeia uma elevação nos níveis de estresse psicológico da população em geral, especialmente da população infantil com transtornos mentais pré-existentes, como os portadores do transtorno do espectro autista (TEA). os portadores do TEA são caracterizados por déficits persistentes na comunicação verbal e não verbal, na interação social, além de dificuldades em vários domínios do desenvolvimento e das funções adaptativas. Assim, diante do exposto, o presente estudo transversal visa relacionar e investigar as alterações comportamentais e clínicas de crianças com espectro autista durante a pandemia do COVID-19 no ano de 2020/2021. <strong>Objetivo:</strong> apontar o impacto da pandemia da COVID-19 nas alterações comportamentais e clínicas de crianças brasileiras no espectro autista durante o período de agosto 2020 até março 2021, bem como relacionar ao uso de medicamentos psicotrópicos, as principais demandas dos pais e/ou responsáveis e ao perfil socioeconômico. <strong>Métodos:</strong> trata-se de um estudo transversal que coletou dados de 221 responsáveis de crianças brasileiras no transtorno do espectro autista cujas famílias foram contatadas remotamente, devido às condições da época, através de comunidades de apoio no Facebook®, principalmente o da “comunidade pró-autismo”, o que continha a maior quantidade de membros dentre as quais foram analisadas. o critério de inclusão foi idade entre 1-12 anos e o critério de exclusão foi idade menor que 1 e maior que 12 anos. Ademais, os pais e/ou responsáveis podiam responder o questionário apenas uma vez por criança. Os dados foram obtidos através de 31 questões enviadas via Google forms®, compondo um questionário que foi previamente avaliado por peritos e aceito pelo comitê de ética em pesquisa com seres humanos com código CAAE 44793221.3.0000.5373. <strong>Resultados:</strong> o estudo relatou que houve um acréscimo de 14,2% de crianças em uso de medicação psicotrópica no momento do isolamento social. Já em relação aos sinais e sintomas avaliados nos períodos anterior e durante a pandemia, assim como, as terapias auxiliares, observou-se redução de seus níveis, com destaque para: dificuldade para se comunicar (56,8%) e dificuldade para compreender informações (38,2%). Ainda, observou-se que as principais demandas solicitadas variavam com base no perfil socioeconômico familiar segundo a classificação ABEP (CCEB 2019-PNADC 2018). <strong>Conclusões:</strong> o presente estudo demonstrou que durante a pandemia, o aumento da dose do medicamento psicotrópico ocorreu para a estabilização dos sintomas diante da impossibilidade da realização das terapias e consultas presencias, sendo que este último contribuiu para redução dos diagnósticos. O isolamento pode ter contribuído para a redução das alterações clínicas e comportamentais características do TEA. </p> Carlos Von Krakauer Hübner, Lívea Athayde de Morais Ciantelli, Ana Sarah Rafka Haidar, Juliana Bara, Mariana Sussai Nonato, Matheus Lucena de Macedo Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63864 sex, 13 out 2023 00:00:00 -0300 Perinatalidade e saúde mental https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63862 <p><strong>Introdução:</strong> a perinatalidade é um momento delicado de transformações. Fatores de vulnerabilidade intensificam as fragilidades dessa transição e apresentam maior risco de descompensações e aberturas de quadros psiquiátricos. O período também é marcado por menor procura por serviços de saúde mental e menor investigação de sintomas, devido a uma negligência da saúde da mulher justificada pela atenção ao bebê. Diante destas fragilidades, somadas à dificuldade de tratar farmacologicamente, é importante entender as variáveis que modulam a experiência da maternidade. <strong>Relato dos casos:</strong> apresentam-se aqui um episódio depressivo grave agudizado pelo nascimento da segunda filha e o pré-natal de uma gestante com histórico de transtornos psiquiátricos. O primeiro caso foi acompanhado em consultas de psiquiatria em centro da atenção psicossocial, tratando-se de uma mulher de 27 anos, g2p2a0, com histórico de violência doméstica e histórico familiar de depressão, com queixas de tristeza, irritabilidade, pensamentos suicidas e impulsos agressivos voltados às filhas desde o nascimento da segunda filha. O segundo caso foi acompanhado em pré-natal de baixo risco, tratando-se de uma mulher de 37 anos, g8p4a3, com gestação não planejada e solicitação de laqueadura negada pela avaliação psicológica, previamente diagnosticada com transtorno de ansiedade generalizada e transtorno obsessivo compulsivo, em uso de fluvoxamina, que foi substituída por sertralina, com dificuldade de controle dos sintomas, pois a paciente faltou a consultas e não conseguiu acompanhar em serviço especializado. <strong>Discussão:</strong> os tratamentos e as tentativas de manejo foram adequados, dentro das condições, levando em consideração a individualidade das pacientes. as mulheres foram amparadas por ferramentas da atenção básica em momentos de descompensação. Estes casos evidenciam aspectos importantes da experiência da maternidade e seu potencial de fragilizar a saúde mental da mulher. São relevantes os contextos socioeconômico, ambiental, familiar e cultural, assim como antecedentes psiquiátricos e obstétricos, como moduladores dessa experiência. <strong>Conclusão:</strong> destacam-se a necessidade de abordar a saúde mental durante o planejamento reprodutivo, o pré-natal, o puerpério e ao longo da parentalidade. O desafio, porém, é atuar sobre os fatores de risco e prevenir tais impactos na saúde mental e suas consequências na maternidade.<br><br></p> Fernanda Figueredo de Oliveira Rozas, Julia Bertier Pasqualin Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63862 sex, 13 out 2023 00:00:00 -0300 Transtorno bipolar e demências https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63861 <p><strong>Introdução:</strong> o transtorno afetivo bipolar (TAB) é uma condição psiquiátrica com alterações graves do humor, incluindo episódios de depressão e elevação do humor (mania ou hipomania). Há dois tipos de TAB: tipo I com mania e tipo II com hipomania. TAB pode estar associado ao declínio cognitivo e demência.