ESTADO DE EXCEÇÃO: MARX E LACAN EM AYOTZINAPA

Autores

  • David Pavón-Cuellar

DOI:

https://doi.org/10.5546/peste.v7i1.30467

Resumo

Resumo: Após serem definidas como ciências do particular e das
exceções, a psicanálise e o marxismo vinculam-se por meio de uma
denúncia da chacina de estudantes de Ayotzinapa, em Iguala, México.
O narcogoverno mexicano é apresentado como expressão específica
neoliberal da total subordinação do Estado moderno ao sistema
capitalista, enquanto os estudantes assassinados aparecem como algo
que resta, que resiste à sua exploração pelo capitalismo, que não se deixa
simbolizar e que, aqui, concebe-se a partir da noção lacaniana de objeto
a. Essa concepção permite analisar as complexas relações de angústia e
desejo que se mantêm com aquilo representado pelos estudantes, o que,
remetendo aparentemente a certo gozo da pulsão, estaria desafiando o
uso de força de trabalho para a produção da mais-valia. Ver-se-á como
as vítimas do massacre são portadoras de um discurso alternativo, no
qual é o capitalismo que se entregou a um gozo mortal e destrutivo.
Palavras-chave: marxismo; psicanálise; capitalismo; narcotráfico;
morte.

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Publicado

2016-11-21

Edição

Seção

Artigos