Iniciação a uma antropologia apofática em Meister Eckhart

Autores

  • Reginaldo Alves Campoe Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião

Palavras-chave:

Apofatismo, mística, a razão, subjetividade

Resumo

Este artigo pretende aprofundar a visão antropológica apofática na mística medieval fundamentando-se nos textos de Meister Eckhart. Uma mística que não pode ser vista como uma "categoria marginal", mas entendida dentro de um contexto que leva à perda irreparável do eu; ao questionamento de qual seria o lugar deste pretenso eu; o que ele oculta visto que a Eigenschaft, como apego do eu é a raiz de toda a dor e de todo o mal, considerando ainda que a sua presença é sempre uma mentira. Meister Eckhart deixa claro que a busca da união com Deus como fim extremo do potencial do eu, como o fim último da Eigenschaft, assemelha-se ao apegar-se às imagens ou às criaturas, tornando-as uma apropriação, apego, como expressão do amor próprio, do querer, da utilidade. Estes elementos são as origens do impedimento ao nascimento de Deus na alma. "Se eu fosse livre da Eigenschaft seria sem obstáculo em toda imagem". (S50) A Abegescheidenheit - o desapego - se dá não como fuga do mundo como Eigenschaft, mas como obra própria. A negação ded nós mesmos é a única obra que nos resta.

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Publicado

2019-09-10

Edição

Seção

Artigos