<br /><br /></p> Luiz Lippi Rachkorsky, Julia Mores Schumacher Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63861 sex, 13 out 2023 00:00:00 -0300 Retirada de corpos estranhos de cavidade gástrica após ingestão intencional de três celulares https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63860 <p><strong>Introdução:</strong> na população carcerária, a ingestão voluntária de corpos estranhos em adultos é mais frequente que na população geral. A ingestão de celulares é complexa devido ao risco de ulceração e perfuração estomacal provocada pela bateria. Corpos estranhos gástricos comumente são assintomáticos. o diagnóstico é baseado na história clínica, radiografia abdominal ou endoscopia. mais de 90% dos objetos ingeridos são eliminados espontaneamente. Entretanto, objetos com mais de 2,5cm de diâmetro têm baixa probabilidade de passar pelo piloro sendo necessária remoção endoscópica ou cirúrgica. O tratamento cirúrgico é indicado quando há sangramento, obstrução, perfuração e em casos de objetos pontiagudos ou de grande volume. <strong>Relato de caso:</strong> paciente, 26 anos, masculino, foi admitido no Conjunto Hospitalar de Sorocaba após identificação de três celulares em cavidade abdominal através de radiografia realizada durante a revista para entrada em presídio. O paciente referia ingestão intencional dos aparelhos há 3 dias. Chegou ao serviço em bom estado geral, negou dor, náuseas, vômito, febre ou alteração do hábito intestinal e sem alterações ao exame físico. A radiografia de abdome mostrou a presença de três corpos estranhos em quadrante superior esquerdo e a tomografia computadorizada de abdome contrastada, identificou sua localização na cavidade gástrica. Foi realizada laparotomia diagnóstica de emergência, com retirada de três celulares de cavidade gástrica, sem intercorrências. O paciente permaneceu estável durante o pós-operatório, sem complicações e recebeu alta hospitalar após 2 dias de internação, sendo encaminhado para acompanhamento ambulatorial. <strong>Discussão:</strong> conforme é previsto em literatura, os objetos ingeridos permaneceram alojados em cavidade gástrica impedidos de passar pelo piloro devido ao grande diâmetro. além disso, a conduta adotada segue o que é recomendado em literatura, com remoção imediata dos objetos através de intervenção cirúrgica, devido ao risco de complicações pela bateria e lesão esofágica associada à intervenção endoscópica. <strong>Conclusão:</strong> a conduta adotada segue o estabelecido pela literatura. Devido ao grande volume dos objetos ingeridos e risco de complicações devido à presença da bateria dos aparelhos, foi indicada a intervenção cirúrgica de emergência. </p> Ronaldo Antônio Borghesi, José Mauro da Silva Rodrigues, Camila Saori Okida, Bruno Bedeschi Casagrande Fonseca, Raphael Birindelli Guimarães Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63860 sex, 13 out 2023 00:00:00 -0300 As correlações neurobiológicas entre o tabagismo e a esquizofrenia https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63859 <p><strong>Introdução:</strong> a esquizofrenia é um transtorno mental grave, caracterizado por apresentar sintomas positivos e negativos e uma associação à baixa expectativa de vida atribuída a maiores ideações suicidas e aumento da incidência de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, as quais possuem como fator de risco o tabagismo, prática extremamente incidente nesta população se comparada à população geral. o tabaco, além de favorecer mecanismos de lesão endotelial, modula por meio de receptores nicotínicos diversas vias do sistema nervoso central gerando dependência e alterações neurofisiológicas compatíveis com mecanismos compensatórios às manifestações da esquizofrenia e de seu tratamento, sendo importante conhecer a neurobiologia envolvida nestas associações. relato de caso: paciente esquizofrênico de 31 anos, psiquicamente e farmacologicamente estável após quadros psicóticos recentes com amnésia lacunar e alto grau de dependência tabágica. <strong>Discussão:</strong> segundo a teoria dopaminérgica, ocorre na esquizofrenia a hiperativação da via mesolímbica, gerando os sintomas positivos, e a hipoatividade da via mesocortical, ocasionando os sintomas negativos. Antipsicóticos clássicos utilizados na terapêutica atuam de forma não seletiva bloqueando a totalidade das vias dopaminérgicas, resultando na melhora dos sintomas positivos e piora dos negativos. a nicotina por sua vez atuaria neste processo promovendo uma secreção temporária de neurotransmissores como a dopamina na fenda sináptica resultando em uma resposta compensatória à hipoativação global promovida pelos fármacos. Além disso, através deste mecanismo secretório seria capaz de melhorar sintomas atencionais regulando o potencial evocativo sensorial e de atuar sobre a subunidade α-7 dos receptores nicotínicos, ambos regulados por loci geneticamente associados à fisiopatologia da esquizofrenia. <strong>Conclusão:</strong> a relação entre o tabagismo e a esquizofrenia mostra-se extremamente complexa posto o papel paradoxal da nicotina, que apesar de melhorar um grupo de sintomas, traz malefícios importantes a longo prazo que afetam a expectativa de vida dos pacientes, fazendo-se necessários maiores estudos para avaliação de seu uso contínuo nesta condição. </p> Luiz Lippi Rachkorsky, Beatriz Marie Ghiotto Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63859 sex, 13 out 2023 00:00:00 -0300 Hidradenite supurativa e ciclo gravídico puerperal https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63858 <p><strong>Introdução:</strong> a hidradenite supurativa (HS) é uma doença cutânea crônica e inflamatória, associada a oclusão de folículos pilosos, que evolui em nódulos, abcessos e fístulas. presente em 0,41% da população, mais comum em mulheres, podendo ser concomitante com o ciclo gravídico-puerperal (CQP). o tratamento pode ser conservador (medicamentoso e cirúrgico) ou com aplicação dos anticorpos monoclonais anti-tnf alfa (como adalimumab). avaliamos os riscos e benefícios desses anticorpos em gestantes e puérperas, devido a passagem desses pela placenta e presença no leite materno. <strong>Relato:</strong> paciente, 38 anos, sexo feminino. relata lesões cutâneas, diagnosticadas como HS, com início aos 17 anos e grande piora nos últimos 3 anos. inicialmente, localizava-se nas regiões femorais internas e virilha, evoluindo para axila, nádegas e região femoral posterior. As lesões apresentam regiões hipercrômicas decorrentes de cicatrização e outras em processo inflamatório, com evolução coalescente das lesões e presença de abcessos e fístulas. Na primeira gestação, com 21 anos, havia menor quantidade de lesões e não houve empecilho para o parto vaginal. Recentemente, teve seu segundo filho, que nasceu por via vaginal sem intercorrências. como antecedentes familiares, relata que sua