O PROTAGONISMO NO PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR: SINGULARIDADE E IMPLICAÇÃO DO SUJEITO NO NÍVEL TERCIÁRIO EM SAÚDE

Autores

  • Danna de Luccia
  • Camila Coás Sabino de Freitas
  • Daniela Lara di Ribeiro
  • LIgia Pereira Saccani
  • Michelle Bittencourt Braga
  • Sissa Helena Alves Valle
  • Soraia Boldarine
  • Veronica de Freitas Montanher
  • Maria Livia Tourinho Moretto

DOI:

https://doi.org/10.5546/peste.v7i1.30464

Resumo

Resumo: O objetivo deste artigo é pensar a contribuição da psicanálise
ao Projeto Terapêutico Singular (PTS) na atenção de saúde em nível
terciário e/ou quartenário, propondo uma aproximação entre os conceitos
de singularidade e implicação do sujeito na psicanálise e a noção de
protagonismo, marco conceitual do PTS. Após examinar a possibilidade
de tangenciamento teórico, sua aplicabilidade em hospitais foi analisada
por meio de exemplo clínico que avalia a operacionalização do PTS pela
equipe de saúde, apontando para as limitações que surgem diante da
experiência clínica. Um risco dessa proposta é transformar converter o
dispositivo em protocolo, já que as instituições, com suas configurações
burocráticas, tendem a transformar os pacientes em objetos a estudar/
cuidar e deixam de lado a visão que o sujeito tem de si, do seu corpo,
o que dificulta o desejo advir. Se pensarmos que priorizar o singular
de cada sujeito significa ressaltar sua subjetividade e singularidade,
proporcionando voz ao paciente e incluindo-o na negociação das
propostas de intervenção e tratamento, os conceitos de singularidade
e implicação do sujeito na psicanálise mostram-se coerentes com a
noção de protagonismo do PTS. Considera-se, por fim, a pertinência da
psicanálise sob as condições e possibilidades do manejo teórico-clínico
na prática do PTS em instituições de saúde de nível terciário.
Palavras-chave: psicanálise; Projeto Terapêutico Singular;
singularidade; protagonismo; psicologia hospitalar.

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Publicado

2016-11-21

Edição

Seção

Artigos