O PROTAGONISMO NO PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR: SINGULARIDADE E IMPLICAÇÃO DO SUJEITO NO NÍVEL TERCIÁRIO EM SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.5546/peste.v7i1.30464Resumo
Resumo: O objetivo deste artigo é pensar a contribuição da psicanáliseao Projeto Terapêutico Singular (PTS) na atenção de saúde em nível
terciário e/ou quartenário, propondo uma aproximação entre os conceitos
de singularidade e implicação do sujeito na psicanálise e a noção de
protagonismo, marco conceitual do PTS. Após examinar a possibilidade
de tangenciamento teórico, sua aplicabilidade em hospitais foi analisada
por meio de exemplo clínico que avalia a operacionalização do PTS pela
equipe de saúde, apontando para as limitações que surgem diante da
experiência clínica. Um risco dessa proposta é transformar converter o
dispositivo em protocolo, já que as instituições, com suas configurações
burocráticas, tendem a transformar os pacientes em objetos a estudar/
cuidar e deixam de lado a visão que o sujeito tem de si, do seu corpo,
o que dificulta o desejo advir. Se pensarmos que priorizar o singular
de cada sujeito significa ressaltar sua subjetividade e singularidade,
proporcionando voz ao paciente e incluindo-o na negociação das
propostas de intervenção e tratamento, os conceitos de singularidade
e implicação do sujeito na psicanálise mostram-se coerentes com a
noção de protagonismo do PTS. Considera-se, por fim, a pertinência da
psicanálise sob as condições e possibilidades do manejo teórico-clínico
na prática do PTS em instituições de saúde de nível terciário.
Palavras-chave: psicanálise; Projeto Terapêutico Singular;
singularidade; protagonismo; psicologia hospitalar.
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