mãe, tia e 3 primas possuem a doença. Tem 6 irmãos e uma irmã e nenhum deles possui essa patologia, assim como seus filhos. <strong>Discussão:</strong> o caso é relevante, pois baseou-se em tratamento conservador, ao invés do uso do anticorpo monoclonal. a paciente possuía lesões graves, em estágio III de Hurley, e já passou por intervenções cirúrgicas e medicamentosas, com melhora provisória. apesar disso, evoluiu sem grandes complicações no CQP, incluindo o estado de saúde e amamentação do filho. Atualmente, estuda-se a aplicação de agentes biológicos como terapêutica alternativa em pacientes sem resposta ao tratamento convencional. O mais utilizado é o adalimumab, o qual se liga a citocina TNF. Há um receio do uso deste em gestantes e lactantes, mas os resultados de pesquisas não evidenciam danos fetais. Há indícios de que lactente podem estar sujeitos a maior risco de infecção e recomenda-se que o uso de vacinas vivas deva ser postergada em 5 meses após a última administração do agente biológico à mãe. <strong>Conclusão:</strong> HS pode atingir gestantes e puérperas, podendo interferir na via de parto e na amamentação. O tratamento deve ser conservador nos casos mais leves, sendo o uso de anticorpos monoclonais, como o adalimumab, restrito aos casos com estadiamento mais avançado.</p> Nelson Pedro Bressan Filho, Isabella Pacifico Hildebrandi, Bruna Calzzetta, Renato José Bauer, Giulia de Moraes Grilo Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63858 qui, 19 out 2023 00:00:00 -0300 Glomerulonefrite “não tão” rapidamente progressiva https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63857 <p><strong>Introdução:</strong> a doença anti-membrana basal glomerular (anti-MBG) é uma forma rara de vasculite de pequenos vasos que atinge os capilares pulmonares, glomerulares ou ambos. essa condição é causada pela deposição de autoanticorpos circulantes na membrana basal alveolar e glomerular. trata-se de uma doença rara, com uma incidência de menos de 0,5 a 1 caso por milhão de indivíduos por ano na população europeia. Pacientes com menos de 30 anos têm maior propensão a apresentar sangramento pulmonar, enquanto aqueles com mais de 50 anos tendem a desenvolver glomerulonefrite isolada. O principal alvo da resposta autoimune na doença anti-MBG foi identificado como o domínio não-colagenoso (NC1) da cadeia alfa 3 do colágeno tipo IV (A3[IV]NC1), sendo conhecido como o "autoantígeno de Goodpasture". O padrão clínico da doença rim-pulmão reflete a expressão limitada deste antígeno nas membranas basais do glomérulo e dos capilares alveolares. Os pacientes tipicamente (80-90%) se apresentam com achados de uma glomerulonefrite rapidamente progressiva (GNRP), embora na doença antiMBQ a deterioração possa ser ainda mais rápida, em dias a semanas. entre 40-60% dos pacientes desenvolverão hemorragia alveolar difusa concomitante, apresentando sintomas como dispneia, tosse, hemoptise ou falência respiratória grave. O tratamento padrão para a doença anti-MBG consiste na combinação de plasmaférese, que permite a remoção rápida de autoanticorpos, juntamente com o uso de ciclofosfamida e corticosteroides. Essa abordagem tem como objetivo prevenir a produção futura de autoanticorpos e melhorar a inflamação nos órgãos afetados.<br /><br /></p> Enio Marcio Maia Guerra, Juliana Bara, José Henrique Carvalho Gandini de Souza Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63857 sex, 13 out 2023 00:00:00 -0300 Hemoglobinúria paroxística noturna https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63856 <p><strong>Introdução:</strong> a hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) é uma doença rara e de difícil diagnóstico causada por mutações somáticas espontâneas no gene PIG-A no cromossomo X. <strong>Objetivo:</strong> relatar o caso e a evolução no tratamento de um paciente com HPN. <strong>Métodos:</strong> as informações foram obtidas por meio de história clínica, exame físico e exames subsidiários.<br><br></p> Juliana Moreira Assis, Túlio César Pereira Santos Filho Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63856 sex, 13 out 2023 00:00:00 -0300 Síndrome da pele escaldada estafilocócica em lactente https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63854 <p><strong>Introdução:</strong> a síndrome de pele escaldada estafilocócica (SPEE) é uma doença dermatológica causada pelo staphylococcus aureus do grupo ii tipo 71 que acomete crianças até 5 anos de idade. as exotoxinas a/b/d produzidas pelo agente causam o desprendimento da camada granulosa da epiderme, o que resulta em exantema escalatiforme difuso, bolhas flácidas e, por último, lesões descamativas de grandes áreas da pele. o diagnóstico da SPEE é essencialmente clínico e o tratamento inclui o uso de pomada de mupirocina e de antibioticoterapia anti-estafilocócica sistêmica, usualmente a oxacilina. a corticoterapia é contraindicada na SPEE, pois pode aumentar a toxemia e as complicações. <strong>Relato do caso:</strong> paciente, sexo masculino, 7 meses de idade, sem internações anteriores. iniciou quadro de eritema perioral associado a dificuldade de lactância, com progressão para lesões eritematosas exacerbadas em tórax, região de comissura nasolabial, região inguinal e perineal, poupando palma de mãos, planta dos pés, mucosa oral, conjuntiva e nasal. as lesões evoluíram com descamação e formação de crostas em diferentes estágios pelo corpo. na internação foi iniciado antibioticoterapia, com melhora progressiva do quadro. após 5 dias recebeu alta hospitalar com manutenção da antibioticoterapia e encaminhamento para serviço de dermatologia.<br><strong>Discussão:</strong> o diagnóstico diferencial da SPEE com outras doenças bolhosas, como a necrólise tóxica epidérmica, depende da anamnese, das características das lesões eritematosas e do padrão de clivagem epidérmica na biópsia. no caso do paciente, a anamnese e as características das lesões eram típicas de SPEE, o que indicou o início imediato de antibioticoterapia na internação. inicialmente foi escolhido a vancomicina, porém ela é recomendada nos casos de suspeita de superinfecção ou de alergia à penicilina, o que não se aplicava ao paciente. por conta da perda do acesso periférico e da grande extensão das lesões, optou-se por realizar terapia via oral com cefadroxila, uma cefalosporina com boa ação contra <em>staphylococcus aureus</em>. associada à antibioticoterapia foi feito o uso tópico de pomada de mupirocina, que possui alta eficácia contra <em>staphylococcus aureus</em>. <strong>Conclusão:</strong> é necessário ter a suspeita de spee diante de eritema e descamação cutânea para realizar diagnóstico e tratamento precoces, evitando infecções secundárias e outras complicações.