Être ou ne pas être une marque Analyse sémiotique de la fortune de Coca-Cola Zero

Autores

  • Alain Perusset University of Warwick

DOI:

https://doi.org/10.23925/2763-700X.2023n6.64717

Palavras-chave:

Coca-Cola, Cola-Cola zero, identité, marketing, marque, stratégie

Resumo

Lançada em 2005, a Coca-Cola Zero rapidamente se tornou um produto emblemático em todo o mundo. No entanto, ao longo dos anos que seguiram o seu lançamento, a Coca-Cola Zero passou por transformações significativas que, quase 20 anos depois, levantam a questão : a Coca-Cola sem açúcar do início dos anos 2020 ainda é a mesma que a Coca-Cola Zero de outrora ? É essa a pergunta que este artigo busca responder, partindo do caso Coca Cola para refletir sobre o tema das identidades e das estratégias de marca. Ele se funda nos trabalhos semióticos pós-greimasianos sobre a marca, tecendo um diálogo com Paul Ricœur a respeito da questão da “ipseidade” : uma identidade permanece a mesma à medida que evolui ? Um amplo conjunto de dados é utilizado para analisar essa evolução, principalmente composto por latas produzidas ao longo dos anos, bem como suas variações atuais. Por fim, é proposta uma definição renovada do conceito de marca, que abre perspectivas mais amplas para, em primeiro lugar, discutir o status das ofertas comerciais dentro das estratégias de marca de David A. Aaker, e, em segundo lugar, desenvolver uma gramática dos papéis assumidos pelo interagente em cada regime de sentido de Eric Landowski.

Referências

Aaker, David A., Brand Portfolio Strategy, New York, Free Press, 2004.

Bordron, Jean-François, « Le statut sémiotique du monde naturel et la question de l’objet », Nouveaux Actes Sémiotiques, 110, 2017.

Conejo, Francisco et Ben Wooliscroft, « Brands Defined as Semiotic Marketing Systems », Journal of Macromarketing, 35, 3, 2015.

Coquet, Jean-Claude, Le discours et son sujet, Paris, Klincksieck,1985.

Floch, Jean-Marie, Petites mythologies de l’œil et de l’esprit, Paris-Amsterdam, Hadès-Benjamins, 1985.

Floch, Jean-Marie, Sémiotique, marketing et communication, Paris, P.U.F., 1990.

Floch, Jean-Marie, Identités visuelles, Paris, P.U.F., 1995.

Fontanille, Jacques, « Les formes de vie. Présentation », RS/SI, 13, 1‑2, 1993.

Fontanille, Jacques, Sémiotique du discours, Limoges, PULIM, 2003.

Fontanille, Jacques, Pratiques sémiotiques, Paris, P.U.F., 2008.

Fontanille, Jacques, Formes de vie, Liège, Presses Universitaires de Liège, 2015.

Frath, Pierre, « Dénomination référentielle, désignation, nomination », in J. Longhi (éd.), Langue française, 188, 2015.

Heilbrunn, Benoît, La marque, Paris, Que sais-je ?, 2022.

Kapferer, Jean-Noël, Les marques capital d’entreprise, Paris, Éditions d’Organisation, 2007

Kapferer, Jean-Noël, The New Strategic Brand Management, Londres, Kogan Page, 2012.

Keller, Kevin L., « Designing and implementing brand architecture strategies », Journal of Brand Management, 21, 9, 2015.

Laforet, Sylvie, et John Saunders, « Managing Brand Portfolios : How the Leaders Do It », Journal of Advertising Research, 34, 5, 1994.

Laforet, Sylvie, et John Saunders, « Managing Brand Portfolios : How Strategies Have Changed », Journal of Advertising Research, 45, 3, 2005.

Landowski, Eric, Passions sans nom, Paris, P.U.F., 2004.

Landowski, Eric, Les interactions risquées, Limoges, PULIM, 2005.

Landowski, Eric, Pour une sémiotique du goût, São Paulo, Centro de Pesquisas Sociossemióticas, 2013.

Perusset, Alain, Sémiotique des formes de vie, Louvain-la-Neuve, De Boeck, 2020.

Perusset, Alain, « Éléments de sémiotique catégorielle », Actes Sémiotiques, 126, 2022.

Perusset, Alain, « How Post-structural Semiotics Models Categories », Signata, 14, 2023.

Perusset, Alain, « Beneath Brand Strategies, Forms of Life », à par., 2024.

Petitimbert, Jean-Paul, « Territoire(s) de marque », Actes Sémiotiques, 117, 2014.

Ricœur, Paul, Soi-même comme un autre, Paris, Seuil, 1990.

Schultz, Don E. et Heidi F. Schultz, Brand Babble : Sense and Nonsense About Branding. Mason, Thomson / South-Western, 2004.

Semprini, Andrea, La marque. Une puissance fragile, Paris, Vuibert, 2005.

Stern, Barbara B., « What Does Brand Mean? Historical Analysis Method and Construct Definition », Journal of the Academy of Marketing Science, 34, 2, 2006.

Publicado

2023-12-23

Como Citar

Perusset, A. (2023). Être ou ne pas être une marque Analyse sémiotique de la fortune de Coca-Cola Zero. Revista Acta Semiotica, 3(6), 196–217. https://doi.org/10.23925/2763-700X.2023n6.64717

Edição

Seção

Analyses