<br><br></p> Izilda das Eiras Tâmega, Sofia Paula Barros Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63854 sex, 13 out 2023 00:00:00 -0300 Segurança de pacientes com doença renal crônica em clínicas de hemodiálise no nordeste do Brasil https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63797 <p><strong>Objetivo: </strong>analisar a segurança do paciente em clínicas de hemodiálise no Nordeste do Brasil. <strong>Métodos:</strong> Participaram 181 profissionais de enfermagem de 11 clínicas de hemodiálise de Fortaleza, Brasil. A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de ficha de caracterização sociodemográfica e da Escala de Avaliação da Segurança do Paciente para Pacientes Crônicos em Hemodiálise. Foram realizadas análises descritivas das variáveis quantitativas e testes estatísticos Qui-Quadrado e Razão de Verossimilhança. <strong>Resultados:</strong> O estudo mostrou que 165 (91,2%) sujeitos receberam práticas de cuidado seguras, enquanto 16 (8,8%) receberam práticas de cuidado inseguras, provenientes de duas (18%) clínicas de hemodiálise. Houve associação significativa entre jornada de trabalho (p=0,017) e participação em treinamentos sobre segurança do paciente (p=0,005) e práticas assistenciais. <strong>Conclusão:</strong> Foram identificadas práticas não conformes de segurança do paciente, associadas a fatores sociodemográficos da equipe de enfermagem. São necessárias intervenções direcionadas para melhorar a segurança dos pacientes nestes ambientes.</p> Magda Milleyde de Sousa Lima, Cristina da Silva Fernandes , Marina Guerra Martins, Deannynne Perdigão Mineiro , Natália Ângela Oliveira Fontenele, Lívia Moreira Barros , Paulo César de Almeida , Joselany Áfio Caetano Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63797 seg, 18 dez 2023 00:00:00 -0300 Profilaxia pré-exposição ao HIV https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63470 <p>A disseminação do vírus da imunodeficiência humana continua sendo uma preocupação de saúde no Brasil e no mundo. Várias e importantes medidas vêm sendo tomadas ao longo dos anos para conter novos infectados. Recentes estratégias de prevenção surgem como ferramentas adicionais no enfrentamento dessa disseminação. A prevenção combinada em combate ao vírus, surge na tentativa de maiores reduções de sua transmissão, ao combinar estratégias biomédicas, comportamentais e estruturais. A profilaxia pré-exposição consiste em que um indivíduo sem estar infectado, utilize a terapia antirretroviral para impedir a contaminação. A Organização Mundial da Saúde recomenda o uso da profilaxia pré-exposição desde 2012 e atualmente sugere que ela seja considerada para todos os indivíduos sob risco substancial de adquirir o vírus. A motivação, para compreender o comportamento das pessoas que procuram por essa profilaxia, tornou possível a realização desta pesquisa, a fim de identificar as características sociodemográficas e descrever seu comportamento, analisar a adesão terapêutica à terapia antirretroviral para a profilaxia pré-exposição e apontar algumas causas para a falta de adesão ao programa. Isto ocorreu na implantação do programa de profilaxia pré-exposição no serviço especializado em um município paulista. Foi acompanhada a participação de 60 pessoas cadastradas no ano de 2019.</p> Priscila Rangel Dordetto, Gleidjane Maciel Della Cruz, Helena Ferreira Solla Costa Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63470 ter, 23 jan 2024 00:00:00 -0300 Efeito da postura prona no manejo de pacientes não intubados com insuficiência respiratória aguda ocasionada pela SARS-CoV-2 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63395 <p>A pandemia de SARS-CoV-2, mais conhecida como COVID-19, trouxe grandes desafios à equipe multiprofissional no que se refere ao cuidado desses pacientes<strong>. </strong>Podendo se agravar, essa doença chega a causar a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). Algumas condições que influenciam no risco de gravidade da doença são idade avançada, comorbidades e sexo masculino. Estudos relataram que a postura prona é utilizada para tratar insuficiência respiratória aguda hipoxêmica em pacientes com COVID-19 não intubados, atuando através da melhora da troca gasosa. Estudos apontam a necessidade de identificar subpopulações de pacientes com SDRA devido à COVID-19 que podem se beneficiar da postura prona ativa. <strong>Objetivo</strong>: verificar os efeitos da postura prona ativa e sua relação com gênero, comorbidades, faixa etária, comprometimento pulmonar, escore APACHE e dias de internação na UTI. <strong>Método:</strong> trata-se de um estudo observacional, transversal e retrospectivo, realizado por meio de análise dos prontuários. Os pacientes foram classificados de acordo com a realização ou não da postura prona ativa durante o período de internação na UTI. <strong>Resultado:</strong> foi constatado que existe uma diferença significativa entre as distribuições de frequências do gênero nos dois grupos (p=0.019). O grupo que realizou a postura prona ativa foi composto majoritariamente por pacientes do gênero masculino (70%). Existe diferença significativa entre os escores APACHE nos dois grupos (p=0.03). Existe diferença significativa entre o tempo de internação na UTI entre os grupos (p=0.04). Nenhum paciente foi intubado ou a óbito. <strong>Conclusão:</strong> a postura prona ativa pode ser um procedimento seguro e factível.</p> Renata Escorcio, Luiza Barreto Andrade, Emília Brollo Guedes, Luciane Frizo Mendes Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63395 sex, 17 nov 2023 00:00:00 -0300 Perfil de prescrição de benzodiazepínicos entre professores de medicina https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63375 <p>Os benzodiazepínicos (BZD), introduzidos na prática clínica na década de 1950, estão entre as medicações mais utilizadas no mundo, apesar dos efeitos colaterais. <strong>Objetivo</strong>: conhecer o perfil de prescrição de BZD entre docentes médicos e s<strong>ensibilizar os prescritores de BZD</strong> sobre os riscos associados ao seu uso. <strong>Métodos:</strong> estudo quantitativo e qualitativo, exploratório, transversal e com ação educativa, com aplicação de um questionário semiestruturado, organizado com páginas de perguntas alternadas com páginas com conteúdo informativo sobre a prescrição dos BZD. Todos os docentes médicos de um curso de medicina foram convidados a responder o questionário online (Google Forms®). <strong>Resultados: </strong>148 docentes receberam o questionário, 75 responderam (50,7%; 43 homens). Tempo de exercício da medicina 30,9 ± 10,9 anos (média ± DP), 38 clínicos, 10 pediatrias, 8 cirurgiões, 6 ginecologistas/obstetras, 3 epidemiologistas, 3 psiquiatrias, 3 ortopedistas, 2 médicos de família e comunidade, 1 radiologista e um anestesiologista. Trabalham no SUS 62,6%; no sistema de saúde privado 68%, apenas atividades acadêmicas 20%. Entre os participantes, 75% prescrevem BZD, predominantemente para insônia, ansiedade, crise de pânico e dor crônica. Sonolência (78,6%), amnésia (62,6%) e confusão mental (53,3%) foram os efeitos colaterais mais reconhecidos; 48% referiram fazer retirada gradual programada dos BZD e orientar terapia alternativa ou complementar. Mais de 80% dos participantes consideraram útil e importante receber as informações científicas que permearam o questionário. <strong>Conclusão:</strong> a maioria dos participantes prescrevem BZD e reconhecem seus efeitos adversos, com indicação de outros tratamentos O modelo de pesquisa educativa foi bem aceita e elogiada pelos participantes.</p> Rafaella Dourado Lima, Ana Lúcia Cabulon, Júlia Martins do Amaral, Beatriz Moreti Bellenzani, Clarissa Garcia Custódio, Maria Valéria Pavan Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63375 sex, 17 nov 2023 00:00:00 -0300 Índice de Mentzer como adjuvante no diagnóstico diferencial da talassemia beta heterozigota e anemia ferropriva https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63300 <p>O objetivo do presente estudo foi analisar o Índice de Mentzer como adjuvante no diagnóstico do traço talassêmico da beta-talassemia, visto que, na sua forma homozigota a talassemia beta possui clínica distinta da anemia ferropriva ou ainda do traço beta-talassêmico, culminando em uma anemia hemolítica com sintomas de hemólise excessiva cursando com esplenomegalia, anemia com deficiência de hemoglobina importante, hiperplasia de medula óssea e, em alguns casos, necessidade iminente de transfusão sanguínea. Trata-se de uma revisão integrativa sobre o índice de Mentzer. Procedeu-se uma revisão bibliográfica nas bases de dados eletrônicas PUBMED, SciELO e Periódicos CAPES entre 2016 e 2021. Foram incorporados no presente estudo 12 manuscritos a serem revisados os quais necessitavam relacionar o índice de Mentzer a diferenciação de traço de beta-talassemia de anemia ferropênica. Após leitura e análise dos artigos relacionados para este estudo mostrou-se que o índice de Mentzer pode ser recomendado para diferenciação entre as duas patologias com uma boa sensibilidade e especificidade para o traço relacionado a beta-talassemia, entretanto, em caso de dúvidas entre anemia ferropênica e beta-talassemia deve ser realizado um estudo com eletroforese de hemoglobinas. Portanto, conclui-se que na ausência da possibilidade da realização de uma eletroforese de hemoglobinas ou análise de hemoglobina por HPLC pode ser utilizado o índice de Mentzer para diferenciação entre anemia ferropênica e o respectivo traço beta-talassemico e início ao tratamento, contudo, cabe ressaltar que na ausência de resposta a terapia a eletroforese de hemoglobinas ou análise de hemoglobina por HPLC torna-se exame indispensável.</p> Eduardo Roman Pedro, Cristiane da Silva Rodrigues Araujo , Guilherme Loronha Bertoncelo , Luciano Oliveira Siqueira Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63300 seg, 18 dez 2023 00:00:00 -0300 Capacitação médica individualizada em dor musculoesquelética generalizada na atenção primária à saúde https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63109 <p><strong>Introdução: </strong>A dor musculoesquelética é um dos principais motivos de procura por consulta médica no nível de atenção primária à saúde. Considerando-se a organização do Sistema Único de Saúde, a maioria dos casos devem ser solucionados na atenção primária, para isso, o médico generalista deve estar capacitado para atender a essa demanda. <strong>Objetivo: </strong>avaliar uma estratégia educativa individualizada para médicos da atenção primária à saúde sobre dor crônica musculoesquelética. <strong>Métodos:</strong> Pesquisa exploratória do tipo estudo de casos com análise combinada qualitativa e quantitativa. Seis médicos da Estratégia de Saúde da Família foram submetidos à avaliação direta pelo examinador reumatologista. Atenderam 23 e 20 pacientes com dor musculoesquelética no pré-teste e pós-teste, respectivamente, em seu próprio ambiente de trabalho. Houve intervenção educativa individualizada realizada pelo reumatologista. Foram utilizados para coleta de dados o formulário Mini-CEX, um <em>check-list</em> em dor crônica musculoesquelética, questionário socioeconômico e profissional e entrevista sobre a percepção dos médicos quanto à capacitação. <strong>Resultados: </strong>após a intervenção educativa, observou-se melhora no atendimento nas áreas de exame físico, manejo do paciente, resolução de problemas e relacionamento com pacientes. A capacitação foi bem aceita pelos profissionais participantes que relataram melhora na confiança em diagnosticar e tratar a dor musculoesquelética crônica e sugeriram, inclusive, a extensão deste método de educação. <strong>Conclusões: </strong>A capacitação individual dos médicos generalistas pelo reumatologista resultou, a curto prazo, em melhoria no atendimento a portadores de dor crônica musculoesquelética generalizada.</p> Lilian Ferreira de Lima Giovanini, Cibele Isaac Saad Rodrigues, José Eduardo Martinez Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63109 sex, 17 nov 2023 00:00:00 -0300 Maturação sexual e sua relação com o excesso de peso entre escolares brasileiros https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63043 <p><strong>Objetivo:</strong> investigar a associação da maturação sexual com o excesso de peso corporal em escolares brasileiros adolescentes de 12 a 17 anos participantes do Estudo de Risco Cardiovascular em Adolescentes. <strong>Método: </strong>Trata-se de um estudo transversal que utilizou a base de dados do Estudo de Risco Cardiovascular em Adolescentes (ERICA), realizado nos anos de 2013 e 2014. Para comparar as variáveis quantitativas entre os grupos, foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis. As associações entre as variáveis qualitativas foram avaliadas pelo teste Qui-quadrado de Pearson. Para associação entre o excesso de peso e o estadiamento de Tanner foi realizada regressão logística univariada e multivariada por stepwise forward. <strong>Resultados:</strong> Foi identificado o estadiamento puberal precoce em 45,4% das meninas e em 46,3% dos meninos. A prevalência do excesso de peso foi de 23,8% (IC95% 23,4-24,2) e 25,2% (IC95%24,7-25,7) nas meninas e meninos, respectivamente. As meninas no estágio puberal precoce apresentaram 1,32 vezes mais chance de ter excesso de peso (IC95% 1,19-1,59) e meninos tiveram 1,32 vezes mais chance excesso de peso no estágio puberal precoce (IC95% 1,18-1,50). <strong>Conclusão:</strong> Adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos, de ambos os sexos, que apresentaram maturação sexual precoce possuem maior chance de ter excesso de peso, o que corrobora com os achados de outras pesquisas, mostrando a importância de se considerar a maturação sexual no momento da avaliação do estado nutricional.</p> Gabriela Oliveira, Fernanda Garcia Gabira Miguez, Maiara Sandre Fonseca , Susana Bubach, Elizabete Regina Araújo Oliveira Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63043 seg, 18 dez 2023 00:00:00 -0300 Significado do novo Qualis A4 (Avaliação CAPES 2017-2020) para a Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63039 Fernando Antônio de Almeida Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/63039 qui, 17 ago 2023 00:00:00 -0300 O paciente renal crônico no contexto da saúde e desigualdade social https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62827 <p>Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia cerca de 133 mil pessoas dependem de dialise, taxa que cresceu 100% nos últimos dez anos. Anualmente, mais de 20 mil pacientes entram em hemodiálise por ano, com uma taxa de mortalidade em 15%. Com o estudo proposto buscou-se discutir como as desigualdades que permeiam a sociedade influenciam na acessibilidade e experiência de cada paciente com doença renal crônica, sob tratamento de hemodiálise. Trata-se de estudo qualitativo, exploratório, transversal tendo como referencial teórico a teoria das Representações Sociais e metodológico o Discurso do Sujeito Coletivo. Pretende-se que os resultados permitam ampliar a compreensão dos impactos da realidade e de seu atendimento em saúde no contexto da desigualdade social, com vistas a qualificar sua assistência, considerando os princípios da política de saúde vigente.</p> Jaqueline Almeida Costa, Leni Boghossiam Lanza Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62827 sex, 17 nov 2023 00:00:00 -0300 Homo digitalis https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62700 <p style="font-weight: 400;"><em>Homo digitalis</em> se refere ao homem modificado pela tecnologia. A realidade virtual (RV) e a realidade aumentada permitem ver o mundo sob a perspectiva de outras pessoas, sendo chamadas de “a máquina de empatia”. <strong>Objetivo:</strong> analisar como a RV pode ser usada na psiquiatria e na educação médica para promover empatia. <strong>Método:</strong> realizou-se uma revisão narrativa nas plataformas Medline e Embase, Google Scholar, listas de referências de artigos e em sítios eletrônicos de tecnologia. Artigos em inglês e francês foram selecionados, sem limites temporais para a busca. <strong>Resultados:</strong> uma revisão de 66 referências demonstrou que a RV pode gerar mudanças cognitivas, emocionais e comportamentais positivas, especialmente em relação a indivíduos de grupos diferentes. As narrativas imersivas com RV facilitam a compreensão empática, colocando o usuário na perspectiva de outra pessoa. A RV também está associada a jogos aplicados e estudos funcionais de atividade cerebral, que indicam potencial para gerar mudanças comportamentais positivas. Estudos maiores e ensaios clínicos são necessários para validar a efetividade dos desfechos e garantir o uso seguro e ético da tecnologia. <strong>Conclusão:</strong> a revisão demonstrou resultados promissores e um olhar otimista da RV como ferramenta para gerar empatia e promover o bem-estar mental.</p> André Luiz Schuh Teixeira da Rosa, Daniel Tornaim Spritzer, Nino Cesar Marchi, Andressa Goldman Ruwel, Lara Helena Zortea, Félix Henrique Paim Kessler Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62700 qui, 17 ago 2023 00:00:00 -0300 Persistência hereditária da hemoglobina fetal em adultos https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62540 <p><strong>Relato de caso: </strong>Paciente de 24 anos, sexo masculino, estudante de curso superior, com achado laboratorial que evidencia alto nível quantitativo de hemoglobina fetal, porém sem prejuízo clínico ao mesmo e ausência de outras hemoglobinopatias associadas. À eletroforese de hemoglobina foi verificada a presença de 27,3% de HbF, com ausência de HbS e HbC, além de quantidade diminuída de HbA(70%), cujo valor referencial para adultos saudáveis é &gt;95%. Além disso, encontramos níveis esperados de HbA2 e ausência de alterações qualitativas e quantidades em série vermelha do Hemograma. As informações foram obtidas através de anamnese e entrevista com o paciente, revisão seriada de exames laboratoriais, inclusive de eletroforese de hemoglobina através de cromatografia líquida de alta perfomance, revisão de literatura médica e registros fotográficos da saturação de oxigênio no sangue através de oximetria de pulso do paciente durante exercício físico. <strong>Discussa</strong><strong>̃o: </strong>Não foram observadas alterações quantitativas e qualitativas nos índices hematimétricos do paciente nem queda de performance durante o exercício físico vigoroso. <strong>Conclusa</strong><strong>̃o: </strong>Não houveram evidências que demonstrassem prejuízo clínico para o paciente com a condição. Evidencia-se que o achado laboratorial da persistência hereditária de síntese da hemoglobina fetal seja importante para o estudo de seus mais variados genótipos e fenótipos de apresentação, todavia é pertinente corroborar seu caráter clínico benigno para o paciente.</p> Rafael Silva Severino Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62540 sex, 17 nov 2023 00:00:00 -0300 Perfil e resistência microbiana em sítios pós-operatórios de cirurgias de urgência em hospital de referência da Amazônia Ocidental https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62538 <p>Infecções de sítio cirúrgico ocorrem na incisão cirúrgica ou na proximidade em até 30 dias ou em até 90 dias se o material protético for implantado na cirurgia, mas também podem se estender para estruturas adjacentes mais profundas e, dependendo da gravidade, sistêmicas. Objetivo: determinação do perfil e a resistência microbiana em feridas pós-operatórias de cirurgias de urgência. Métodos: estudo epidemiológico, prospectivo, descritivo em hospital de referência da Amazônia Ocidental. O período compreendeu 2019 até 2021 com interrupções de acordo com o nível de isolamento social estabelecido. Foram selecionados pacientes que apresentaram infecção de sítio cirúrgico diagnosticada pelos médicos submetidos a cirurgias não eletivas do aparelho digestivo, órgãos anexos e parede abdominal; independente do sexo; e acima dos 18 anos. Das amostras coletadas foram identificados os agentes etiológicos e a suscetibilidade antimicrobiana. Resultados: do total de 605 cirurgias, a taxa de infecção hospitalar foi de 3,30%. Bactérias Gram-negativas como Klebsiella spp. e Escherichia spp. foram comumente isoladas. As classes de antimicrobianos que as bactérias isoladas e identificadas no estudo mais apresentaram resistência foram as penicilinas e inibidores de beta-lactamases; em todas as amostras investigadas houve microrganismos resistentes a esses medicamentos. Em contrapartida, as bactérias identificadas apresentaram maior sensibilidade aos antimicrobianos pertencentes às classes das cefalosporinas de 3ª e 4ª gerações e carbapenêmicos. Conclusões: a maioria das bactérias isoladas foram bacilos Gram-negativos e anaeróbios, entre os quais foram identificadas cepas multirresistentes em várias amostras, destacando, assim, a necessidade de aprimorar as medidas de controle de disseminação desses microrganismos no ambiente hospitalar.</p> Filippo Romano, Ana Julia Omodei Rodrigues Martim, Raissa Santos Reimann, João Gabriel Muniz Kisner, Juliana Jeanne Vieira de Carvalho, Felipe Gomes Boaventura, Diego Antônio de Almeida Nunes, Viviane Krominski Graça de Sousa Copyright (c) 2024 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62538 qua, 29 mai 2024 00:00:00 -0300 Pênfigo vulgar sobre cicatrizes de mamoplastia de aumento com próteses mamárias e de abdominoplastia clássica em paciente https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62416 <p>O pênfigo vulgar (PV) é uma dermatose que acomete pele e mucosas. Sua incidência é de dois novos casos/milhão de habitantes/ano na Europa Central. É conhecido por ser multifatorial e envolve interação entre predisposição genética e fatores ambientais. Este estudo relata um raro caso de PV pós cirurgia plástica. Apresentamos o caso de uma mulher de 51 anos com deiscência de sutura no pós-operatório de mamoplastia com prótese e abdominoplastia e, posteriormente, surgimento de lesões bolhosas nas cicatrizes. Essas lesões foram posteriormente diagnosticadas como PV. A paciente evoluiu com melhora das lesões após corticoterapia. Ressalta-se também que a paciente apresentou COVID-19 durante a internação, um fator conhecido de exacerbação do pênfigo, porém sem piora das lesões e com regressão completa do quadro infeccioso após tratamento. <strong> </strong>A evolução clínica do PV pode se limitar ao acometimento mucoso ou evoluir para a pele. Formam-se grandes áreas erodidas, exsudativas, sangrantes, confluentes, dolorosas e sem tendência à cicatrização. O acometimento cutâneo pode ocorrer em qualquer local, sendo mais comum no couro cabeludo, tronco, abdome e flexuras.</p> Lucas Ribeiro Canedo, Brenner Dolis Marretto de Moura , Bárbara Matsumoto Lima, Ivam Pereira Mendes Neto, Damião Marcelo Pontes Feitosa, Carmélia Matos Santiago Reis Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62416 seg, 18 dez 2023 00:00:00 -0300 Inteligência artificial para planejamento de tratamento e auxílio na escassez de profissionais em radioterapia https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62391 <p>O tratamento com radioterapia pode ser relativamente barato e altamente eficaz, reduzindo o custo geral dos cuidados de saúde, bem como salvar vidas de pacientes com câncer. Para enfrentar os desafios impostos por tarefas laboriosas e falta de mão-de-obra na radioterapia, o uso de modelos baseados em inteligência artificial, para reduzir os tempos de planejamento de tratamento em até 95%, pode ser uma estratégia promissora. Um exemplo de tal ferramenta, denominada RapidPlan (Varian Medical Systems, Palo Alto-CA), pode ser adquirida com o investimento de uma fração do custo do sistema de planejamento de tratamento. O suporte do RapidPlan durante o planejamento do tratamento pode resultar em um aumento considerável na qualidade do plano, reduzindo a variabilidade e o tempo de planejamento. O objetivo desta dissertação foi estimar o ponto de equilíbrio a partir do qual o tempo economizado durante o tempo de tratamento pagaria o investimento inicial no RapidPlan. Pela avaliação dos dados publicados, pode-se concluir que o RapidPlan pode beneficiar amplamente as instituições de radioterapia, agilizando o processo de planejamento do tratamento e o ponto de equilíbrio começou a ser alcançado após o tratamento de 112 a 2688 pacientes, dependendo dos tipos de câncer tratados para cada grupo. Portanto, é possível prever um retorno do investimento em um tempo razoável e, ao mesmo tempo que se usufrui de ganhos em eficiência e potencial mitigação da falta de pessoal e experiência em planejamento de tratamento.</p> Francisco Roberto Cassetta Júnior, Felipe Orsolin Teixeira Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62391 sex, 17 nov 2023 00:00:00 -0300 Glomerulopatia por IgA com crescentes fibrocelulares e associada à psoríase https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62292 <p>Alguns estudos têm demonstrado uma ligação entre glomerulonefrite por IgA e psoríase e/ou uso de drogas anti-TNF. Descrevemos o caso de um paciente com artrite psoriática, em uso de anti-TNF por quatro anos, que apresentou nefropatia por IgA agravada por crescentes na biópsia renal e insuficiência renal necessitando de hemodiálise. Após a realização de terapia com metilprednisolona IV e três meses de corticoide oral, houve melhora significativa na função renal e proteinúria. O tratamento de diálise foi interrompido e tratamentos com SGLT-2 inibidores foram iniciados.</p> Rafael Naufel de Sá Rebelo, Rafael Yuri Sano, Nathália Figueiredo de Oliveira, Maria Almerinda Vieira Fernandes Ribeiro Alves , Sérgio Ricardo Rocha de Araújo , Ronaldo D'Ávila Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62292 qui, 17 ago 2023 00:00:00 -0300 Tendências e diferenciais na ocorrência de cesarianas no Estado de Santa Catarina a partir dos Grupos de Robson https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62153 <p><strong>Objetivo: </strong>Estudar a ocorrência e identificar tendências na distribuição das cesarianas ocorridas no Estado de Santa Catarina de acordo com os grupos de classificação de Robson, entre 2014 e 2019. <strong>Método:</strong> Estudo transversal que incluiu todos os registros de microdados de partos e nascimentos do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos do Ministério da Saúde no período supracitado. Foram realizadas análises de tendência temporal da ocorrência de cesarianas em cada um dos 10 grupos de Robson e suas respectivas taxas e contribuições. Essas foram ainda analisadas quanto a distribuição entre as sete macrorregiões de saúde do estado. <strong>Resultados:</strong> A taxa geral de cesariana foi de 58,3% (IC95%: 58,1; 58,4), variando de 60,5% em 2014 a 57,4% em 2019. Teve destaque a macrorregião da Grande Oeste com a maior taxa geral de cesariana (67,9%). O grupo 5 (mulheres com cesariana prévia) e o grupo 2 (nulíparas com cesariana eletiva) apresentaram as maiores taxas individuais e contribuições para a taxa geral de cesariana. Enquanto o grupo 5 demonstrou tendência ascendente, o grupo 2 reduziu sua contribuição na taxa geral de cesariana no período. <strong>Conclusão:</strong> Observou-se redução discreta na ocorrência das cesarianas ao longo dos anos. Mulheres dos grupos 2 e 5 representam os principais grupos-alvo para intervenções visando a redução de cesarianas desnecessárias no Estado.</p> Pâmela Roberta Rocha da Silva, Karla Pereira Machado, Tatiane Nogueira Gonzalez, Marcos Freitas Cordeiro, Adriana Fiala Kramer Machado, Bruna Natália Rausch, Luana Patricia Marmitt Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62153 sex, 17 nov 2023 00:00:00 -0300 Força de pés e mãos e a relação da independência em idosos https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62016 <p>A fragilidade em idosos é uma condição multifatorial muito comum, é influenciada por perturbações de marcha e problemas no equilíbrio resultando em quedas e perda de independência, principalmente em mulheres. <strong>Objetivo:</strong> O objetivo do presente estudo é analisar a relação dos distúrbios da marcha, dos problemas de equilíbrio, da fragilidade e da força de preensão manual com a queda em idosos, além da importância da prática de atividades físicas para auxiliar no processo de manutenção destas valências. <strong>Método:</strong> Para isso, realizou-se uma revisão sistemática nas bases de dados <em>ScienceDirect, SciELO e MEDLINE/PubMed</em> utilizando descritores e operadores booleanos para otimizar a busca, com o objetivo de avaliar e reunir informações sobre quedas, fragilidade, força de mãos, equilíbrio postural e articulações dos pés e tornozelos de idosos. <strong>Resultados</strong>: Foram encontrados 2005 artigos, destes, 80 artigos foram lidos na sua íntegra, sendo que 31 atenderam os critérios de elegibilidade e foram incluídos na presente revisão. <strong>Conclusão</strong>: Concluiu-se que estes distúrbios estão relacionados com redução de sobrevida e independência nas atividades diárias.</p> Lia Hausen, Joana Cortelete Fuhr, Maria Eduarda Kegler Ramos, Luciano Oliveira Siqueira Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62016 sex, 17 nov 2023 00:00:00 -0300 Pré-eclâmpsia https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62015 <p><strong>Objetivos: </strong>Avaliar o conhecimento em relação à pré-eclâmpsia e sua prevenção entre médicos obstetras e residentes de obstetrícia e ginecologia. <strong>Materiais e métodos: </strong>O estudo será realizado por meio da aplicação de um questionário que abordará temas relacionados à prevenção da PE. Este questionário será entregue para médicos residentes de ginecologia e obstetrícia e para médicos obstetras que assistem pacientes com risco para PE. <strong>Resultados: n</strong>enhum dos participantes (0%) citou todos os fatores de alto risco para pré-eclampsia e apenas 5,41% dos participantes citou todos os critérios clínicos para suspeita de pré-eclâmpsia. Ainda, apenas 5,41% dos participantes reconheceu todos os critérios laboratoriais para pré-eclâmpsia. Apesar disso, a grande maioria (85,13%) citou AAS e cálcio ou apenas um deles como medida profilática para pré-eclampsia. <strong>Conclusão: </strong>A despeito dos avanços nos diagnósticos, nas medidas preventivas e nas condutas bem estabelecidas, a morbimortalidade relacionada às síndromes hipertensivas durante o ciclo gravídico puerperal mantém-se elevada. Em congruência com os resultados obtidos, acreditamos que seja devida à falta de identificação de grupos de risco, carência de prevenção adequada, dificuldade de manter um seguimento pré-natal diferenciado, demora realizar o diagnóstico, redução do uso do sulfato de magnésio, demora na conduta de interrupção da gestação e carência no seguimento puerperal destas doentes de risco.</p> Carolina Federicci Haddad, Henrique Costermani Ribeiro, Ivan Fernandes Filho, Ulisses Del Nero, Henri Augusto Korkes Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62015 ter, 23 jan 2024 00:00:00 -0300 A realidade epidemiológica do câncer de pele em uma região com alta incidência solar no nordeste brasileiro https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62004 <p><strong>Objetivo</strong>: avaliar o perfil dos pacientes com câncer de pele atendidos na LMECC. <strong>Métodos:</strong> estudo descritivo e transversal a partir da análise de prontuários, considerando variáveis relacionadas às características fenotípicas, profissionais, hábitos de vida, histórico familiar de câncer de pele e tempo de diagnóstico após o aparecimento da lesão. <strong>Resultados:</strong> Avaliou-se 873 pacientes com câncer de pele na macrorregião de Mossoró-RN. No que tange aos hábitos de vida, a maioria não tinha registro sobre tabagismo, etilismo e a prática de atividade física regular. Houve predomínio do carcinoma basocelular, seguido por espinocelular e o tipo melanoma. <strong>Conclusão:</strong> É possível destacar a necessidade de atenção às pessoas de pele clara, principalmente n as regiões que possuem maior densidade de trabalhadores expostos à radiação solar. A educação em saúde é de suma importância sempre fomentar a recomendação para que a população geral.</p> José Neto de Oliveira; Niedja Fernanda Nobre dos Santos, José Antonio da Silva Júnior, Milena Sonely Mendonça Bezerra Lima, Álvaro Micael Duarte Fonseca, Karla Regina Figueirôa Batista, Allyssandra Maria Lima Rodrigues Maia, Ellany Gurgel Cosme do Nascimento Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/62004 sex, 17 nov 2023 00:00:00 -0300